Capítulo 11 - Juliana Rodrigues

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Eu pedi para que ela fosse para a porta da frente. O que ela veio fazer aqui?

Alexandra – Oi...

Juliana – Oi.

Alexandra – Eu queria conversar com você.

Juliana – São 01:00 agora.

Alexandra – Eu sei... É que...

Aconteceu alguma coisa que ela tá estranha. Eu vou deixá-la entrar. Mas, só porque...

Juliana – Entra... Minha vó e meu irmão já estão dormindo e é melhor não acordar eles. Sobe, meu quarto é a primeira porta à direita.

Ela entrou sem falar nada. Antes de subir, fui na cozinha e peguei uma água para me acalmar. Quando entrei no quarto, ela estava vendo minhas coisas e meus retratos.

Juliana – Então, o que você quer falar?

Alexandra – Você não mudou nada quando era criança. – segurando um retrato quando eu era criança

Juliana – Alexandra... Já está tarde.

Alexandra – É, então... Eu quero te pedir desculpa no que eu falei depois do beijo. Foi horrível.

Juliana – Humm... Já se passaram duas semanas, na verdade, 3 semanas.

Alexandra – Eu sei, eu sei... Mas, é que eu fiquei confusa naquela hora e eu falei besteira, mas se eu pudesse voltar no tempo e consertar aquilo, eu nunca falaria aquilo pra você... Eu fui uma idiota.

Juliana – Foi mesmo e me magoou muito. Eu não esperava que você ia me beijar e depois falar aquilo. Você me tratou como um lixo.

Alexandra – Você não é um lixo pra mim, eu não paro de pensar em você. Depois daquele dia, você é a única pessoa que eu penso, que eu quero estar perto e que eu quero beijar...

Ai, meu Deus! Eu não vou ceder! Ela me tratou como uma qualquer! Eu tenho certeza que ela trata outras garotas assim e eu não vou ser a milésima garota! Mas, tá tão difícil... Ela tá vindo pra minha direção! Nem vem! Cadê meu spray de pimenta?

Ela se aproximou de mim segurando minha cintura e começou a me beijar de levinho no canto da minha boca e na minha bochecha. Uma grande parte de mim queria que ela fosse embora, mas ainda existia uma pequena parte que puxava aquele corpo pra perto de mim. 

Alexandra – Me perdoa, por favor... – sussurrando no meu ouvido

Juliana – Beija na minha boca...

Ela me puxou e cobriu o meu corpo com o seu, enquanto enroscava a língua na minha

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Ela me puxou e cobriu o meu corpo com o seu, enquanto enroscava a língua na minha. Eu consegui me desvencilhar dela e sentei na cama, que logo veio atrás de mim. Eu queria senti-la mais. Agarrei o seu casaco das Leoas com as duas mãos e puxei. Ela entendeu a indireta e interrompeu o beijo por tempo suficiente para tirá-lo e jogá-lo no chão. Ela ainda estava de roupa, como eu a amava de uniforme, fiquei com mais tesão. Alisei seus cabelos, seus braços, costas até chegar e apertar a sua bunda. Ela não parava de me beijar, eu estava ficando sem fôlego de tanta vontade dela.

O celular dela, onde tinha colocado na minha cabeceira, tocou e não quis nem saber. Eu dei uma espionada de canto de olho e vi que era a Jessica, mas ela logo puxou o meu rosto pra ela.

Alexandra – Deixa pra lá.

Juliana – Eu... Eu...

Alexandra – Não precisa falar também.

Eu estava totalmente envolvida com o corpo quente dela. Aqueles olhos azuis penetrantes que não paravam de me encarar, eu não conseguia falar uma palavra, apenas beijar aquela boca maravilhosa.

O telefone tocou novamente. Ela olhou, mas de novo não quis atender.

Juliana – Atende. Pode ser importante. – ofegante

Alexandra – Ela só quer saber onde eu estou. Deixa...

Juliana – Então, me beija...

Alexandra começou a fazer movimentos junto ao meu corpo e senti a sua calcinha molhada. Ela apertou o meu peito direito como se fosse uma propriedade dela de um jeito que parecia que nunca ia soltar mais, eu dei um gemido que ela sorriu.

Juliana – Ahhh...

Ela ficou de joelhos em cima de mim e ameaçou tirar o cropped, mas novamente o seu celular tocou.

Juliana – Atende. Ela quer falar com você agora.

Alexandra – Ah... Sério, se for besteira...

Ela atendeu o celular e logo ficou séria.

Alexandra – Oi, Jéssica... O que foi? Eu... Sério? Onde está o Bruno? Então, pede para ele segurar ele, trancar em algum banheiro. Estou indo aí. Não vou demorar.

Ela desligou o celular e saiu de cima de mim, meio sem jeito, não querendo ir embora.

Juliana – É o Bernardo, né?

Alexandra – Sim. Eu... Tenho que ir. Me desculpa ter que sair assim, mas ele precisa de mim. – pegando o casaco sem jeito

Juliana – Tudo bem...

Alexandra – Amanhã a gente conversa, eu prometo.

Ela abriu a janela e ameaçou pular.

Juliana – Hey, você está louca? Você pode se machucar!

Alexandra – Você ainda não me conhece.

Ela me deu um último beijo e pulou, levantei para vê-la, mas ela já tinha ido. Deitei novamente na cama e me escondi pelos lençóis lembrando dos últimos instantes que passaram. Aquele corpo colado em mim, os beijos e as pegadas, aquilo tudo era apenas nos meus sonhos ou nos meus delírios, mas ela estava realmente aqui em carne e osso, por vontade própria me desejando (e muito) e me querendo à todo custo. Maldito celular por tocar na hora em que a tinha por inteiro. Maldita Jéssica por não saber lidar com os problemas. Maldito Bernardo que é dependente da Alexandra.

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