"Capítulo 14 - Fourteen

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Christopher

Seattle - 23:00

Olho para todos os lados da boate e não a encontro, desso as escadas e vou até a Ana , que pelo oque eu vi elas são amigas.

-Você viu a Srta.Almont? - Pergunto para ela.

A mesma para de dançar e se vira pra mim.

-Ela estava aqui faz pouco tempo dançando, ela deve ter ido se divertir com alguém se é que me entende. - Ela fala e me lança um sorriso malicioso, o que me irrita profundamente.

Reviro os olhos e fecho minhas mãos tentando controlar a minha raiva em só imaginar a Alice  com outro homem.

 Eu sei que o trato que fizemos foi que poderíamos nos relacionar com outras pessoas, mas eu não posso evitar não me sentir furioso por imaginar um desgraçado tocando em seu corpo. 

Saio da pista de dança e começo a andar pela boate procurando por ela. Entro no banheiro feminino e vejo um homem deitado por cima dela enquanto a mesma esta desacordada, eu não sei como, mas a minha raiva triplicou só de saber oque esse desgraçado iria fazer com ela em um banheiro. 

Vou até ele e o mesmo parece não perceber a minha presença, quando ele ia tirar o sutiã dela eu o tiro de cima da mesma e dou um soco em seu rosto fazendo o mesmo cambalear para trás.

-Seu filho da puta! - Ele rosna e vem pra cima de mim, mas antes que ele possa me acertar, eu o acerto novamente com um soco no seu estômago. Quando ele cai no chão dou vários socos seguidos em seu rosto e vejo o sangue começar a sair do seu nariz. 

Percebo que o mesmo esta desacordado e vou até a Alice,visto sua blusa a pego no colo e saio do banheiro em seguida. Ando por entre as pessoas e quando saimos da boate mando uma mensagem para Robert vim nos buscar.

Alguns minutos depois quando o meu carro para em nossa frente, Robert sai do mesmo e vem até mim.

-Senhor, esta tudo bem com ela? - Ele pergunta.

-Ela foi dopada por um desgraçado, mas eu dei uma boa lição nele. - Falo e Robert apenas assente abrindo a porta de trás do carro.

Coloco Alice  deitada e me sento colocando sua cabeça em meu colo. O caminho inteiro foi silencioso, minha raiva por aquele desgraçado não vai desaparecer tão cedo. 

[...]

Quando o carro para no meu estacionamento particular saio do carro e pego Alice em meu colo. 

-Pode ir descansar Robert. 

-Sim senhor. - Ele responde e eu vou para o elevador.

Quando as portas se abrem na minha cobertura saio do elevador e vou para o meu quarto. Tiro a roupa de Alice e coloco uma camisa minha na mesma. A cubro com o cobertor e vou para o banheiro.

Termino de tomar banho e saio do banheiro vestindo apenas minha calça preta de moletom. Olho em direção a cama enquanto seco meu cabelo com a toalha e vejo Alice dormindo como um anjo. 

Como aquele desgraçado teria coragem de fazer aquilo com ela? Nem consigo imaginar como ela se sentiu quando perdeu os pais, ela deve ter se sentindo desolada, desprotegida e completamente sozinha. Mas comigo ao seu lado ela não ficaria mais assim.

Penduro a toalha no box e me deito ao lado dela a puxa para mais perto de mim. A mesma ainda dormindo deita sua cabeça em em meu peito.

Acaricio o cabelo dela e a observo dormir tranquilamente. 

Eu nem estou me reconhecendo mais, des da Stella eu não me sinto assim. 

Stella foi minha namorada e noiva, estavamos completamente apaixonados a cinco anos atrás, iriamos nos casar no mês de Junho. Nós tínhamos nos conhecido na faculdade em uma festa, começamos a sair e depois de algum tempo eu a pedi em namoro. 

Nós não poderiamos estar mais felizes por nos casar, nossas familias estavam super animadas pelo casamento e nossas mães não viam a hora de serem avós, mas nós não imaginavamos que uma semana antes do nosso casamento Stella fosse ser atropelada por um desgraçado.

No começo ela tinha ficado em coma por quatro dias, mas depois os médicos declararam morte cerebral. Com certeza aquele foi o pior dia da minha vida. Perder a única mulher que foi capaz de me fazer amar foi o ápice para o meu coração se despedaçar por completo.

Des daquele dia eu nunca mais quis me envolver com nenhuma mulher seriamente, mas com Alice eu sinto que é diferente. Ela é linda, engraçada e tem um ótimo caráter. A última coisa que eu quero é machuca-la e eu vou garantir que nem eu e mais ninguém a machuque.

Dou um beijo em sua testa e deixo o sono vir.

[...]

Alice

Eu estou na minha casa em Atlanta mexendo no meu celular. Agora são exatamente 18:00 e meus pais foram ao mercado comprar alguns ingredientes que faltam para preparar o jantar. Eu me ofereci para ir junto, mas eles falaram que não era necessário. 

Ligo a televisão e coloco em um canal qualquer e volto a mexer no meu celular quando o telefone fixo da minha casa começa a tocar. Levanto do sofá e o atendo.

-Alô?

-É a Alice Almont? - Pergunta uma voz desconhecida.

-Sim, sou eu. Quem é?

-É do hospital central de Atlanta, seus pais deram entrada faz poucos minutos e estão sendo encaminhados para a cirurgia.

Deixo o telefone cair e pego meu celular e um  nota de vinte dólares e saio de casa correndo. Chamo um táxi e falo o endereço para o motorista. Sinto um perto no coração e também falta de ar ao imaginar oque possa ter acontecido com os meus pais. Sinto as lágrimas escorrerem pelo meu rosto e as limpo.

Alguns minutos torturantes depois o carro para em frente ao hospital. Pago o motorista e entro no prédio branco correndo.

-Arthur e Susie Almont. - Falo para a recepcionista.

-Eles foram para a cirurgia, a senhorita pode esperar naquela sala. - Ela fala a aponta para uma sala que na porta esta escrito "sala de espera".

Sem responder vou para aquela sala e me sento em uma das cadeiras com o rosto entre as mãos.

Cada minuto que passa sem nenhuma noticia é torturante pra mim. O pior de tudo é não ter ninguem para me apoiar nesses momentos. Apoio meu rosto entre as minhas mãos e deixo as lágrimas rolarem livremente.

-Parentes de Arthur e Susie Almont? - Fala um médico.

-Sou eu! - Falo me levantando rapidamente.

-Eu sinto muito, fizemos tudo que era possível, mas eles infelizmente não resistiram. - Quando ele termina de falar sinto meu mundo desabar completamente.

Caio sentada na cadeira e choro como nunca chorei antes.

-O impacto da batida foi muito forte e infelizmente alguns cacos de vidros perfuraram os órgãos vitais dos seus pais. Eu sinto muito. - Ele fala e sai.

As lágrimas rolam pelo meu rosto com facilidade, sinto meu coração se apertar e não consigo respirar. O desespero me invadi e a vontade de gritar me consome....

-Alice! Acorda! - Abro os Olhos lentamente e me sento na cama. 

Vejo Christopher me encarando com preocupação. Passo minhas mãos pelo rosto e limpo minhas lágrimas. 

Sonhar com a morte dos meus pais é torturante, é como se eu revivesse aquilo. É tão real.

-Foi horrivel Christopher! - Falo e me jogo em seus braços chorando. - Eu só queria que eles estivessem aqui comigo!.

Ele me abraça fortemente e beija minha cabeça.

-Vai ficar tudo bem, você não esta mais sozinha. - Ele sussura pra mim enquanto eu choro. - Eu estou aqui com você agora e vou te proteger.

Ouvir suas palavras me acalmam e eu consigo voltar a dormir sentindo ele acariciar meu cabelo. 

Pela primeira vez em muito tempo eu me sinto segura.

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