Capítulo 15: LINDO INFERNO

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15. LINDO INFERNO

Três vezes.

E um oral.

Em menos de vinte e quatro horas.

Cada dia mais intenso.

Era divino estar com Isabella. Passei parte na nossa noite de núpcias olhando para aquela desmiolada em meus braços. Ela certamente perdeu o juízo quando me conheceu de verdade. Somente isso explicaria aceitar meu pedido com meses de namoro e tantos tocos lançados em minha direção. Mas quem sou eu para falar em juízo? Por ela, já fazia coisas inimagináveis.

Nosso casamento foi simples e perfeito. Praticamente ninguém sabia. Exatamente como eu queria. Longe, ninguém atrapalhando.

Dr. Masen até deu um susto, mas sua aceitação foi o melhor presente que poderíamos ganhar.

Emmett e Alice também ajudaram bastante, apesar dela ter me perguntado mil vezes desde que chegou se Isabella estava grávida. Ninguém entenderia minha pressa em casar, e eu estava pouco me fodendo. Na verdade, nem eu entendia.

Tentava sempre esquecer tudo o que estava por vir com o retorno da minha família.

Eu sabia que, dentro de alguns meses, seria nós contra eles.

Minha única preocupação agora era o seu bem-estar e alegria. Isabella queria tudo de mim, e eu estava disposto a dar o que ela quisesse. Poderia ir do céu a um lindo inferno, se ela pedisse.

Lembro de tê-la acordado com uma surpresinha naquela manhã. Ela, que há dois dias era virgem, recebeu minha chupada com tanto tesão que atrasou nossa saída do hotel. "Só mais uma vez", ela pediu. Nossa sorte foi já ter saído de casa com as bolsas de viagem.

*

Cruzamos a fronteira de Oregon no meio da tarde.

Dirigi por horas até chegar ao primeiro hotel na divisa do estado. Definitivamente não era seis estrelas como nosso quarto da lua-de-mel, mas precisava parar. Já estava desacostumado a dirigir tão tarde e por tanto tempo. Isabella estava quase cochilando ao meu lado. Só podia estar cansada, depois de tanto tempo na cama e conversas comigo.

Contei a ela o que eu sabia do local, e ela admirava tudo, bem atenta, cabelos ao vento. Eu sempre dava um jeito de diminuir a velocidade para olhar para ela. Linda pra caralho. E era minha, só minha. Minha mulher. Ela não ficou pra trás, e pegava na minha perna toda hora pra falar alguma coisa, por mais banal que fosse, como o formato das nuvens ou sua análise boba dos animais na estrada.

-Acorda, moça.

-Chegamos? - ela despertou assustada.

-Claro que não. Já te disse que é uma road trip. Vamos parar nesse hotel até amanhã.

-Ok.

Isabella estava tão cansada que precisei segurar na cintura dela para entrarmos.

Eu só queria um chuveiro e uma cama. Aquela do quarto não era grande, mas eu já estava acostumado depois de mais de três meses na cabana.

Quando saí do banho, ela estava roncando. Bem baixo, bem suave, mas era um ronco. Eu ri comigo mesmo e deitei ao seu lado, tentando não fazer barulho. Mas lá estava ela, acordando de novo para segurar por cima do meu braço, atravessado em seu quadril.

E no dia seguinte, foi sua vez de me surpreender.

Fui acordado por uma boca risonha com sabor de hortelã.

Entortei meus olhos confuso com a hora, e vi que o relógio ainda marcava sete da manhã.

-Caiu da cama? - perguntei, e ela se afastou fazendo careta.

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