09 cross the nine, cross the line

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Diana foi dormir pensando que o Joseph Quinn não era, afinal, tão ruim assim

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Diana foi dormir pensando que o Joseph Quinn não era, afinal, tão ruim assim.

Achando que ele gosta mais de se parecer com um bad boy do que realmente é um. Com desencargo de consciência, finalmente, pôde dormir pacificamente.

A alguns quarteirões dali, na casa da tia – onde estava hospedado –, ao contrário de Diana, Joseph não conseguia pegar no sono. Sua cabeça não parava de pensar nas possibilidades, nas ações, em tudo aquilo que ele podia e devia fazer nos próximos dias; ou, quem sabe, nas próximas vinte e quatro horas. A lembrança da gargalhada dela e dos dois brincando feito duas crianças no auditório o atormentava de tal modo que ele mal podia fechar os olhos. Amanhã teria que viajar, ao fim da tarde, para mais um evento; e sabia que para isso era preciso descansar esta noite. Mas como poderia, se tudo o que ele conseguia era pensar nela?

Joseph rolou na cama, e embora fosse contra o uso do celular antes de dormir, ele não resistiu. Só quando desbloqueou a tela, naquele momento de aflição, foi que percebeu que nunca tinha pedido seu número. Na realidade, estranho seria se ele já tivesse feito isso, afinal, ela não o suportava. Provavelmente não daria.

Ele pesquisou o nome de Diana Benett na internet, mas não encontrou nada de primeira. Pediu a senha a Ollo, que mandou rapidamente, reinstalou o instagram e procurou por Caroline entre os seguidores de Wes. Quando achou Diana entre os seguidores de Caroline, o seu perfil era fechado. Se sentia um verdadeiro stalker, tal qual ela mesma o chamava. Joseph passou longos minutos encarando incansavelmente a sua pequena foto de perfil, sorridente, com os cabelos soltos e uma franja menor, num local que parecia uma biblioteca a julgar pelos livros de fundo. Encarou obsessivamente o botão de seguir, pensando se deveria ou não fazer isso. Ele não usava a rede social, e seu perfil não seguia ninguém além de seus contatos profissionais – por isso, sabia que não deveria –, mas só pela curiosidade de ver mais fotos daquele rosto, ele questionava a probabilidade. No final, não o fez.

Quando voltou a pesquisar mais à fundo o nome dela na internet, encontrou, em uma das últimas páginas do google, alguns artigos publicados pela universidade onde estudava. Ela escrevia sobre literatura, drama e origem. Joseph pôde saciar a curiosidade com algumas imagens dela no portal acadêmico. Notou que estava tudo perdido, e que não tinha mais para onde fugir, quando se flagrou sorrindo para o celular ao ler sua biografia no seu perfil de publicações e pensar sobre o quanto ela era tão inteligente e pontual em tudo o que fazia.

Naquela noite, Joseph foi dormir com a certeza de que deveria fazer algo, agir o quanto antes. Só ainda não sabia como.

Na manhã do dia seguinte, ele acordou – como sempre estava, nos últimos dias – com Diana na cabeça. Já não suportava mais. Passou muito tempo lutando contra si mesmo para, enfim, chegar à conclusão de que aquele dia não poderia acabar e virar noite até que ele cumprisse seu propósito e revelasse a força do que sentia por ela. 

Ainda era cedo na manhã quando ele recebeu a visita de Wes e Caroline, que rapidamente notaram o seu nervosismo e perturbação. Estava inquieto, sentando-se e logo levantando-se, caminhando pela sala em círculos, mexendo no cabelo e fumando cigarro. Joseph confessou o que estava o deixando tão angustiado, fazendo com que Wes e Carol ficassem boquiabertos. 

pride and prejudice || joseph quinnOnde histórias criam vida. Descubra agora