Capítulo 4

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You: TE DOU

You: ...

You: UMA DICA

You: Eu sou punk rock

You: eu ouço Nirvana e Blink 182

Lukervilha: shhhh

Lukervilha: você não parece punk

You: LuKeY

You: pq voce é tao "não me encosta"?

You: tipo

You: fodaun

Lukervilha: o que voce ta falando?

You: pika das galaxias

You: PARECE A SAM DO ICARLY

Lukervilha: o que voce ta falando?

You: COMO TIRA DO FIXAL?

You: não sei mais

You: vo dormir

Lukervilha: ta

You: :)

Lukervilha: :-) *

Lukervilha: seu emoji não respira

You: ele nunca reclamou.

...

Cheguemos em uma cafeteria e pedimos dois cafés grandes. Eu ajeitava as mãos nos bolsos da jaqueta, enquanto Calum usava luvas.

- Eu não sou asiático.

- E daí?

- Pra você saber, eu tenho descendência neozelandesa e escocesa - disse-me revirando os olhos, não me aguentei e fiz um pequeno carinho em seu cabelo, ele resmungou um pouco. Calum era uma pessoa animada e incrível, diferente do que imaginei ao entrar no quarto pela primeira vez e o ver masturbando-se.

Ainda estava triste pela perda da namorada, entanto ele parecia animar-se com a ideia de sair do quarto, então o fez comigo.

Ele deu-me um papel com o número da sala que eu teria que entrar e me levou até o prédio de tijolos azuis. Eu iria fazer jornalismo, mesmo querendo seguir carreira em música. Era uma opção boa para trabalho já que não era preciso pensar muito. E esse era o meu pior erro.

Uma mulher entregou nossos cafés e eu lhe dei o dinheiro. Saímos de lá, e um vento forte nos fez estremecer.

Caminhávamos em passos largos até o prédio certo, Calum guiava-me, olhei para ele e nos encaremos, ele franziu as sobrancelhas e eu notei como seu nariz era grande. Porra, parece uma batata.

- Você tá sendo muito gentil - falei tomando um gole do meu café, conseguindo me afogar com isso, ele riu de mim e eu o empurrei pela emoção de estar quase tento um maldito infarto e meu amigo rir.

- Talvez - Calum disse e riu, a risada dele era aveludada, se sua risada fosse um objeto com certeza soltaria purpurina.

Lá dentro as paredes eram de madeiras pintadas de amarelo, havia a sala da diretoria, e dois grandes corredores, Calum parou para tomar água enquanto eu procurava a sala certa.

- É ali - Calum veio até mim e apontou a sala ao lado do bebedouro, ajeitei a mochila nas costas e sorri, ele era fofo demais para um safado. Nem parece que tem pornô no guarda roupa.

- Boa sorte! - me empurrou para dentro da sala e roubou-me o café, logo fechando a porta. O ouvi correr e abri a porta para xingar, mais tarde eu roubaria o dinheiro que ele guarda entre as revistas pornográficas e compraria outro café.

- SEU JAPONÊS HAITIANO, VAI SE FODER - gritei e dei de cara com um homem grande e sem cabelo.

- O-oi - sorri nervoso e ele continuou a me encarar com seu sorriso irônico, eu queria dar um soco naquela cara gorda.

- Primeiro dia, Clifford, comecemos - ele disse com a voz grossa e firme que congelou meu cu - esperamos muito de você - ele complementou passando por mim, entrou na sala que tinha uma placa informando a sala dos professores. Torcia internamente para que ele não desse-me aula.

Meu pai era professor, na minha infância ele fazia-me esperar na pequena sala, tinha cheiro de café e grama.

Onde morávamos, Sydney, minha mãe tinha um salão para mulheres. Nossa casa era ao lado.

Então Daryl morreu.


...

Sentei-me na última carteira e ignorei as pessoas que estavam ali. Não deu tempo de tirar a mochila das costas e o mesmo homem que encontrei no corredor entrou na sala, com o mesmo fodido sorriso.

Vai se foder, vai se foder, vai se foder, vai se foder, vai se foder, vai se foder, vai se foder, vai se foder.

O mundo tava querendo foder comigo.

E eu só queria que Luke Hemmings me fodesse.

Eu repetia "foder" tanto que se tornou rotina falar isso.

Era o primeiro dia, então eu não ouvi aquelas discursos emocionantes sobre educação e futuro.

Luke


Passei pelo garoto que acabou o namoro na minha última festa, o moreno gostoso.

Não era bom ser popular. Algumas pessoas apenas queriam andar com você para pegar um pouco do "pó mágico" da popularidade. Tipo Tinker Bell.

Mesmo assim meus pais tinham grande prestigio, Andrew era diretor e Liz professora, por isso todos me conheciam. Antes de entrar na sala meu celular vibrou, o anônimo novamente.

Anônimo estranhamente fofo: bom dia amor :)

Anônimo estranhamente fofo: meu professor nao tem cabelo djdhdnsnebdbdb ele é um merda

You: A JeSus

You: pq eu to rindo disso

Anônimo estranhamente fofo: Eu SeI qUE vOcê QueR o MeU CoRPo nú

You: seja menas

You: vou entrar na sala

You: tcfau pessoa sem nome

Anônimo estranhamente fofo: PERAi que wu tenhow nome

Anônimo estranhamente fofo: eh Frederico

You: hahaha okay

You: e eu sou Greccy Kelly :-)

Sorri e guardei o celular no bolso da jaqueta, encarei meu tênis por um momento e entrei na sala, por impulso. Careca, hm?

Parece que eu e Frederico estávamos na mesma sala. O procurei por todo lugar, o que foi inútil, pois eu nem sabia como ele era e a sala estava cheia.

- Primeiro dia e já chegou atrasado, nada bom para o filho do diretor.

- Primeiro dia e o senhor deveria usar uma peruca, porque olha, não tá legal.

Andei, melhor, desfilei até o final da sala e me sentei atrás de um garoto de cabelo rosa estranho. Ele parecia muito relaxado desenhando algo em seu caderno, eram mais rabiscos do que desenhos.

Olhei para todos os cantos e em cada pessoa que eu passava a olhar eu me perguntava se era o anônimo. Okay, falamos a dois dias, mais ou menos. Não era fixação, era curiosidade.

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Eu amo vocês, Noobers.

dkshshdbsdhjsdb isso ficou uma bosta, mas é isso que tem.


noob ♡ mukeOnde histórias criam vida. Descubra agora