NSFW - Satzu.

Vinte e nove.

Nayeon e Momo decidiram que também iriam dormir na casa de Sana, e é claro que a japonesa não estava contente. Não pelo fato de suas amigas estarem ali mas sentia algo lhe incomodar e jamais iria admitir que era ciúmes.

Afinal, o que ela e Chou tinham? Uma relação amigável? Um romance? Ou apenas algo casual? Observou a forma como Miyeon olhava para ela é isso lhe causou nervoso.

— Estou indo dormir — disse de repente, se levantado.

— O que? Mas Sannie nós estamos jogando — Momo a olhou.

— Eu sei e eu não quero atrapalhar e é por isso que estou indo.

— Mas a próxima jogada seria sua — Tzuyu provocou enquanto olhava para o jogo de tabuleiro.

— Boa noite — disse indo em direção ao quarto.

— Cruzes, o que deu nela? — Nayeon disse confusa.

— c.i.u.m.e.s — Momo sussurrou enquanto Miyeon arrumava novamente o jogo para jogarem novamente.

— Meninas, boa noite para vocês, estou indo — Tzuyu disse se levantando.

— Fica mais Tzu — Miyeon fez um bico insatisfeito.

— Prometi que iria dormir com a Sana e bem, sou uma pessoa ajuizada — disse sorrindo levemente.

— Manda quem pode obedece quem tem juízo — Nayeon sussurrou de volta para a namorada que apenas riu baixinho e concordou.

Assim que a porta foi aberta Tzuyu ascendeu a luz do quarto, avistando Sana deitava encolhida na cama. A garota ergueu o rosto para olhar mas apoiou o rosto no travesseiro novamente ao perceber quem era.

Chou fechou a porta atrás de si e caminhou até a menor, deitando atrás de si enquanto retirava os cabelos de seu rosto.

— O que foi? — perguntou baixo. Ao ver que a garota não respondia, virou o corpo de Sana para si, franzindo o cenho ao vê-la chorar — Sannie, o que houve?

— N-não é nada.

— Oras, se não é nada por que você está chorando? — a puxou para um abraço o que fez a garota cair no choro.

— É por... porque — disse abafado por estar com o rosto contra a blusa dela, mas Tzuyu a afastou segurando seu rosto a observando.

— É porque... — beijou a testa dela — me diga princesa.

— É porque eu te amo — disse a olhando mas caiu no choro novamente.

Chou paralisou por alguns instantes ao escutar a palavra. Um misto de sentimentos invadiu seu corpo, o olhar incrédulo enquanto um sorriso brotava no canto dos lábios.

— V-você... você me- Oh céus, você me ama? — piscou algumas vezes.

— Sim — respondeu enquanto fungava e se sentou na cama secando as lágrimas com as mãos — eu amo você e eu sou idiota.

— Isso é maravilhoso, por que está chorando? — se sentou na cama também, a puxando para um abraço — céus meu amor, eu também te amo — a ajeitou entre suas pernas — você é preciosa.

— Porque você parecia estar interessada na Miyeon e eu fiquei com ciúmes e vim para o quarto chorar e depois você veio e agora eu amo você.

A fala fez Sana cair ainda mais no choro, Tzuyu ria baixinho enquanto a abraçava, afagou os cabelos e fez um carinho em sua nuca, descendo as mãos até seus ombros aonde afagou também.

— Ei — sussurrou baixinho a afastando de si — está tudo bem, não precisa chorar. Olha pra mim — pediu, Sana fungou enquanto secava as lágrimas e erguia o olhar para ela — eu amo você entendeu? E você a mulher mais incrível, inteligente, bonita e desastrada que eu conheci e não há outra pessoa que saiba equilibrar tudo isso — sorriu a olhando — então eu não quero saber de você chorando, eu tenho olhos apenas pra você.

Levou a destra até o rosto molhado de Sana e acariciou as bochechas úmidas, a garota colocou a mão sobre a sua e acariciou a olhando.

— Você é incrível — Sana sussurrou — e eu amo você mais que tudo.

— E eu amo você minha garotinha — riu baixinho enquanto colavam ambas as testas.

A garota que até então chorava, deitou a cabeça nos ombros da maior e suspirou inalando o perfume dela, raspou levemente o nariz ali no local antes de aspirar o cheiro e sorrir.

— E o que acontece depois que a gente fala que ama alguém? Eu nunca cheguei nessa parte — Sana disse se afastando.

— Nós marcamos o casamento — Tzuyu confessou fazendo Sana rir, passou as mãos em seus braços e apertou, se deitou sobre a cama sem desfazer da aproximação, Sana rodeou as mãos ao redor da cintura dela.

— Por mim podemos casar hoje, já pensou casarmos de pijama?

— Eu acho uma ótima ideia e os convidados, madrinhas e padrinhos teriam que usar pijamas!

— Sim! O padre estaria usando pijama e quando fosse jogar o buquê seria um pijama de cetim — Sana disse rindo.

— Essa é a minha futura esposa!

Ambas riram e passaram a noite toda conversando enquanto trocavam carícias e risos. A promessa que Tzuyu teria feito foi adiada porque estavam mais interessadas em trocar olhares cheio de brilhos e toques apaixonados.

Porque se amavam e tinham certeza que iriam continuar se amando.