Love You to Death | Livro 1 | • Klaroline • | PT-BR

36 - Traições e Revelações (Parte 2/2)

Eu estava aguardando Klaus Mikaelson em seu escritório, e considerando como fui acordado não estava no melhor de meus humores. Eu batucava uma mesa com os dedos incessantemente tentando inutilmente conter o turbilhão de pensamentos em minha cabeça. Klaus finalmente chegou. Ele trazia uma bolsa de sangue e nos serviu duas taças.

-Café da manhã?

O filho da puta estava com um ótimo humor. O que deixava o meu pior. Então eu dei um sorrisinho irônico e tomei o líquido da taça de uma vez. Eu estava com fome, afinal.

-Preciso que descubra o que Katherine Pierce está fazendo aqui.

Ele disse de uma vez enquanto se acomodava em sua cadeira cara. Assim como tudo em volta dele, porque esse era Klaus Mikaelson, ele adorava ostentar: dinheiro, poder, força. 

-Ah, claro, e como pretende que eu faça isso? - eu tinha um tom irritado e sarcástico ao mesmo tempo.

-Não sei, liga pra ela, marca um encontro, transe com ela de novo se for preciso. Você tem 3 dias pra me dizer o que ela quer.

-Ou? - eu arqueei uma das sobrancelhas.

-Ou eu mato Elena. - o filho da puta sorriu. Mas a pior parte é que tenho certeza que ele falava sério.

-E Caroline te odiará para sempre. - Arqueei ambas as sobrancelhas

-Caroline é uma outra situação, e com esse problema eu vou lidar hoje, não que seja da sua conta.

-Sabe que ela ter feito uma festinha com você enquanto estava caindo de bêbada não faz ela milagrosamente esquecer de todas as merdas que você já fez né?  

-Primeiro, eu jamais me aproveitaria de Caroline alcoolizada. Não aconteceu nada, não que te deva satisfações de qualquer coisa, Salvatore. - Ele disse com um tom calmo, para logo em seguida avançançar no meu pescoço me enforcando enquanto contnuou falando me encarando - Segundo, respeite Caroline. Eu tenho milhares de motivos pra te matar agora mesmo, talvez até mais do que para te manter vivo. Eu não transo com mulheres alcolizadas. Não preciso privar uma mulher de suas escolhas por sexo. Seja bêbada ou compelida. 

Ele ficou me encarando raivoso e exibiu os olhos de lobo. Filho da puta, essa era uma ameaça. E ele ainda não superou meu passado com Caroline. 

-Foi uma fase rebelde, já passou - eu falei irônico e ajeitei minhas roupas me sentando novamente quando ele me soltou.

-Você pode tentar descobrir através de um velho amigo seu também. Ele esta na cidade. Enzo St. John. - ele simplesmente falou isso e se levantou em direção a porta. - 3 dias Salvatore.

Então Klaus saiu e me largou lá.

(...)

Fui levar Elena para se encontrar com Bonnie, aproveitei e peguei o endereço que Enzo estava hospedado. Fiquei estacionado em frente ao hotel pensando no que ia falar para ele quando chegasse. Mas então a porta do passageiro se abriu. Katherine. Ela entrou no carro.

-Sentiu saudades? 

Eu dei um sorriso forçado e revirei os olhos. Katherine então deu um tapinha no meu braço.

-Para, você estava bem feliz durante a noite. - Então ela riu.

Desgraçada. Respirei fundo e me concentrei no que tinha que fazer.

-Na verdade eu vim trazer minha namorada aqui perto e estava pensando em como vou contar pra ela a merda que aconteceu.

-Não conte, ué - ela disse com naturalidade

-Simples assim - falei irônico

-Exatamente, o que os olhos não vêem o coração não sente. E essa noite foi só um efeito colateral, não leve muito a sério. Eu preferia ter me metido entre Stefan e Elijah, se é que me entende, mas ela escolheu você, o que eu poderia fazer.

-Stefan e Elijah?

-Ah, você ainda não sabia? Ops...

Ai caralho, esse dia ia ser longo, porque a cada pessoa que eu encontrava era uma bomba que explodia. 

-Achei que você quem tinha sentido saudades de mim - eu falei qualquer coisa pra voltar ao assunto anterior e tentar tirar alguma informação.

-Ah, Damon, não. Você sabe que eu prefiro Stefan! Eu tinha outras coisas pra fazer ali.

-E o que seriam?

-Perguntas demais. Vamos dirjia.

Eu olhei confuso pra ela.

-Para onde?

-Sei lá, qualquer lugar, estou com fome.