Já se passava algumas semanas depois da prisão de Bruno e dos pais de Bernardo, Cecília já estava pouco conformada com a situação, mas estava decidida que queria conversar com o pai do filho dela na prisão.
Markus – Isso é um absurdo, Cecília! O que você vai fazer lá? Ele já está preso!
Juliana – Amiga, tenho que defender o Markus agora... Não tem cabimento você ir no presídio ver o Bruno.
Cecília – Olha, eu vou sozinha... Vocês não precisam ir comigo.
Markus – Ah! E você acha que vou deixar? E também quero olhar na cara dele e falar poucas e boas do que ele fez comigo.
Juliana – Aí, meu Deus... Eu também vou, né.
Markus – Amiga, não... O que você vai fazer lá?
Juliana – Vocês estão super exaltados e precisa de alguém que acalme. Aliás, eu conheço alguém que pode colocar a gente lá dentro já que somos de menores.
Markus – Eita...
Já em frente ao presídio, eu, Cecília, Markus e minha vó Cece olhávamos para o enorme portão de ferro que separava a liberdade e o cárcere privado. A presença da minha vó não era nenhuma surpresa, pois ela tinha contatos em vários lugares e um presídio não seria tão diferente.
Cece – Estamos esperando o guardinha que eu jogo poker online. Ele é gente boa.
Juliana – Hummm...
Markus – Ele vai deixar a gente entrar?
Cece – Claro que vai. – um tom de malícia
Logo depois, um guarda com aparência jovem rindo para minha vó segurando uma papelada.
Guarda – Cece! Quanto tempo! – abraçando-a e ignorando nós três
Cece – Oi, querido... Trouxe o que eu te pedi?
Guarda – Ah, claro... – ele olhou pra gente - Oi, meu nome...
Cece – Não precisa dessas formalidades. Assina aqui vocês... -entregando os papéis pra nós
Minha vó estava um pouco apreensiva, mas ela assegurou que íamos entrar no presídio sem nenhum problema. Após assinarmos os papéis, entramos no prédio e o guarda pediu que não ficássemos falando muito. Cecília começou a chorar quando viu alguns detentos mal encarados.
Guarda – Vamos passar no detector de metal. Coloca celular, chave, moedas nessa bacia aqui.
Um outro guarda auxiliou a gente e colocou os nossos pertences num saquinho plástico. Ele perguntou se estávamos levando algo sem ser de metal e Cecília logo se manifestou:
Cecília – Estou levando fotos do meu ultrassom.
Markus – Meu Deus, Cecília! – indignado
Juliana – Markus... Deixa ela.
Passamos pelo detector e ficamos numa salinha esperando o guarda buscar o Bruno, Cecília estava calma sentada do meu lado e Markus andava pro lado e pro outro nervoso. Após alguns minutos, o guarda chamou para o grande encontro.
Juliana – Eu acho que vou esperar aqui, amiga.
Markus – Quer saber, eu também. Não tenho nada pra falar com esse idiota.
Cecília – Tá bom, gente.
Cece – Eu vou esperar lá fora com o guarda, qualquer coisa grita. – Os dois saem rindo
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Impulsos.
Novela JuvenilA história se passa no Colégio Teixeira Amorim, onde duas garotas, Juliana e Alexandra, se apaixonam inesperadamente durante o 2º ano do ensino médio. O sentimento que nasce entre elas é intenso e genuíno, mas como todo relacionamento adolescente, e...