Capítulo 26 - Alexandra Lehmann

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Hospital particular – Corredor do hospital

Bernardo estava oscilando de ficar acordado ou não. Ele estava conseguindo ficar de fora da sedação, pois os médicos conseguiram pessoas com sangue universal, mas ele precisava do mesmo sangue para realmente ficar bom de verdade.

O dr. Dantas alertou que ele precisava dessa transfusão para ele sair da UTI e se recuperar, porém felizmente hoje, Bernardo está acordado e posso conversar depois de meses e daquele dia horrível da sua casa.

Dr. Dantas – Pode falar com ele, mas não fala nada que ele se estresse, ok?

Alexandra – Tá...

Dr. Dantas – Alexandra?

Alexandra – Prometo!

Eu entrei no quarto e ele estava sozinho, vulnerável e indefeso. Comecei a chorar, mas me recompus na hora para ele não me ver naquele estado.

Alexandra – Oi

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Alexandra – Oi.

Bernardo – Oi... – tentando falar

Alexandra – Não precisa falar se estiver com dificuldade. – comecei fazer carinho no seu rosto e ele virou o rosto para o outro lado – Está tudo bem, Bernardo. Sou eu.

A briga foi tão feia que ainda dava pra ver alguns arranhões no seu rosto mesmo ter passado alguns meses. Lembro do seu rosto praticamente desfigurado saindo da sua casa. Quando recordo daquele dia, uma ânsia de vômito e tonteira vem logo no corpo inteiro. Podia ter feito mais para salvá-lo, mas fui apenas embora.

Alexandra – Desculpa... Eu não queria ir embora. – O aparelho cardíaco começou a apitar

Uma enfermeira imediatamente entrou no quarto e me tirou da sala, fiquei desesperada e sem reação, logo depois veio o dr. Dantas com uma cara de poucos amigos, mas entrou na sala também.

Após alguns minutos, os dois saíram avisando que estava tudo bem com ele, mas levei uma bronca daquelas do médico e da própria enfermeira. Não tinha argumentos e decidi ir pra casa, mas indo pegar minha moto no estacionamento recebi uma mensagem da Isabela que descobriu onde está o Bruno e que estava vindo me buscar.

Quando ela chegou com seu carro particular, ela contou tudo o que tinha acontecido entre ela e Cecília, então ordenei pra gente irmos de moto que era muito mais rápido. Óbvio que ela reclamou, porém não teve escolha, mas antes de partirmos mandei uma mensagem para Kelly e Mateus para nos encontrarmos lá.

A viagem foi tranquila apesar de Isabela se mexer igual uma barata tonta no banco de trás, pois ela não queria se segurar em mim, ou seja, não tinha nenhum equilíbrio. O percurso demorou umas 2h e quando chegamos paramos num barzinho de esquina para esperar Kelly e Mateus, porém só sabíamos que Bruno estava na cidade, mas o lugar certo não.

Alexandra – Tem certeza que ele está em Volta Redonda, né?

Isabela – Agora que a gente já chegou você pergunta, Alexandra? Você é uma péssima espiã.

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