13º Capítulo

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Sigo os meninos por quase dez minutos, estou distante para eles não me verem.
A lua clareia um pouco a mata fechada, mas escuto barulhos de trovões.
Não faço a menor ideia para onde eles vão, quero só ter a certeza que vão ficar bem.

Murilo para, olha para trás, me encosto atrás de uma grande árvore.

— Aqui tá bom. — Escuto Murilo dizer.

— Claro, claro. — Pedro diz.

Olho devagar pelo canto da árvore, os meninos começam a tirar suas roupas.
Arregalo os olhos incrédulo com o que estou vendo. Nunca se passaria na minha cabeça que eles tinham algum tipo de relação íntima.
Murilo está completamente nu, apenas com sua boina na cabeça e Pedro está apenas com sua roupa de cima. Ele se ajoelha e segura o membro rígido de Murilo, se aproxima e põe a boca nele. Murilo respira ofegante com o ato de Pedro, ele mexe com a cabeça, põe a língua em todo seu membro, na parte de baixo dele também. Agora Murilo geme um pouco alto.
Sinto uma leve protuberância na minha calça.

— Isso, seu fodido, chupa tudo! — Murilo fala.

— Claro, amor, você quem manda. — Pedro diz.

— Não me chame de amor, seu viadinho! Tá maluco! — Murilo bate no rosto de Pedro que se desequilibra.

— Des.. desculpa, mas não precisa me bater. — A voz de Pedro sai rouca, como quem fosse chorar.

— Você sempre consegue estragar o clima. — Murilo diz, desapontado.

— Não, am.. Murilo, Murilo, desculpa, não vou mais errar! — Pedro implora segurando em suas pernas.

— Você é completamente insano. — Murilo debochado de Pedro. — Chupa meu pau, vai! — Ordena.

Pedro apenas acata às ordens dele. O ato volta a ser feito.

Deixo de olhar por um instante. Sinto um pouco de náusea com a cena que acabei de ver mas fico mal por ele.

Escuto barulho. Volto minha visão a eles dois. Agora Pedro se levanta, Murilo pega seu órgão genital e pressiona contra Pedro, que geme de dor.

— Devagar, Murilo. — Ele diz.

— Cala essa sua boca! — Murilo fala num tom alto.

— Tá me machucando, por favor..

— Eu disse pra você ficar calado, viadinho!

Murilo se move contra o corpo de Pedro forte. Pedro aparenta muito incômodo.

Desvio novamente meu rosto da cena. Maldita hora que decidi sair da barraca. Começo a andar sentido para a barraca.

Ando um pouco rápido, ainda me recordo um pouco do local.
Sinto algo úmido cair em meu rosto. Olho para cima e vejo o céu coberto por nuvens vermelhas. Apresso meus passos. Olho para frente e vejo que não é o mesmo lugar que tinha vindo.

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Estou perdido! Definitivamente não sei mais o caminho de volto. É como se eu já estivesse passado por aqui. Também me perdi do caminho que dá nos meninos. Não escuto mais eles. Andei por cerca de seis minutos e já começou a bater o desespero.

UM GAY NO INTERNATO MILITAR (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora