recomendação da musica do episodio de sempre.:)
boa leitura!!
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Soraya.
Após o museu, meu querido Vinilly. Saímos com as mãos entrelaçadas entre sorrisos bobos e olhares carinhosos.
Embora tudo estivesse sendo tão lindo, a única coisa que passava na minha cabeça era a conversa com Tabi. "Sinto medo, ela não é daqui, em menos de uma semana vou deixar de vê-la".
-Está em silêncio, em que tanto pensa?- Pergunta Simone parando frente ao carro. Se apoia na porta do motorista, passa as mãos nos cabelos e logo cruza os braços frente ao corpo. Como podia me deixar fraca com mínimos movimentos? Os mesmos eram sempre tão elegantes.
-Nada importante. -Tento mudar de assunto, um pouco nervosa. -Me empresa as chaves? Quero te levar a outro lugar por aqui. - Me estende a mão com as chaves do carro preto e vai ao outro lado, rumo a porta do acompanhante.
-Gosta de dançar?
-Não levo muito jeito, mas gosto. Está pensando em me levar em uma boate? -Diz sorrindo.
-Melhor do que isso, minha querida. - Dou partida e saímos ao próximo lugar, não ficava tão longe dali. Em menos de dez minutos estávamos em frente.
A levei a "La Paloma", era um restaurante o qual era conhecido por "jantas dançaveis"; se bem se ia a jantar, ao lado tinha um salão de dança.
Entramos e o garçom nos levou pelo corredor até uma das poucas mesas livres. O local estava cheio essa noite.
O ambiente estava muito agradável, nas mesas do jantar tinham luzes brancas, na sala de dança já era um pouco mais diferente, a luz era mais escura, deixando raios de luzes bem fraquinhos evitando o escuro total.
Apenas nos sentamos, começou a tocar "Necio" de Romeo Santos.
Eu simplesmente adorava aquele estilo de música, e a dança então? Uma dança onde os corpos tem que estar muito próximos um do outro, sempre olhando fixamente nos olhos, esfregar os corpos e permitindo o toque do outro. Sem pudores ou vergonhas, tudo era questão de conexão com a pessoa que estava a dançar. Eu era realmente muito boa em bachata, desde sempre adorei a dança, embora sempre dançava sozinha, nunca com alguém a mais.
Olho para Simone que estava com suas mãos cruzadas, apoiando o queixo nelas enquanto olhava para as pessoas que começavam a dançar.
Me levanto em sua direção e estendo a mão até a sua.
-Me concede esta dança? - Perguntei de forma divertida. Simone sorri e pega em minha mão, levantando devagar e se aproximando de mim.
-Eu aceito, mas deverá me ensinar. Não conheço muito este estilo. -Se aproximou mais ainda e eu me afastei um pouco, sem ela perceber. Tanta proximidade em extremo pouco tempo, de certo acabaria errado.
Fomos até a pista, onde eu peguei sua mão aproximando ela de mim. Passei o braço esquerdo pela sua cintura trazendo-a para mais perto, ela coloca sua mão esquerda em meu pescoço, deixando então, nossas mãos direitas entrelaçadas.
Ter ela tão próxima e colada a mim, me fez sentir um turbilhão de coisas, como era possível sentir tudo isso por alguém que apenas conhecia? Embora quisesse pôr algo de distância, eu simplesmente não conseguia.
-São passos simples, sempre olhando em meus olhos, três passos nos primeiros três tempos, no quarto um toque com a planta do pé, mexendo o quadril um poquinho pra cima. Deixe-se levar. -Enquanto explicava, ia dominando o ritmo da música com ela em meus braços. O seu corpo se encaixava perfeitamente no meu, deixando a dança muito suave e gostosa de se dançar.
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Deixe-me ir. Simone e Soraya.
RomanceSimone. Uma mulher de 35 anos, representante da empresa dos seus pais em um país estrangeiro. Soraya, uma Uruguaia de 25 que encontra com Simone em uma palestra. Sem perceber entram em uma história que nenhuma das duas queria evitar, mas como levari...