10 - O Ritual da Colheita

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Há exatamente um ano atrás o Ritual da Colheita havia sido interrompido quando Marcel me resgatou

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Há exatamente um ano atrás o Ritual da Colheita havia sido interrompido quando Marcel me resgatou. Poderia ter sido uma prova de afinidade, se ele não estivesse interessado em me manter em cativeiro e me usado para seus próprios benefícios. Mas Elijah Mikaelson havia me resgatado de Marcel e eu conheci a liberdade. 

O último ano havia sido bom e intenso. E se passava como um flash em minha cabeça. Conheci Kol, me apaixonei. Fui perdoada pelas bruxas que sobraram no quarter. Me tornei regente. Fiquei noiva. E encontrei nos Mikaelson uma família. Disfuncional, difícil, cheia de escuridão. Mas ainda assim uma família. 

E agora Klaus queria me entregar em sacrifício. Eu me sentia traída. E não consguia entender porque Kol não saiu correndo atrás de Klaus no momento em que ele me arrastou pela porta. Eu sabia que as ancestrais não me deixariam voltar, e naquele momento era óbvio que esse era o plano de Klaus desde o início. Ele me deu 48 horas, as 48 horas que faltavam de prazo para que a colheita fosse completada e as bruxas sacrificadas retornassem. 

Ele iria me colocar no limbo para que Esther voltasse no meu lugar e nem por um instante eu havia pensado nessa possibilidade.

—Nós não temos um ancião! — esbravejei, enquanto Klaus me arrastava, tentando inutilmente me apegar ao fio de esperança que me restava de ser salva.

Foi então que Klaus me jogou no chão e caí nos pés de uma bruxa que eu conhecia muito bem. Ela estava em transe, seus olhos estavam brancos. Ela tinha poder de se conectar com o outro lado e ela estava fazendo aquilo agora, conversando com as ancestrais e provavelmente me usando como uma moeda de troca pelo retorno de Esther. E claro, eu sabia que era uma moeda de troca desejada no outro lado. Muitas ancestrais me odiavam, e sabia que estava fadada a ser tornturada infinitamente pela minha falta de fé na magia das ancestrais. Pelos meus pecados, pela minha culpa no extermínio de bruxas que havia acontecido em New Orleans antes dos Originais retomarem a cidade. 

E naquele momento eu sabia que Klaus Mikaelson tinha mais moral das bruxas do outro lado que eu poderia ter. Mesmo com todos os pecados que ele carregava. Eu pensei que iria encontrar bruxas traidoras para Klaus sacrificar. Naquele momento tudo fez sentido, enquanto eu sentia o sal das lagrimas de meu rosto. 

Eu era a bruxa traidora. 

Eu. 

—É claro que temos uma anciã! — Klaus disse com seu desdém vitorioso no mesmo momento em que Alesha saia do seu estado de transe.

—Olá Davina! — ela me disse com uma tranquilidade na voz que cortou meu coração. 

Alesha... como ela pode. Eu aprendi a amar, ela se tornou minha figura maternal, eu a tinha como a pessoa mais próxima e que eu mais confiava, de todas as que me restaram. 

—Está tudo pronto Nik. Podemos começar — ela disse sorrindo para Klaus. 

"Nik" não me lembrava deles serem tão próximos. Viviam brigando na casa. Alesha era muito mais próxima da bruxa Freya e de Elijah. Ela não suportava Klaus. Pelo menos era o que eu pensava.

Love You to Death | Livro 1 | • Klaroline • | PT-BROnde histórias criam vida. Descubra agora