9º Capítulo

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E mais uma vez Augusto é puxado por Bruno e Pedro e Ítalo por Kaio. Os dois se encaram.

Olho ao redor e vejo que nenhum dos professores estavam por perto, pela altura do campeonato, eles já deveriam ter entrado. O restante dos meninos apenas observa, amontoados em círculo.

— Vocês só sabem olhar. — Falo olhando a todos.

Bartolomeu se aproxima de mim.

— Você acha que eu vou me ferrar por causa dessa bichinha do Cavalcante? — Ele pergunta pondo a mão em meu ombro.

— Cala a sua boca, idiota! — Augusto grita e tenta sair dos braços dos meninos.

— Vamos, deixem esses idiotas aí. — Bartolomeu diz a Kaio e Ítalo.

Kaio solta ítalo que anda até mim.

— Ele não vai te bater mais. — Ele diz.

Meu semblante fecha na hora, suspiro e tomo coragem.

— Qual o seu problema, cara? — Me exalto. — Quem fez isso comigo foi outra pessoa, não foi o Cavalcante, PORRA!

— Mas...

— Se você tivesse me escutado antes, isso não teria acontecido!

— E quem foi? — Ítalo pergunta.

Olho para trás e vejo Bartolomeu me encarar. Olho para os meninos e eles me olham, esperando por uma resposta.

— Eu não sei, estava escuro. — Respondo e saio de perto dele.

Ando só até a sala, sou o primeiro a chegar. Meus pensamentos estão me atormentando, minha consciência diz que era para eu ter falado, era para eu ter exposto o Bartolomeu e sua turminha.

Sento-me na cadeira e espero o restante dos alunos chegarem.

O professor chega à sala de aula, é um professor diferente.

Nos levantamos, todos.

— Bom dia, soldados! — Diz.

— Bom dia, senhor!

— Podem sentar-se. — Fala e todos se sentam em suas carteiras.

O professor olha para a sala toda, torço para ele não me olhar, mas ele me olha, seu olhar fixa em mim, fico apreensivo.

— Quem é você, soldado? — Pergunta.

Me levanto rapidamente.

— Senhor, sou o soldado Ponte, novo recruta! — Digo.

— O que houve com seu olho? — Pergunta.

— Um acidente. — Respondo.

— Um acidente? Sei. — Fala. — Pois bem, soldado Ponte, venha até a frente e se apresente para todos, nome, idade, motivo pelo qual está aqui. — Ele fala.

Engulo seco. Ando até a frente da sala e me viro para todos.

O professor senta-se na minha carteira.

— M... meu...

— Fale mais alto, soldado! — Ele grita.

Respiro fundo, sinto minhas pernas tremerem. Tento olhar para Augusto, que me encara sem expressão. Olho para Pedro que tenta segurar a risada, para variar. Volto meu olhar para Augusto.

— Me chamo Levi, meu nome de guerra é Ponte, tenho 16 anos e estou aqui por... é, estou aqui porque eu, eu...

— Soldado? — O professor chama minha atenção.

UM GAY NO INTERNATO MILITAR (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora