10º Capítulo

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O jogo estava prestes a começar. Uma hora de jogo, segundo o professor.

Augusto, Pedro e Bruno do outro lado da quadra e do meu lado, Murilo, Bartolomeu e eu. Como sempre, o pior sempre acontecendo comigo.

O outro time se junta e começa a planejar o jogo. Olho para os dois garotos que começam a planejar algum ataque, se mim. Ignoro e fico esperando o apito.

Eu não sei jogar futebol! Eu matava as aulas no antigo colégio conversando com a professora de educação física, nunca se quer peguei numa bola.

O professor apita.

Bartolomeu começa com a bola, Murilo é o goleiro. Fico parado na quadra. Bartolomeu me olha.

— Se move, porra! — Ele grita.

Saio do meio da quadra e vou marcar Bruno, no canto da quadra.

Augusto avança em Bartolomeu que consegue ir adiante com a bola. No time oposto, Pedro é o goleiro.

— Você sabe jogar? — Bruno pergunta, me marcando, agora.

— Nem um pouco. — Respondo.

— Presta atenção, caralho! — Bartolomeu diz e me toca a bola.

Consigo manter a bola por pouco tempo, Bruno toma a bola do meu pé com facilidade e avança para o nosso goleiro. Bartolomeu tenta pegar, mas não consegue. Corro.

Em vão! Murilo não consegue agarrar e Bruno faz o primeiro gol.

— ISSO, PORRA! — Bruno e Augusto gritam.

O professor apita. Murilo joga a bola para Bartolomeu. Fico ao lado dele. Avançamos juntos.

— Se perdermos eu te quebro, bichinha. — Bartolomeu sussurra para mim.

Olho para ele e engulo seco. Ele me toca a bola. Vejo Augusto correr até mim. Toco de volta a bola para Bartolomeu que avança, Bruno vai em cima dele, mas Bartolomeu consegue manter a bola, avanço rapidamente para o gol do time oposto, Pedro se aproxima de Bartolomeu, tentando impedir um gol.

Augusto começa a me marcar.

— Vocês não vão ganhar! — Ele diz, todo convencido e suado.

— Ele vai me bater, se perdemos. — Comento em voz baixa.

Augusto muda o semblante ao escutar o que disse.

— PONTE! — Escuto Bartolomeu gritar e chutar a bola para mim.

Augusto passa minha frente e toma a bola, corre para o nosso gol e faz, segundo gol do seu time. Olho para Bartolomeu que me lança um olhar de ódio.

Volto para perto do gol. Murilo me encara e se aproxima de mim.

— Tenta prestar atenção no jogo e não nos machos que te comem, seu vacilão. — Ele diz e me toca a bola.

— Qual o seu problema? — Pergunto.

— Meu problema e não perder a porra desse jogo para aqueles imbecis! — Grita.

— Parem de conversar, seus idiotas! — Bartolomeu grita a nós.

Me afasto com a bola nos pés. Toco novamente para Bartolomeu. Corro para o meio da quadra, recebo a bola novamente nos meus pés, Bruno vem com tudo para cima de mim, toco de volta a bola para Bartolomeu que avança, Augusto tenta tirá-la de seus pés mas é em vão, Pedro começa a se preparar, espero Bartolomeu tentar sua chance na trave, mas ele chuta a bola para mim, a responsabilidade agora é toda minha, com a trave livre, no canto, olho para ele e ele grita para eu chutar a bola, olho para trás e vejo Murilo gritar o mesmo. Bruno tenta tirar a bola do meu pé, Augusto corre até mim, olho para o gol e me preparo para chutar. Dou uma distância da perna esquerda e chuto a bola, sinto a perna de Augusto chutar meu tornozelo com força, a pancada é forte, caímos os dois no chão, mas vejo a bola bater na rede, Pedro tentar agarrá-la, mas é tarde. Faço o primeiro gol do time, porém me contorcendo no chão com a dor do chute de Augusto.

UM GAY NO INTERNATO MILITAR (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora