•𝓒𝓪𝓹𝓲𝓽𝓾𝓵𝓸 XXIV

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Capítulo maiorzinho pra vocês<3

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  --- Você não pode me atacar! -- levanto as mãos para o alto -- seria injusto! Eu não tenho uma arma

Ele aponta para a espada fincada ao meu lado:

--- Droga -- retiro-a com velocidade

Nunca lutei com uma espada de lamina invertida antes, na verdade não vejo utilidade senão degolar o adversário, mas não digo que esteja tão afim assim de degolar o moço. Com o pulso firme, defendo sua investida por baixo, nossas espadas se chocam e o som da lâmina é tenso

   Kakucho troca olhares punitivos junto à mim, tento manter minha postura, no entanto é extremamente difícil. Me dou conta de que não é um treinamento, não é Mitsuya o qual irá sorrir e dizer que ficará tudo bem ou Baji que apesar da arrogância, me acolherá, não é ninguém que terá piedade da minha falta de experiência ou dos meus erros fatais, minhas mãos tremem de assombro, nos afastamos tomando distância e isso me faz desejar correr

Certo, não correrei.

  Ele gira a espada com o punho e logo em seguida vem com toda sua força de vontade, assim como a correnteza de um oceano enfurecido. Tento me defender, mas este é extremamente veloz, acerta o lado esquerdo, direito, direito, direito, esquerdo, esquerdo, depois o meio, em cima, em baixo, não consigo acompanhar

Minhas pernas quase me fazem cair, a espada que uso é péssima, não tem equilíbrio, parece prestes a rachar no meio, gostaria de ter a que Mikey me dera, mas talvez eu a desonraria.

Uma vez me disseram que nem sempre haveria alguém para me salvar, apesar da romantização e do título de possuir um príncipe encantado no momento exato. Eu me pergunto: se damas tendem a nascer e recorrer à situações de perigo, por que esperar por um príncipe encantado e correr risco de perder a vida, ao invés de empunhar sua espada?

  Ninguém virá me salvar, então eu farei por mim mesma.

Olho no fundo dos olhos do meu adversário e tomo uma decisão tenebrosa, tão perigosa que faria qualquer homem tremer dos pés à cabeça: solto a espada.

--- Renda-se, traidor. -- um tanto quanto confuso, ele aponta a arma em minha direção

--- Me render? -- sorrio -- Essa era a ideia. Você prefere que eu fique de joelhos? -- O corredor que se estende a nossa frente se abre em mil possibilidades, tomo tempo para conseguir o que desejo

--- Ande! Se mova, porra.

--- Tudo bem, tudo bem -- levanto as mãos para o alto -- Não precisa se estressar -- abro-lhe um sorriso malicioso

--- Por que você está sorrindo dessa forma?

--- Em situações como essa, é meu mecanismo de defesa. Uma vez me disseram que meu sorriso era muito charmoso, então quem sabe isso não te encanta e o faz ter piedade dessa humilde alma?

--- Como ousa satirizar?-- ele ameaça

  Me ajoelho no chão e ele se aproxima com cautela, meus olhos o seguem como serpentes prestes a dar o bote.

--- Se você se mexer, eu não hesitarei em cortar a sua garganta

--- Jamais, senhor -- assinto de olhos fechados -- Eu sou um garotinho obediente.

𝑭𝑨𝑰𝑹𝒀𝑻𝑨𝑳𝑬🦋 | • 𝓑𝓪𝓳𝓲 𝓚𝓮𝓲𝓼𝓾𝓴𝓮Onde histórias criam vida. Descubra agora