Deixe-me ir. Simone e Soraya.

episodio 25. o pedido.

heeey, voltei:)
episódio um pouquinho mais grande mas vale a pena.

boa leitura!
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Eram sete e trinta da manhã quando Soraya acordou. Acordou com os primeiros raios de sol daquela manhã fria entrando pelas janelas. Abriu os olhos devagar, apertando e se aconchegando mais em sua namorada que ainda dormia em seus braços, já que, durante a noite, haviam trocado de posições ficando uma frente a outra ainda dentro do abraço.

Olhou para a caminha que havia ao lado da cama; uma das várias que haviam pela casa, e viu Analua dormir tranquilamente. Observou como a mesma dormia, os olhinhos fechados, a respiração calma enquanto mantinha um ursinho também branco em suas patinhas. Sorriu e voltou seu olhar a sua namorada, dormia tranquilamente enquanto era abraçada pela mais nova.

A loira suspirou, deu um beijo na testa da morena e fechou os olhos por uns minutos.

Os filósofos estudavam quais comportamentos e estilos de vida, poderiam levar uma pessoa à felicidade plena. No entanto, foi impossível chegarem a um consenso, levando em conta a dificuldade de definir, em sua totalidade, o real significado de ser plenamente feliz.

Para o grego Aristóteles, felicidade associava-se à prática do bem. Epicuro, acreditava que ser feliz era poder realizar todos os seus desejos; Confúcio, dizia que a felicidade estava na harmonia entre as pessoas. Já o filósofo chinês, Lao Tsé, pregava que não existia um caminho para a felicidade, e sim, que a felicidade era o próprio caminho. Tantas teorias, nenhuma conclusão, talvez porque felicidade tenha um significado único para cada uma das mais de sete bilhões de pessoas existentes no planeta.

Exatamente por isso que, para Soraya Thronicke, o significado de felicidade era poder contemplar os seus momentos com Simone, seu grande amor, em momentos tão simples, mas cheios de valor para a mesma, e agora, também Analua.

Contemplar os traços da mais velha; tão bela, mais linda do que uma flor, até a primavera teria inveja do aroma da sua beleza, que perfuma a natureza em forma de mulher.

Sempre que esse algo abunda e é espontâneo, e a energia com que se projeta transmite, não apenas consistência, mas também a essência da inocência, sinceridade e honestidade que foi despojada de qualquer condição oculta ou motivo movido pelo egocentrismo ou egoísmo, milagres manifestam-se na existência com um hábito singular de regularidade.

Transforma, com facilidade, até mesmo o esforço mais mundano e sem criatividade em uma busca por um propósito mais elevado; assumindo toda uma nova identidade espiritual própria; de estar em harmonia consigo mesmo, com o próprio trabalho, com a relação com os outros e de estar em paz com o mundo.

Vencida estava de amor seu pensamento, o mais que podia ser vencida a vida, sujeita a ela, contente deste bem, louva o momento. Nesse caminho tão estranho, tão doce, honroso e alto, jurando não seguir rara firmeza sem ser o amor achado em falta, encontrado em uma flor.

Pensando na possibilidade de uma vida em união a Simone, não a união que já tinham, e sim, um matrimônio.

Passou pelo verdadeiro amor construído, começando pelo relacionamento amoroso consigo mesma. Antes de criar sua ilusão de forjar um relacionamento com alguém mais, perdoou o que lhe causou sofrimento, permitindo-se abrir mão de culpas e arrependimentos que congelavam seu núcleo emocional.

O relacionamento romântico, começar sem problemas, gostos e desgostos. Compreendendo com o tempo, que aquela mulher era a pessoa com quem queria passar o resto da sua vida.

Dormiu brevemente sorrindo, pensando em diversas opções, um pedido, um sim, sua felicidade contemplada ao lado da pessoa que ama. Como o faria, a questão do tempo. Sendo acordada por repetidos beijinhos no rosto.