A atenção de todos está voltada a nossa mesa. Os dois se encaram, a essa altura, Augusto estava em pé, todo sujo de comida e Ítalo continuava em pé.
Pedro é o único que continua a comer.
Me levanto, finjo não estar nervoso, mas até para levantar não consigo disfarçar a tremedeira nas minhas pernas.
— Gente, é melhor pararem. — Tento dizer, mas minha voz sai tremendo.
— Parar? Ora! — Augusto bufa de raiva. — Você viu o que esse idiota fez no meu uniforme? — Diz.
— Pedro, ajuda aqui. — Peço a ele que termina de morder sua maçã.
Pedro se levanta e pega em Augusto.
— Idiota é você, seu merda. — ítalo diz.
Pedro é jogado de lado com força, Augusto dá um soco em Ítalo que quase cai para trás. Ítalo cospe saliva com sangue na mesa e acerta um soco na barriga de Augusto.
— Ajudem! — Grito.
Dois garotos correm até a nossa mesa, Augusto estava em cima de Ítalo, a essa altura, os dois rolam por cima um do outro, trocas de socos de ambos fazem seus rostos ficarem roxos.
Me afasto da mesa abrindo espaço para os garotos. É Bruno e Murilo.
Bruno pega Augusto com força e o afasta de Ítalo, que é pego por Murilo.
— SEU MOLENGA, SEU BICHA! — Augusto grita, apontando o dedo para ítalo que tenta sair dos braços de Murilo.
— QUAL O SEU PROBLEMA SEU FILHA DA PUTA!? — Ítalo grita, de volta.
— QUE PORRA É ESSA? HEIN? — O professor que há pouco dava aula na minha sala, chega.
— Foi esse arrombado quem começou! — Augusto diz.
— Mas eu estava de boa, o Ponte me chamou e você começou tudo. — Ítalo retruca.
O professor me encara sério.
— Quer dizer que você mal chegou aqui e já está caçando confusão, Ponte? — O professor pergunta.
— Não, senhor...
— Não foi culpa dele, senhor. — Pedro me corta.
— Então, de quem foi? Hein, soldado Queiroz? — Ele pergunta se aproximando de Pedro.
— Foi do Augusto. — Pedro responde, Augusto cospe no chão.
— Mas quem jogou comida no Augusto foi o Ítalo. — Bruno diz.
— Puta que pariu! Vocês não viram nada disso não? — O professor pergunta. Enquanto olha para todos. — Seus merdas, eu quero vocês dois na sala da Coronel, agora! — Ele ordena.
— Sim, senhor. — Ítalo responde.
O professor caminha até mim e se aproxima.
— Eu estou de olho em você, Ponte, pisa na bola comigo e eu faço sua vida um inferno, aqui. — Ele diz.
Engulo seco. Os meninos levam os dois atrás do professor. Eles se retiram do pátio. Todos voltam a comer normalmente, porém, o sinal toca, dando fim ao intervalo.
Pedro pega a sua bandeja e leva de volta a mulher, faço o mesmo e entrego-a para ela.
Caminho ao lado dele rumo a saída do pátio.
— Ei, vocês dois! — A merendeira chama.
— Oi? — Pedro diz.
— Não pensa que só porque não estiveram na briga que vão se safar dessa, garotos, limpem a mesa de vocês dois, agora! — Ordena.
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UM GAY NO INTERNATO MILITAR (ROMANCE GAY)
RomanceLevi é um adolescente de 17 anos um pouco fora do comum, um garoto tranquilo, alegre e carinhoso, vive uma linda e afortunada vida, tem tudo do bom e do melhor. Mas tudo muda quando um trágico acidente acontece e ele perde seus pais. Levi acorda no...