Você acredita em ódio à primeira vista?
A jovem estudante de literatura Diana Benett não tem uma boa primeira impressão do ator Joseph Quinn, a quem conheceu ocasionalmente em uma festa particular. Orgulhoso, ríspido e misterioso, Quinn demonstra se...
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Após serem perguntadas pela Sra. Benett, mil vezes, sobre quem era "esse Olliver"; após negarem súplicas de suas irmãs mais novas para deixar ir com elas; e após trocar de roupa, pelo menos, quatro vezes; lá estavam Diana e Jane – na festa de "Olliver, o fotógrafo".
Elas ficaram pasmadas ao chegar – de táxi – no local indicado no endereço no celular de Jane. Se olharam e perguntaram, em voz alta, "é aqui mesmo?". Mas ele era rico, não era? Então elas estavam no lugar certo.
Era em um bairro a alguns bons quarteirões do delas, porém, de classe totalmente oposta à onde moravam. De fora, já era possível ver que o casarão era enorme. Provavelmente dava duas vezes a casa delas, que já não era pequena. Tinha um extenso jardim, com vários carros de modelos caros estacionados em frente; a fachada era coberta por cores rústicas e rodeada de uma varanda linda. A casa de Jane e Diana sequer tinha uma varanda.
Quando foram se aproximando, puderam ver que o ambiente já estava cheio. De longe, era possível notar o movimento de várias pessoas lá dentro.
– Já podemos ir embora? – Jane sussurra para Diana, ao passo que vão chegando perto dos seguranças na entrada, caminhando pelo jardim.
Diana ergue uma sobrancelha e ri, balançando a bala de cereja em sua língua.
– Ah, é? Você me obriga a vir, me faz ficar animada e criar expectativas, e agora quer amarelar? – A mais velha agarra o braço da irmã, que sorri – Não. Nós vamos entrar e vamos curtir a festa!
Jane morde o lábio e roda os olhos.
– Ainda bem que nós tiramos aqueles vestidos e vestimos estas roupas. Bem mais à caráter.
– Bem mais cara de rica – ironiza Diana, e antes de se voltarem aos seguranças, ela sussurra para a irmã: – Eles nunca saberão que esse símbolo da Gucci é falso.
Jane gargalha.
Os altos seguranças, que mais parecem armários, estão olhando para elas como se conseguissem enxergar suas almas.
– Nomes, por gentileza? – solicita um deles, com sua voz grossa e intimidadora.
– Jane e Diana Benett – responde a mais jovem, segurando as mãos em frente ao corpo e levantando o queixo.
Elas aguardam em silêncio enquanto o segurança checa a lista de convidados, e assim que encontra as irmãs Benett ali, libera suas entradas. Elas passam por eles e, então, ao entrar, são engolidas pela festa.
Tinha muito mais gente do que elas imaginavam. Mulheres altas e magras, muito bem-vestidas, e a maior parte, loira; homens trajados socialmente, bonitos na grande maioria, sempre atrás de alguma das loiras. A música estava grave, a multidão estava dançando, tinha bebidas em várias mesas espalhadas pelo ambiente. As irmãs vão entrando, de mãos dadas, e observando, curiosas.
