episodio 18- Leila.

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hey! apareci de novo:))

boa leitura!

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As marcas que o tempo deixa, ninguém consegue apagar, entretanto há cicatrizes que só ele consegue tratar e curar.
O tempo sabe como auxiliar, basta apenas a pessoa querer se ajudar.
É difícil compreender que há o momento certo para cada coisa, mas há quem insiste em dizer que sabe de tudo e simplesmente não deixa o tempo realizar o seu grande papel se organizar, amadurecer e ensinar.

Sábio é aquele que entende que, quanto mais o tempo passa, mais se aprende e se torna menos dependente de tudo que pode deixar impaciente.
O tempo traz liberdade, lindas asas para voar. E, para isso acontecer, basta, em suas instruções, se apegar.

Na insegurança das palavras ou do jeito de olhar, é que começam nossos medos.
De sorrir ou de chorar.
Na insegurança o desejo tende a nos abandonar. Pelo medo de um beijo ou pelo medo de tocar. Com a insegurança um toque quente tende sempre a gelar por não ter já definida há questão de aceitar.
Na insegurança do momento estamos sempre a aceitar o medo de sofrer e o medo de sonhar.

Soraya sempre foi uma pessoa muito segura de si, em relacionamentos, amizades, com sua personalidade, físico, amplos fatores. Porém, querendo ou não, frente a Simone, acreditava na opção de Simone a deixar ou preferir outra pessoa. Se cansar. Abandona- lá. Troca-lá.

Simone, o que era Simone?

Poesia e palavra que ensina, vontade que não acaba, tempestade levada e trazida vezes sem fim.
Misericórdia e a razão que nunca se perde, aquele pecado tão desejado, tão perdido, tão encontrado.
Jeito próprio igual pétala faz com sua inflorescência.

Amar, algo gostoso e bom, porém algo sinuoso e perigoso, que nos causa medo de perder o ser amado. O que se espera, ser amado pelo ser que amamos, nos causa insegurança quando vemos que estamos desarmados perante uma paixão, e estar desarmado é estar suscetível a qualquer tipo de ataque que machuque o coração, amar ou nunca amar.

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Soraya olhava o rosto de Simone com um sorriso apaixonado, seus olhos brilhavam tanto que Simone conseguia sentir todo o amor que emanava dela. Os olhos de Simone estavam vidrados nos dela, e ela até queria retribuir o olhar, porém, Soraya tinha exagerado na velocidade e Simone sentia que estava flutuando de tão tonta

Havia pegado uma das motos do seu pai, levando Simone até um belo campo, o mesmo acompanhado de uma linda paisagem; repleto de árvores e flores de distintas cores. Deitou na grama embaixo de uma das árvores, deixando um dos seus braços, embaixo da cabeça. Simone até tentou deitar ao seu lado, mas sua cabeça girava tanto que sua vertigem piorou, então preferiu sentar pertinho dela, fazendo carinho com uma de suas mãos na altura de suas costelas enquanto Soraya a olhava.

-Você ainda está com cara de enjoada. -Disse Soraya para depois rir.

-Porque eu tô enjoada. Eu sou humana e meu sistema vestibular não é desenvolvido para esse tipo de viagem, e principalmente nessa velocidade. -Reclamou.

Simone encarava sua namorada de um jeito sério, enquanto Soraya não podia esconder que no fundo, estava se divertindo com o enjôo de Simone.

-Então vem aqui que eu vou te ajudar a se sentir melhor. -Disse Soraya.

Soraya sentou em frente a Simone e a puxou para se sentar em suas pernas. Deu leves apertadinhas em suas coxas enquanto Simone se ajeitava em seu colo. Segurou suas maos, levando-as até seu rosto, pedindo para Simone segura-lo.

-Você só precisa segurar alguma coisa na altura dos seus olhos e olhar para um ponto fixo. -Sua voz era suave enquanto olhava em seus olhos.

As maos de Simone seguravam firmes o rosto da sua garota, e claro que seu ponto fixo seriam aqueles olhos.

Deixe-me ir. Simone e Soraya.Onde histórias criam vida. Descubra agora