Love You to Death | Livro 1 | • Klaroline • | PT-BR

31 - A Volta de Elijah

Quando acordei Caroline não estava no quarto. Fiquei deitado na cama pensativo por um tempo pensando em tudo. Eu não era bom em entender meus sentimentos, mas sabia que estava envolvido o suficiente com Caroline pra me sentir despedaçado quando ela partisse. E isso ia acontecer. Eu não sabia quando, mas a verdade é que entrei nisso sabendo que em algum momento ela iria embora. E ela seria de Klaus. 

A maior parte do tempo eu me esforçava para não pensar nisso. Eu não ia deixar de viver aqueles momentos por medo. Eu ia deixar para descobrir o que era sentir dor quando a hora chegasse. Desde que me fundi com Luke eu estava experimentando muito sentimentos, mas a dor emocional ainda era algo que eu desconhecia. E eu sabia que Caroline me tinha nas mãos agora. 

E também sabia que era ela quem ia me oferecer o primeiro coração partido. 

Mas ela não precisava saber disso. Era uma esolha. Eu fiz essa escolha, e eu jamais iria deixar essa culpa para ela. Estava tudo bem. Éramos muito sinceros em relação ao que tínhamos e acho que a honestidade dela era a qualidade que eu mais admirava. Ela tinha coragem de admitir coisas de que outras pessoas se envergonhariam, e eu a achava corajosa por isso. 

Então ela voltou para o quarto e estava animada.

—Coloque uma roupa! Nós vamos sair!

—Mas Klaus... — ela me interrompeu

—Não, nada de "mas Klaus", eu já falei com ele

—Já? — eu arqueei uma sobrancelha surpreso, aquilo foi... inesperado.

Então eu me vesti e observei Caroline se trocar. Ela colocou uns 3 vestidos diferentes, mas não vou dizer que estava incomodado em ver ela se despindo repetidamente. Fiquei sentado a olhando de cima a baixo e em algum momento ela percebeu, porque jogou um vestido em mim.

—Ei!

Quando ela finalmente decidiu o que queria vestir e saímos daquele quarto vimos uma cena tão inesperada quanto Caroline ter conversado com Klaus. Camille estava saindo silenciosamente do quarto dele. Caroline fechou a cara na hora e bufou. Camille então nos notou e se virou extremamente simpática estendendo a mão como se não conhecesse a gente.

—Olá, sou Camille.

Eu arqueei uma das sobrancelhas surpreso e então disse meio incerto.

—Kai...

—Caroline. — ela respondeu tão confusa quanto eu

—Ah, que nome bonito! — ela então se virou e foi em direção a saída. 

Por sinal também estávamos de saída, mas demos um tempo para ir mais atrás a observando. Ela simplesmente foi embora e a casa estava vazia, aparentemente, se tivesse alguém ali estava dormindo. 

Eu percebi que Caroline ficou realmente incomodada com o fato de Camille ter dormido com Klaus, mas ela preferiu não tocar no assunto. Ela estava muito animada com seu passe livre e queria fazer um piquenique no parque. 

Ok, não seria eu quem ia arruinar o dia dela, também não toquei no assunto.

Passamos um dia agradável no parque, tomamos sorvete, e aproveitei o dia para ensinar algumas coisas a Caroline, como sifonar objetos simples, e expliquei para ela o porque ela podia ser uma Herege. Ela ficou surpresa em saber que eu também poderia me tornar um. 

Aquilo me deu uma sensação ruim. Eu tive medo dela descobrir que eu me aproximei dela com essas intenções. Porque para mim isso tinha ficado no passado e eu tentava ser honesto com ela. Mas sobre os motivos que me trouxeram até ela eu não poderia. 

Mas o dia seguiu agradável. Eu pensei em pedir Caroline em namoro. Mas voltei atrás, aquilo seria rápido demais, e eu acabaria demonstrando a ela que tinha mais envolvimento do que ela imaginava, e não queria afastá-la por isso. Eu amava cada segundo ao lado dela. Amava seus beijos, seus abraços, a forma com que ela era carinhosa. 

Era bom tomar um pouco de ar fresco.

E então encontramos Bonnie Bennet. Caroline havia mandado uma mensagem para se encontrar com ela. Ela e Caroline correram na direção uma da outra e se abraçaram. Bonnie estava com Stefan e enquanto elas conversavam coisas de garotas as quais não prestei muita atenção além de vários pedidos de desculpas, ficou um clima meio estranho entre Stefan Salvatore e eu. Era o ex de Caroline, aquilo estava desconfortável. Principalmente porque ele ficou me analisando. E analisando Caroline. Cara estranho, eu hein. Depois que elas conversaram um pouco resolveram se despedir e Bonnie convidou Caroline para visitá-la.

Melhores amigas de novo, lindo, ótimo. 

Ainda bem que terminou e seguimos nosso caminho.

Quando voltamos havia um burburinho instaurado no saguão. Dava para saber que algo tinha acontecido pelo número de vozes que ouvíamos do portão. Eu respirei fundo. O que foi dessa vez? Não passamos um mísero dia bom sem que um grande drama aconteça nessa casa? É isso mesmo? E olha que eu adoro emoção, depois de anos trancado em um mundo prisão sozinho essas coisas são divertidas. Mas meu dia tinha sido bom demais pra ser estragado agora. 

Só quando entramos pelo menos uma vez na vida não era uma notícia ruim. Elijah Mikaelson estava de volta, os Mikaelson eram uma família unida e feliz de novo, todo mundo feliz, viva! (Contém ironia, meus amigos, eu não estou nem aí para o que acontece com eles, desde que não me afete, ou a Caroline).

Caroline correu em direção a Elijah e pulou nele o abraçando.

—Elijah!

Ele ficou um pouco sem reação com a efusividade de Caroline. Mas bem, era Caroline, e ela estava feliz. Nada novo. Klaus ficou incomodado pelo olhar que ele lançou e percebi que ele se esforçou muito pra não agir como um louco surtado. Ponto pra ele. Mas eu dei risada sozinho mesmo assim.

Todo mundo ficou tietando Elijah, mas eu só o cumprimentei e subi para tomar um banho. Caroline ficou lá com ele um pouco e subiu também em seguida entrando no banho comigo.

Ótimo. 

Porque foi um banho ótimo, se é que me entendem. 

Depois que saímos descobrimos que todo mundo ia jantar junto feito uma família feliz. 

Os escravos híbridos de Klaus, é escravos, porque agiam como se fosse, tinham colocado uma linda mesa farta. Eu, Caroline, Damon, Elena, Maria, Freya, Alesha, Davina, Kol, Rebekah, Elijah, Finn e Klaus. 13 pessoas, só agora no jantar que reparei o tanto de gente que morava nessa casa. Aliás, eu podia me considerar morador? Acho que sim. 

Todo mundo conversava animado na mesa e Klaus Mikaelson estava sentado na ponta feito um patriarca com um sorriso satisfeito estampado na cara. No meio do jantar então Caroline teve uma brilhante ideia. Ela decidiu que queria fazer uma puta festa para comemorar seus 21 anos. 

Não fui irônico, achei uma ideia brilhante mesmo. E todo mundo achou que ela merecia, afinal passou seu aniversário no meio de um círculo sendo enfeitiçada. Nada mais justo. Klaus concordou e disse que ela poderia fazer a festa como quisesse. Os Mikaelson iriam financiar. Caroline estava com moral, mas nada que eu já não soubesse. Então essa semana começava a operação: Festa da Caroline.

Enfim depois fomos dormir e como Caroline estava feliz demais ela também me deixou feliz demais durante a noite.