Trinta e um.

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Tzuyu sorriu quando Sana subiu no carrossel, a garota sorria de orelha a orelha enquanto se mantinha firme no pônei que escolheu. A fila estava enorme mas Sana esperou pacientemente só para ir no pônei. Chou pegou o celular e ergueu para tirar uma foto da garota quando passava perto de si, soltou um riso animado quando a japonesa acenou para si.

— Olha só Tzu, olha pra mim! — gritou animada.

A todo momento Sana queria que a garota olhasse para si, queria que Tzuyu olhasse cada movimento seu.

— Eu te amo — Tzuyu murmurou enquanto encarava a garota.

Ao carrossel terminar de rodar, Sana saiu rapidamente correndo em direção a maior de braços abertos mas acabou se desequilibrando e caindo. Tzuyu franziu o cenho antes de correr em direção a garota que começou a rir.

— Tzu eu machuquei meu bumbum — disse entre risos a maior acompanhou o riso enquanto ajudava ela a se levantar — para de rir! — colocou a mão sobre o local que bateu.

— Isso foi engraçado — mordeu o lábio inferior para conter o riso.

— É sério! Eu acho que meu pé tá doente!

— Você bateu o seu pé?

— Sim — murmurou enquanto se apoiava em Chou para se levantar.

— Calma Sannie, não se mexa muito. Se estiver doendo você pode sentir mais dor ainda.

Ajudou a garota a ficar em pé e colocou seu braço por cima de seus ombros e rodeou a mão livre em sua cintura.

— Tudo bem? — perguntou baixo e Sana concordou — vamos sentar naquele banco ali, tá bom?

— Tá bom — olhou para o banco vazio.

Caminharam de forma paciente, passo após passo até que estivessem no banco. Sana se sentou e Tzuyu ficou em pé ao seu lado.

— Quer alguma coisa? — perguntou a maior ajeitando as madeixas da pequena que movia o calcanhar para checar se estava tudo bem.

— Ãhn... — fez um bico enquanto olhava ao redor e avistou uma barraca de algodão doce — pode comprar pra mim um algodão doce?

— Sim, claro! — sorriu minimamente e sorriu — eu volto já.

Sana acenou com a cabeça vendo Chou sumir de suas vistas, desviou sua atenção novamente para seu calçar e abaixou, rindo baixinho pois não estava com o pé doendo apenas queria enganar a maior para ter seus cuidados.

Tzuyu chegou na barraca junto de um garotinho. O senhor de cabelos grisalhos sorriu gentilmente ao vê-los.

— Boa noite, o que irão querer?

— Boa noite! — Tzuyu respondeu junto com o garotinho o que fez ambos se olharem — vou querer aquele algodão ali.

— Ei! Eu vou querer aquele algodão — o garotinho retrucou.

— Oh, eu pedi primeiro!

Tzuyu suspirou e olhou para o senhor que segurava o último algodão entre os dedos.

— Bom — retirou a carteira do bolso do short jeans que usava e tirou uma nota de cem de lá e ergueu para o senhor — isso deve dar.

Os olhos do homem brilhou e ele entregou o algodão pegando rapidamente o dinheiro e guardando no bolso da camisa que usava. Tzuyu olhou para o garoto e sorriu.

— Criancinha linda, sua mamãe não lhe ensinou que nem sempre podemos ter o que queremos? — ergueu o algodão e deu as costas vitoriosa.

Caminhando em direção a Sana, Chou foi surpreendida ao ver o garotinho correr e parar em sua frente. Franziu o cenho curiosa e quando entreabriu os lábios para falar alguma coisa, sentiu um chute em sua canela o que lhe fez inclinar para frente e para não se desequilibrar, segurou o calcanhar soltando o algodão que foi pego rapidamente pelo garotinho. 

Este que riu e sem dizer nada apenas mostrou a língua para Chou que inflou as bochechas para conter a dor. Ninguém havia lhe dito que um chute de uma criança doeria muito mais que se queimar.

— Criança atentada — murmurou.

Após alguns minutos, mancando e com dor Tzuyu se sentou ao lado de Sana que virou rapidamente para ela e a olhou confusa.

— O que houve Tzu? Está com dor?

— Acho que agora quem machucou o pé foi eu — disse olhando o próprio pé.

NSFW - Satzu.Onde histórias criam vida. Descubra agora