episodio 7- bachata

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recomendação da musica do episodio de sempre.:)

boa leitura!!

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Soraya.

Após o museu, meu querido Vinilly. Saímos com as mãos entrelaçadas entre sorrisos bobos e olhares carinhosos.

Embora tudo estivesse sendo tão lindo, a única coisa que passava na minha cabeça era a conversa com Tabi. "Sinto medo, ela não é daqui, em menos de uma semana vou deixar de vê-la".

-Está em silêncio, em que tanto pensa?- Pergunta Simone parando frente ao carro. Se apoia na porta do motorista, passa as mãos nos cabelos e logo cruza os braços frente ao corpo. Como podia me deixar fraca com mínimos movimentos? Os mesmos eram sempre tão elegantes.

-Nada importante. -Tento mudar de assunto, um pouco nervosa. -Me empresa as chaves? Quero te levar a outro lugar por aqui. - Me estende a mão com as chaves do carro preto e vai ao outro lado, rumo a porta do acompanhante.

-Gosta de dançar?

-Não levo muito jeito, mas gosto. Está pensando em me levar em uma boate? -Diz sorrindo.

-Melhor do que isso, minha querida. - Dou partida e saímos ao próximo lugar, não ficava tão longe dali. Em menos de dez minutos estávamos em frente.

A levei a "La Paloma", era um restaurante o qual era conhecido por "jantas dançaveis"; se bem se ia a jantar, ao lado tinha um salão de dança.

Entramos e o garçom nos levou pelo corredor até uma das poucas mesas livres. O local estava cheio essa noite.

O ambiente estava muito agradável, nas mesas do jantar tinham luzes brancas, na sala de dança já era um pouco mais diferente, a luz era mais escura, deixando raios de luzes bem fraquinhos evitando o escuro total.

Apenas nos sentamos, começou a tocar "Necio" de Romeo Santos.

Eu simplesmente adorava aquele estilo de música, e a dança então? Uma dança onde os corpos tem que estar muito próximos um do outro, sempre olhando fixamente nos olhos, esfregar os corpos e permitindo o toque do outro. Sem pudores ou vergonhas, tudo era questão de conexão com a pessoa que estava a dançar. Eu era realmente muito boa em bachata, desde sempre adorei a dança, embora sempre dançava sozinha, nunca com alguém a mais.

Olho para Simone que estava com suas mãos cruzadas, apoiando o queixo nelas enquanto olhava para as pessoas que começavam a dançar.

Me levanto em sua direção e estendo a mão até a sua.

-Me concede esta dança? - Perguntei de forma divertida. Simone sorri e pega em minha mão, levantando devagar e se aproximando de mim.

-Eu aceito, mas deverá me ensinar. Não conheço muito este estilo. -Se aproximou mais ainda e eu me afastei um pouco, sem ela perceber. Tanta proximidade em extremo pouco tempo, de certo acabaria errado.

Fomos até a pista, onde eu peguei sua mão aproximando ela de mim. Passei o braço esquerdo pela sua cintura trazendo-a para mais perto, ela coloca sua mão esquerda em meu pescoço, deixando então, nossas mãos direitas entrelaçadas.

Ter ela tão próxima e colada a mim, me fez sentir um turbilhão de coisas, como era possível sentir tudo isso por alguém que apenas conhecia? Embora quisesse pôr algo de distância, eu simplesmente não conseguia.

-São passos simples, sempre olhando em meus olhos, três passos nos primeiros três tempos, no quarto um toque com a planta do pé, mexendo o quadril um poquinho pra cima. Deixe-se levar. -Enquanto explicava, ia dominando o ritmo da música com ela em meus braços. O seu corpo se encaixava perfeitamente no meu, deixando a dança muito suave e gostosa de se dançar.

Deixe-me ir. Simone e Soraya.Onde histórias criam vida. Descubra agora