49 - Final (Parte 1/2)

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Enquanto Klaus e eu esperávamos Caroline acordar para ver sua reação ao dar de cara com ele, eu estava deitado no sofá do quarto dela e olhava para o teto pensando no pedido que ela havia me feito na noite anterior

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Enquanto Klaus e eu esperávamos Caroline acordar para ver sua reação ao dar de cara com ele, eu estava deitado no sofá do quarto dela e olhava para o teto pensando no pedido que ela havia me feito na noite anterior. 

Caroline queria ter um filho comigo. 

Aquilo era no mínimo inesperado. Eu seria capaz de fazer isso se a deixasse feliz, mas a verdade é que eu tinha muitas objeções em relação a essa proposta. A primeira é simples, eu não gostava de crianças. O choro delas me irritava, a voz delas me irritava, as birras e manhas também, toda a existência do ser humano criança me irritava. 

Na verdade a existência da maioria dos outros humanos também. 

Mas Caroline teria um ponto, eu gostava da Gabby, e ela era só minha afilhada, então se eu tivesse um filho talvez eu gostasse disso. Mas eu não sei porque eu estava pensando nisso agora, Klaus estava ao lado dela segurando sua mão a encarando incessantemente esperando ela acordar, e quando ela acordasse estaria de frente para seu grande amor, com suas memórias e eu... bem, eu realmente não sei qual lugar exatamente eu ocuparia nisso.

Então me lembrei da profecia. 

A profecia que eu não havia contado para ninguém. Era comigo que Caroline teria um par de filhos. 

Gêmeos. 

Aquilo me dava sentimentos ambíguos. A primeira era satisfação, isso tinha que ter um significado, e o significado é que no final ela me escolheria. Mas também me dava arrepios. O final da profecia do Gemini era claro "que pertencerão a nós". O que exatamente isso significava? Podia simplesmente dizer que seriam do coven, ou poderia significar outras coisas terríveis. 

Então lembrei de tudo o que ela já havia passado por causa de uma profecia, e ela ter gerado uma criança era exatamente o fato que a havia colocado ali, naquela situação em que estávamos de toda forma tentando tirá-la. E se tinha uma certeza que eu tinha é que não queria ser o Klaus 2.0 da história dela. 

Eu estava há uma meia hora brincando com uma bolinha, a jogando para cima e pegando de volta enquanto pensava obsessivamente nesse assunto. E então eu a atirei contra uma parede. Eu senti raiva. 

Depois de muito refletir parecia que era exatamente isso que eu estava me tornando, o Klaus 2.0 de Caroline. 

Eu não quero ser uma sombra dele. 

Respirei profundamente e tentei recuperar meu estado mental apático novamente. Sentimentos são complicados. Não gosto de ter que lidar com essa coisa que acelera meu coração, me dá um enjôo no estômago e me tira da razão. 

Mas ja sei que o nome desse que eu sentia agora era raiva. 

Ou seria ciúmes? 

Tanto faz. 

Eu tentei me convencer que não era apenas uma cópia dele. 

A verdade é que no fundo eu sabia que ela talvez sequer reconhecesse ele. E eu também sabia uma forma de tirar a maldição dela. 

Love You to Death | Livro 1 | • Klaroline • | PT-BROnde histórias criam vida. Descubra agora