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Três longos anos se passaram, longo para todas diga-se de passagem. Chaeyoung e Mina não conversaram uma vez se quer durante esse tempo. Já com as meninas, Chaeyoung conversava sempre que podia, fazia até video chamada junto das suas novas amizades que são tão loucas quanto suas antigas amigas, ela acha que é por isso que se deram tão bem.

Chaeyoung queria respeitar o espaço de Mina, por isso aguardaria a mais velha entrar em contato.
Já Mina preferiu deixá-la em paz, tinha medo de mandar mensagem e descobrir que ela achou outro alguém. Precisava amadurecer esse sentimento que crescia cada vez mais dentro dela, tinha medo que seu 'time' tivesse passado, então tentava se acostumar com a possibilidade de não ficarem juntas, está sofrendo por antecipação sabe disso, mas não pode evitar.
Foi a coisa mais dolorosa que sentiu na vida ficar três anos sem saber nada de Chaeyoung, mas sentia que ambas precisavam disso.

Se focou totalmente nos estudos para ocupar a mente, deixou de ir a festas, agora raramente bebe mas nunca passa dos limites.
Se formou com méritos em administração e já começou a trabalhar na empresa do seu pai.
Começou como uma simples estagiária, não tinha regalias por ser a filha do dono, aliás, os funcionários nem sabem desse "pequeno" detalhe.

Foi morar sozinha, mas para mais na casa das 2yeon do que no seu apartamento,vai lá só para ficar no antigo quarto de Chaeyoung tentando inutilmente matar a saudade.

Cheyoung, intercalava entre a faculdade, trabalho e Mina, não conseguiu esquecê-la de jeito nenhum, morre de saudades dela e de suas outras amigas, mas muito mais dela...

Conseguiu emprego em uma galeria de artes onde mais tarde descobriu que um dos sócios é pai de sua nova amiga Rosé. Seus anos fora de Seul não foram ruins, na verdade lhe renderam coisas maravilhosas
mas ela não vê a hora de voltar, anseia mais que tudo por isso.




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Malas prontas, passaporte em mãos e é isso, estou voltando para o meu país, chegarei um dia antes do casamento da Nay com a Jeogyeon, elas são as únicas que sabem que estou indo, resolvi fazer uma surpresa.
Ficarei em um hotel até o grande dia, onde serei madrinha, estou tão feliz por elas que não posso evitar rir igual uma boba sempre que me pego lembrando das duas.

- Mulher vamos, o táxi que nos levará no aeroporto já chegou. - Disse Seulgi, outra amiga minha me fazendo sair dos meus pensamentos.

- Se acalma bixa, tudo isso é saudade da Irene? - Respondi dando uma risadinha em seguida.

- Você não tem noção do quanto, faz um ano que não vejo a minha esposa, só quero ir pra casa logo agarrá-la e não solta-la nunca mais.

- Na verdade eu tenho noção de ficar tanto tempo sem ver um amor...

- Tô falando de correspondido Chaeyoung.

- Essa doeu! Parei, vamos logo. - Disse já carregando minhas malas no carro.

- Desculpa, era pra sair em tom de brincadeira, não leve a sério por favor.

- Hey, tá tudo bem não se preocupe, eu sei que é brincadeira. - Respondi enquanto ria para tranquilizá-la.

- Cadê a Rosé? Não virá se despedir?

- Cheguei vadias, acharam que iam ir sem mim? - Disse uma Rosé aloprada enquanto andava rápido para alcançar-nos.

- Você vai também? - Perguntei.

- Mas é claro, Suzy está lá porque eu continuaria aqui?

- Sei lá, talvez por conta do seu emprego? - Quem falou dessa vez foi Seulgi.

- Falei com o meu pai e ele me transferiu para a filial de Seul, assim fico com a minha mãe que está sozinha lá e com a minha namorada.

- Como é bom usar e abusar do nepotismo... - Falei brincando.

- Sim, inclusive fica quietinha senão faço ele quebrar o contrato de parceria que tem contigo - Respondeu ela em tom de brincadeira também.

- Ele não faria isso.

- Tem razão, ele não faria, preferiria me deserdar do que perder seu "cristal em processo de lapidação."

- Ok, encerrou o assunto, o moço do taxi tá esperando mas o piloto do avião não esperará, vamos logo!

Chegamos no aeroporto, fizemos todos os trâmites necessários e fomos direto para o portão de embarque. Minha poltrona ficou do lado da poltrona da Seulgi, agradeci aos céus assim poderia dormir o vôo todo sem ser incomodada.

Depois de quase 16 horas enfim chegamos ao nosso destino.
Estava tão distraída com as minhas malas que nem notei Nayeon e Jeongyeon vindo em minha direção e quase me matando sufocada com um abraço.
Recuperada do susto as abracei de volta enquanto começava a chorar. Três anos sem ver minha família pessoalmente, três anos sem sua brigas bobas, sem seus, na maioria das vezes, péssimos conselhos. Senti tanta falta...

- Que saudades Chae! Não saia por tanto tempo de novo senão eu te mato. - Carinhosa como sempre disse Jeongyeon.

- Meu bebê tá tão lindo, tão diferente, só não cresceu. - Disse Nayeon fazendo as outras rirem e eu revirar os olhos com a piadinha.

Cumprimentaram as outras meninas, estavam se conhecendo pessoalmente pela primeira vez, resolvemos esperar com elas já que Suzy e Irene estavam atrasadas para buscá-las.

- Agradeço por nos convidar para o casamento Nayeon e Jeongyeon, mas infelizmente eu e Irene não poderemos ir, vamos para a ilha de Jeju para a nossa segunda lua de mel. - Disse Seulgi.

- Imagina nem se preocupa, aliás obrigada pelo presente é incrível, não precisava - Respondeu Jeongyeon.

- O que ela deu? - Rosé perguntou.

- Não te interessa - Falou Seulgi.

- Ela e Irene nos deram uma mesa de sinuca. - Disse Nayeon.

- Que ricas! - Falei.

- Não é? Menina... - Falou Rosé.

- Você também é. - Retruquei.

- Ah é verdade, tinha esquecido.

- Quem se esquece que é rica? - Perguntei.

- Você, olha o quanto de dinheiro você ganhou e ainda ganha vendendo seus quadros e fazendo exposições e contimua se vestindo que nem um mendigo. - Respondeu.

- HEY! É meu estilo tá?

- Muito ruim por sinal.


Estava pronta para responder quando escuto duas vozes conhecidas vindo em nossa direção, é Irene e Suzy.
A cara de boiola da Rosé e da Seulgi é impagável quando elas as enchergam, são mulheres lindas não as julgo eu ficaria até pior pela Mina... Que saudade dela, necessito tanto vê-la nem que seja de longe.

Nos despedimos e cada uma foi para o seu canto, Nay e Jeong me arrastaram para a casa delas que antigamente eu morava também e quase me amarraram para ficar lá quando descobriram que eu ficaria em um hotel. Acabei cedendo e ficando lá somente essa noite.


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Please, Forgive Me (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora