𝑭𝑨𝑰𝑹𝒀𝑻𝑨𝑳𝑬🦋 | • 𝓑𝓪𝓳𝓲 𝓚𝓮𝓲𝓼𝓾𝓴𝓮

•𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 XLI

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Estou deitada na cama de Keisuke e ele está sentado no chão. Acordei há pouco tempo e após ficar um período encarando o teto, ele decidira por si só que cuidaria dos meus ferimentos de batalha.

--- Enfim terminamos no seu quarto. Não exatamente do jeito que eu esperava, mas...

--- Jeito que você esperava?-- ele levanta as sobrancelhas com um sorriso travesso -- O que você esperava exatamente?

--- Que fossemos beber até eu te desafiar a correr pelado pelo navio, gritando: MERITOCRACIA NÃO EXISTEEE

--- Por que isso parece um plano articulado há tempos?

Permito lhe dar somente uma risadinha.

--- Medo -- ele faz careta

--- Ai -- resmungo desviando a mão

--- Nah! -- Keisuke segura firmemente, mas escapo e desvio novamente -- para de frescura

--- Tá doendo.

--- Me deixe fazer o curativo dessa porra aqui, não seja teimosa -- ele tenta agarrar a minha mão novamente, mas é falho, rio da sua cara de indignação -- Você literalmente apagou depois de dizer coisas emocionantes no meu ouvido

--- Deixe disso, você sabe que sou imortal. Uma hora eu voltaria -- dou de ombros

--- É, né, é, né -- segura meu punho com força -- agora me deixe cuidar disso

Puxo de seu toque e me sento de súbito na cama:
--- ESPERE! -- Seu olhar me fuzila com ódio, consigo até mesmo ver sua mandíbula tensionando o músculo da bochecha.

--- Sente-se aqui, ficar com o braço estendido será pior -- afirmo batendo com a mão, o local vazio

Ele suspira dado por vencido e faz o que peço, se senta de frente para mim com as pernas cruzadas, no meio da cama, enquanto eu estendo a mão em sua direção.

--- Isso aqui vai melhorar na cicatrização -- pega um pote com pomada feita de ervas e aplica sob a pele, faço careta.

--- TA DOEEENDDO!! AAAAAHHH -- grito e puxo de novo

--- EI! VIRE MULHER! -- faz uma cara de bravo -- Essa coisica de nada! quem deveria estar sendo tratado seria eu, não você.

--- E por que você?

--- Porque eu sou um amorzinho e mereço ser cuidado -- ele pisca ironicamente

--- Ataaaa, perdoe-me a minha insolência por não ter notado anteriormente o fato do senhor ser um "amorzinho", é que não me recordo em nenhum momento ter presenciado esse fenômeno

O sorriso dele aumenta quando propositalmente aplica a pomada de uma vez, fazendo o ferimento queimar. Dou um grito silencioso, apenas impulsionando o corpo para frente enquanto ele me encara convencidamente

--- Ops! Mil perdões -- assopra o local me encarando como uma criança birrenta

--- QUE INJUSTIÇA! Vou te processar.