Capítulo 13: LAÇO INFINITO

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13. LAÇO INFINITO


Era manhã de segunda.

Edward definitivamente estava preocupado. Ela andava de um lado para o outro enquanto eu tomava um banho e me arrumava. Bebeu água várias vezes. Fumou. Escovou os dentes. Ele mal sentou, e nem entendi porque já estava se arrumando desde quando eu acordei. Era louco.

Nas últimas semanas passamos por tantas coisas que eu não podia negar seu presente. Ele cuidou de mim quando eu perdi meu gatinho Max, e muito mais quando lembrei da morte dos meus pais. Ele me tirou de toda a tristeza, ficando ao meu lado quando retornei à clínica. Ele ficava comigo no fim dos meus turnos na ala infantil, observando minha evolução como cuidadora do Jacob e das outras crianças que ali apareciam, e como estagiária, mesmo nos meus momentos desastrados. Maldita dia que eu quase fiquei sem pé... se o Dr. Masen soubesse, pensaria duas vezes antes de inaugurar a ala infantil naquela semana. Graças a Deus eu fui bem. Eles pareciam orgulhosos e surpresos com o meu sucesso com as crianças. Eu sem fazer esforço, me sentia uma idiota bobona no meio deles.

Edward também evoluiu horrores nas últimas semanas. O primeiro dia que ele disse que me amava foi, sem dúvidas, o mais feliz que tive ultimamente. Ele provavelmente não tinha noção de como ouvir aquilo me fez feliz e mais confiante em relação ao nosso namoro. Eu mal podia acreditar que ele realmente me amava. Era algo tão especial que parte de mim, no meu subconsciente idiota, achava melhor acreditar que ele podia estar enganado. Já a outra parte, queria testá-lo. Eu queria beijar, tocar, sentir se era mesmo real. Se eu o amava, e ele me amava, não precisávamos de tanta distância. Mas ele negou. Ainda assim, pensando em mim. Ele queria que fosse especial, assim eu pensava. Ele me entendia. Ele foi à igreja comigo.

Eu estava vendo a evolução de um jovem misterioso com traumas em um adulto encantador.

–Anda, Isabella!

–Estou pronta! – acordei dos meus pensamentos e fui para a entrada da cabana. – não vamos levar roupas?

Um coisa nunca mudava: sua reação. Ele me olhava da cabeça aos pés, com a boca trêmula e nervoso. Ultimamente, parou de gaguejar. Evitava falar qualquer coisa quando me via pronta para ele. Ou tentava.

–V-voltaremos hoje m-mesmo.

–Ok, espero que não chova. – eu estava curiosa para saber onde iríamos.

–Você está mesmo linda. – ele virou a cabeça para me dizer enquanto sorria nervoso, quando estávamos no carro.

–Você parece um artista, Edward. Isso não tem graça – virei meus olhos. Ele era obviamente lindo. Eu nem tinha vontade de falar mais, porque parecia completamente redundante. – Posso saber aonde vamos?

–Espere para ver.

E nós saímos para a estrada.

Edward estava todo misterioso, e eu senti que ele tentava disfarçar sua tensão.

Ele me olhava de lado, sorrindo torto e tocando no meu joelho enquanto dirigia e mordia um palito de dente. Ele disse que não queria fumar mais.

Eu reconheci o lugar.

Quando passamos pela Twilight Mountain, ele parou.

–Vamos sair do carro. – ele sorriu amarelo, ainda tenso.

–Twilight? – olhei confusa.

–Sim, vamos? – ele me ofereceu seu braço para sentarmos.

–Tá...? – sorri confusa, e andamos até nossos típicos lugares nas pedras.

Memories (Truth or Dare?)Onde histórias criam vida. Descubra agora