𝑭𝑨𝑰𝑹𝒀𝑻𝑨𝑳𝑬🦋 | • 𝓑𝓪𝓳𝓲 𝓚𝓮𝓲𝓼𝓾𝓴𝓮

•𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 LIII

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--- Já sei. Vamos resolver isso do jeito certo -- ele junta as mãos, estralando os dedos

--- Você vai bater em mulheres, Keisuke?-- abro a boca

--- São soldados!

--- São mulheres! -- finjo estar ofendida

--- M-Mas... Não temos opção

--- MACHISTA! -- Coloco a mão sob o peito fingindo ofensa

--- N-não é isso, amor -- ele nega com a cabeça -- Você sabe que eu só tive uma--

--- Calado, machista! -- fecho os olhos -- Eu não esperava isso de você

--- Para de cena, Heijy -- ele cruza os braços

--- Óh, mundo cruel! Dominado por homens cujo possuem esse histórico terrível... o que será de nós? Até mesmo meu verdadeiro amor não passa de um machista -- dramaticamente enceno como se estivesse em uma cena de Shakespeare

--- Bravo -- ele bate palmas silenciosas -- já podemos ir?

--- Então aceita que minhas ideias são melhores?

--- Você é o cérebro da missão. Você que manda, né -- ele rola os olhos

Sorrio de canto, apertando os olhos com travessura:

--- O que? Não é pra ficar fazendo palestrinha de convencimento, hein

--- Ha, eu que mando -- ajeito a gola da minha blusa

--- Tenha Santa paciência -- bufa

--- Enfim, a minha ideia melhor -- toco na coroa presa no cinto em minha cintura, ela está camuflada, embalada com um tecido que não permite que se Já identificada

--- Essa coisa de novo?

--- Não faça essa cara, melhor do que arrumarmos problemas para a Toman de novo 

--- Mulher, você anda me tirando de todas as confusões -- ele faz bico

--- Eu tô salvando a sua vida, homem -- dou de ombros -- ou você quer ser raptado e mantido em cárcere por uma tripulação estranha? Onde será que já vi isso acontecer...?-- tombo a cabeça para o lado

--- Se isso envolve te dar uns beijo depois, eu não tô nem ai -- ele sorri maliciosamente

--- Você é um sem vergonha -- estreito os olhos

Os passos tornam mais altos, luzes mais fortes iluminam o corredor todo, seguro a mão de Keisuke com força e mentalizo a saída externa do local, deixando que mais uma vez a magia me possua, consumindo meus dias de vida contados.

Quando abro novamente os olhos, estou sendo atirada com toda a velocidade do mundo para fora de uma das fendas criadas pela magia do objeto, ela me impulsiona como pedra voante. Não há nenhuma superfície abaixo de mim, mexo os braços tentando agarrar em algo, mas é novamente inútil. Sou despejada dentro do mar, não consigo evitar de soltar um grito estridente ao ser engolida pelo imensidão, que apesar da delicadeza turquesa refletida de dia aos raios solares, agora transforma-se em um monstro de águas escuras, domado por sombras, sendo impossível visualizar o fundo.

Prendo o ar antes, sentindo a pressão invadir meus tímpanos, estou flutuando, tentando nadar em mais puro desespero, no entanto se complica a medida que me lembro que não sei fazer isso. Meu corpo desespera novamente, me debato tentando movimentar os pés como um sapo, buscando algo sólido, mas não há nada