2. Uma grande ideia

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Boa leitura. ♡

Passei toda a tarde de quinta-feira na frente da televisão, porque mesmo que eu estivesse chateado, aquela ainda era a minha programação para o fim de semana

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Passei toda a tarde de quinta-feira na frente da televisão, porque mesmo que eu estivesse chateado, aquela ainda era a minha programação para o fim de semana. Além de tudo, assistir alguma coisa sempre podia ser uma boa distração para quando não se quer pensar muito numa lista de coisas que já fizeram por você romanticamente. Ou, no meu caso, que não fizeram.

Pelo menos, não tive que travar nenhuma disputa com Chaewon que resultasse em ter que esquecer do sofá da sala e ir procurar um filme pra ver na tevê do quarto. E nem tinha sido por sorte de chegar em casa cedo, já que, basicamente, minha irmã tinha decidido que era uma boa ideia passar na casa do namoradinho antes de ir pra festa.

Isso devia ter sido combinado com uma semana de antecedência, mas parecia mesmo que Chaewon precisava ter uma forma de jogar na minha cara que namorava e que eu era um solteirão (muito embora eu não soubesse da onde ela tinha tirado que ter vinte e um anos de idade e passar apenas dois anos sem um namorado queria dizer que eu era encalhado). Eu tinha umas oportunidades de ir em encontros com alguns caras se quisesse e minha irmã sabia muito bem disso, então eu não ia perder tempo discutindo.

No fim das contas, ter ou não ter um namorado continuava não sendo um tópico quando eu estava muito mais preocupado com a listinha que tinha pegado com a líder de torcida na saída da faculdade. Na verdade, a única coisa que passava pela minha cabeça era o jeito como os meus ex-namorados não tinham feito nada de muito romântico por mim, e assistir alguma coisa na televisão ainda me parecia a melhor opção para tentar focar em outra coisa.

Talvez tivesse sido mais efetivo se eu tivesse escolhido passar algumas horas vendo filmes de ficção científica, porque optar por um romance e assistir os protagonistas fazendo coisas românticas um pelo outro não me ajudava a ignorar o quanto eu estava decepcionado pelas coisas que não tinham feito por mim.

Depois de eu já ter assistido a dois filmes inteiros e detonado três barrinhas de chocolate que tinha pegado "emprestadas" de Chaewon (mandei uma mensagem para ela e perguntei se podia pegar, e ela disse que sim, mas que eu deveria repor o quanto antes), o som melódico da campainha da minha casa inundou meus ouvidos. Hoseok me veio na cabeça, muito embora não parecesse ter passado tanto tempo assim desde o minuto em que eu tinha me sentado no sofá.

Foi quando espiei o celular e me dei conta de que já eram mais de seis da tarde. As horas tinham passado reto por mim enquanto eu via aqueles dois romances que só assistiria de novo em caso de alguém fazer meu coração virar um caco outra vez (e eu esperava que isso não acontecesse, primeiro porque a sensação era péssima e segundo porque os filmes eram piores ainda).

Torcendo pra não estar com cara de quem queria chorar, ou ao menos pra que minha cara de choro não fosse tão perceptível assim, larguei a tevê ligada para encontrar meu melhor amigo na porta de casa. O sol já tinha abaixado e a Rua das Flores estava tranquila como sempre, afinal, nosso bairro era tão calmo que, se não fosse pelo carteiro passando de segunda a sábado para entregar as correspondências, todos os dias pareceriam domingos.

Love Bingo | sopeOnde histórias criam vida. Descubra agora