Capítulo 4 - Alexandra Lehmann

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Ela sabe sobre mim, mas disse que as pessoas falaram mal de mim? O que elas falam de mim? AHHH Ela deve achar que eu sou uma garota metida, arrogante e escrota? Mas, será que sou assim?  Eu tenho que ser mais paciente e menos arrogante com as pessoas. Não posso querer tudo, mas hoje eu tive que falar firme com a Cecilia. Ok, tá bom. O Bernardo a atacou ano passado procurando por drogas, mas eu não tenho nada a ver com isso. O Bernardo é o Bernardo e eu sou eu. E eu não sou a namorada dele.

Estamos na aula de geografia. Mariana e Jessica sentam do meu lado. Fiquei surpresa que elas estavam prestando atenção na aula. O Bernardo senta na primeira fila porque ele NUNCA consegue prestar atenção e então TODOS os professores decidiram colocá-lo nessa posição. Outros alunos também estavam prestando atenção.

Após o sinal, fomos para o laboratório de química, onde íamos encontrar com a turma 2001.

Isabela – Ah, não! Professor!? Por que a gente vai ter que se juntar com essa turma?

Professor Thiago – Para vocês se socializarem e estudarem juntos.

Isabela – Ah! Fala sério! – indignada

Eu, Mariana e Jessica começamos a rir.

Professor Thiago – Você me deu uma ideia! O trabalho já ia ser em dupla mesmo, bom... eu ia deixar vocês escolherem as duplas, mas a Isabela está precisando conversar, dialogar mais com outras pessoas. Eu vou escolher as duplas.

Todos – Que?? Não! Ahhh!

ISABELA NÃO! ISABELA NÃO! ISABELA NÃO!!!

Professor Thiago - Jessica e Cecilia, Mariana e Markus, Bernardo e Isabela, Alexandra e Juliana...

Jessica – Ihh... Me dei bem! – fazendo uma dancinha

AHH GRAÇAS À DEUS! Pera!? Eu e a Juliana? AH! Professor, eu te amo!

Professor Thiago – As duplas ficam de frente da bancada, por favor. Hoje vamos fazer um inseticida caseiro para horta da escola e também para casa de vocês. Os ingredientes são...

O professor começou a falar e eu nem escutei as palavras só olhava para Juliana, que escutava o professor. Eu lembrei do momento que esbarrei nela, que estava segurando vários fertilizantes e pensei que tirei a sorte grande.

Alexandra – Hey... psiu.

Eu segurei a mão dela. Uma mão gelada.

Alexandra – (sussurrando) Éhh... Você sabe fazer isso, né?

Ela deu um sorrisinho me esnobando. O professor deu uma demonstração na bancada, mas eu não entendi nada. Eu fiquei desesperada. Parecia que eu estava numa sala do Severo Snape e iria fazer uma poção proibida.

Eu voltei a olhar pra ela pra ver se me acalmava, mas apenas olhava para a explicação do professor. EU ESTOU FERRADA. Quando o professor terminou, ele pediu para começarmos o trabalho e que quem terminasse primeiro ganharia um prêmio. Ah, nem sabia o que fazer!

Alexandra – Então... Ele falou bastante, né?

Juliana – Entendeu o que é pra fazer? – calmamente.

Alexandra – Claro!

Juliana– Pega os ingredientes que eu vou anotando.

Alexandra – Os ingredientes? Tá bom...

Os ingredientes? Que ingredientes!? O que ela está falando? Eu fiquei paralisada, não me mexi.

Juliana – Está tudo bem?

Alexandra – Ah, sim. É que eu estou tentando lembrar dos ingredientes.

Juliana – Uhum. – ri silenciosamente.

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