Deixe-me ir. Simone e Soraya.

episodio 23 - pessoa da minha vida.

hey! voltei:) perdão a demora, eu estava com um bloqueio realmente enorme e não saía nada.

avisinhos aqui antes do episódio. parte do mesmo é sobre a umbanda, terreiros, entidades, entre outras coisas.  caso alguém que acompanhe a historia também pratica a religião e "percebe" algo diferente, eu escrevi tendo em conta a minha experiencia, no meu terreiro. se bem é igual, cada um tem suas próprias manias e jeitos.
axé p todos vocês:) 

Cadelinha_Da_Simone quem escolheu a última musica que aparece no episodio <3

era isso, boa leitura! 

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Algum tempinho depois, dona Irmita gritou desde o andar de baixo que o almoço já estava pronto e em alguns minutos, o levava até elas.

Soraya prontamente respondeu, dizendo que elas comiam na cozinha junto com a senhora.

— Vai trocar de roupa, amor? — Pergunta Simone.

Soraya analisa a roupa que usava e volta seu olhar confuso a Simone — Eu ia descer assim, algum problema?

— Não, claro que não. É que como você está com as pernas descobertas, achei que ia pôr outra coisa.

— Dona Irmita me conhece desde criança, não tem problema.

— Certo. Eu vou pegar um short e vamos.

— Acho bom, só eu posso te ver assim. — Olha devagar o corpo inteiro da namorada, se aproximando devagar a deixando sem graça.

— Para, Soraya. — Diz rindo, caminhando apressada até sua mala.

— Com medo, Tebet? — Pergunta arqueando uma sobrancelha.

— Jamais. — A puxa pelo braço, deixando um beijo rápido em seus lábios.

Simone vestiu o short enquanto Soraya ajeitou a camisa que usava. Arrumaram a cama juntas e desceram devagar enquanto conversavam, até Simone ouvir a senhora cantar, parando no meio da escada.

— Deu meia noite, a lua se escondeu. Lá na encruzilhada com sua saia pomba gira apareceu. Cuidado com a meia noite!— Cantava animadamente Irmita, arrumando a mesa.

Simone pegou a mão de Soraya e a puxou para baixo das escadas, escondidas à vista de Irmita.

— Soraya, ela é macumbeira? — Pergunta Simone com os olhos arregalados, assustada.

Soraya ao perceber o medo da namorada, deu uma gargalhada alta.

— Soraya! Eu estou falando sério! — Chacoalha Soraya pelos braços, vendo que a loira só sabia rir do seu medo.

— Calma, amor. Dona Irmita, ela— Soraya começava a falar, mas é interrompida pela voz da senhora novamente.

—Ah, laroiê, ah, laroiê, ah, laroiê. É mojubá, é mojubá, é mojubá.

—Ela é odara. Quem tem fé na Maria Padilha, é só pedir, que ela vai dar. — Completa Soraya, puxando Simone pela mão que lutava atrás da loira para não ir.

— Laroiê, Exu Mulher! — Diz Irmita sorrindo.

— Laroiê, Senhora das Encruzilhadas! — Responde Soraya.

— Meu santo Deus, você também é. — Diz Simone espantada, soltando a mão da namorada.

— Ela não sabe? — Pergunta Irmita, tentando prendendo o riso.