Capítulo 12: REDENÇÃO

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12. REDENÇÃO


Entrei em casa depois de tomar uma ducha e passar no mercado.

Isabella estava calada.

Depois do nosso pequeno desacordo na clínica, ela provavelmente ficaria assim por alguns dias, se bem conheço seu humor.

Eu comprei um bouquet de flores vermelhas para me retratar. Nunca fiz isso antes e nem sei se comprei as certas.

Sei que estava muito nervoso mais cedo, mas vê-la me provocando ali me tirou do sério. E eu não queria mais discussões com ela.

Entrei na cabana e não a vi. Queria surpreendê-la.

Procurei e finalmente a encontrei. Ela estava tirando a roupa para tomar banho. E assim eu a vi quase nua pela segunda vez. Ela estava de costas, sem sutiã e tirando a calça. Eu congelei ali na porta, com as flores na mão e um palito nos dentes. Imóvel. Admirando suas curvas e torcendo para ela tirar tudo de uma vez e então eu teria uma visão completa daquela que me mataria um dia. Se não de prazer, infelizmente de um puta tesão reprimido.

Pro meu azar, sorte, sei lá, ela virou. Eu finalmente vi seus lindos seios. Não eram grandes em exagero, mas proporcionais ao seu corpo. E senti minha calça inchar, é claro.

Queria largar tudo e agarrá-la, levar ela pra cama e comê-la todinha. Isabella era a mais linda fêmea que já vi, mas não dava. Não podia fazer aquilo. Ela me encarou por alguns segundos. Dessa vez, eu não saí dali.

- O que você está fazendo? - ela perguntou, cruzando os braços na frente dos seus lindos seios para eu não ver e corando feito uma pimenta. Era um tesão mesmo.

-Eu... trouxe... i-isso pra você...- estiquei o braço com o bouquet olhando para a silhueta enquanto falava, atordoado com sua beleza parcialmente nua na minha frente.

-São lindas... - ela ensaiou um sorriso, antes de olhar para meus olhos novamente.

Eu não aguentava mais. Minhas calças também não. Estava sendo torturado.

Andei até sua direção, sem piscar. Fui devagar, para não assustá-la. Ela permaneceu imóvel também, e eu mantive meus olhos sobre ela. Eu na verdade devorei seu corpo com eles, para todos os efeitos, já que não podia tocá-la ou... perderia completamente o juízo.

- D-d-esculpa por m-mais cedo... - gaguejei. Um completo cagão e idiota, entregando as flores sem pensar.

E, para minha surpresa, ela se descobriu. Tirou as mãos da frente e tocou nas flores. Mas logo me olhou sem graça e se cobriu com os braços.

-Se importa se eu tomar... - ela apontou para o chuveiro.

-Ah, perdão. Vou te esperar... - sorri inseguro - lá fora... - andei para trás, sem piscar. Precisava salvar cada milésimo de segundo na minha mente.

-Tá. Vou tomar meu banho. - ela balançou a cabeça, tão surpresa e perdida quanto eu.

Esperei sentado na entrada da cabana, tomando um ar antes que me esquentasse de vez. Ela não demorou e logo voltou, sexy pra caralho.

-Já acabei. - ela anunciou, e nem precisava. Seu perfume único já havia invadido o espaço antes dela passar por trás de mim e sentar na cama.

Levantei e sentei ao seu lado, na cama, entregando-lhe as flores, com um quase sorriso.

-Não conheço outras além destas. Espero que goste.

Ela pegou as flores, sorrindo timidamente e cheirando elas.

Memories (Truth or Dare?)Onde histórias criam vida. Descubra agora