Luke
Andrew me acordou. Ele me ligou as oito horas para falar de um jantar, um jantar de família.
Eu iria pensar nisso com mais calma, meus pais estavam me colocando contra a parede sobre esse jantar, toda a família iria comparecer e o que eu iria falar quando perguntassem sobre a maldita faculdade? Eu daria um jeito, claro que daria.
Depois que ele desligou eu não consegui voltar a dormir, fiquei olhando para aquele anjo chamado Michael Gordon Clifford dormindo ao meu lado, enfim cochilando até as dez.Quando acertemos as contas com o hotel, Michael e eu fomos para Sydney. Conseguimos chegar lá até as cinco da tarde em alta velocidade e algumas pausas para o gordinho sensual comer alguma coisa e ir ao banheiro. Quando entramos em Sydney Michael não parou de falar, ele estava animado demais para conseguir formar palavras que eu conseguisse entender, foi uma das coisas mais confusamente fofas que eu já tinha visto.
A casa de Michael era bem bonita, não muito grande e havia uma casinha ao fundo. Vi de longe quando paramos na frente dela.
- Você não vai entrar? - ele perguntou, pidão. Sorri e beijei seus lábios, e que lábios, foi até engraçado porque ele não conseguia se manter parado.
- Não - disse eu depois de separar o beijo, aquela era a hora de conhecer a mãe de Michael? E ainda: o jantar.
- Tudo bem - ele me abraçou - eu te amo.
Mordi o piercing e Michael percebeu o meu nervosismo.
- Eu também te amo - falei olhando diretamente para os olhos dele. Uma coisa eu tinha certeza, uma coisa eu queria - Michael Gordon Clifford, você aceita namorar comigo? - sorri, vendo-o corar.
- ACEITO - ele gritou e calei sua boca com outro beijo.
Tinha mais alguma coisa que eu faria antes desse jantar. E não é sexo....
Entrei em uma floricultura, nunca vi tanto verde. Procurei as mais bonitas. Havia uma mulher no caixa, ela parecia-me gentil. Pensei em perguntar pra ela sobre o buquê, mas resolvi ligar para Miranda.
- Hey, Hemmings - ela atendeu.
- E aí, Miller?
- Está em Sydney? - perguntou, ouvi alguém falar no fundo e uma risada baixa.
- Sim... Quem está aí?
- Rena, Nia e Ashton.
- Ashton?
Ouvi a voz de Rena no fundo dizendo "ele cortou o cabelo".
- Finalmente esse filhote de leão cortou a juba - falei rindo - mas Miranda, se fosse pra dar rosas, quais você daria?
- As mais coloridas, mas eu sei que você vai dar pro Michael, então compre as rosas grandes e vermelhas. Elas são punk-rock. Do jeito que ele gosta.
- Tudo bem, obrigado - ela desligou sem dar tchau, tudo bem, eu supero.Michael
Bati na porta e esperei a velha e boa Karen abrir. Quando a porta foi aberta não era Karen quem estava ali, e sim um garotinho. Fiquei meio "quem diabos, quero dizer, anjos, é esse garoto?".
Ele sorriu gentilmente e abraçou as minhas pernas, ele tinha cabelo e olhos castanhos, parecia ter doze anos. Ele tinha bochechas iguais a do Calum, apertável. Não sei se essa palavra existe, se não existe agora ela tem existência.
- MICHAEL - minha mãe apareceu na porta - você demorou. Cadê o Luke que iria trazer você? Comeu antes de vir pra cá?
- Luke me trouxe, mas ele tem os seus problemas. E comi, bem pouco. Eu tô com uma fome do demônio.
- Você não mudou nada, continua sempre com fome.
Eu quase havia esquecido do garoto agarrando nas minhas pernas, ele ainda estava lá.
- Quem esse? - perguntei e mamãe riu, colocando a mão na cabeça do pequeno.
- Ele tá passando um tempo aqui - ele olhou para ela, meio triste - o pequeno Danny.
- Hey, Danny - me abaixei na altura dele e beijei sua bochecha, ele logo sorriu com as bochechas coradas.
- Se parece com você quando era pequeno, só que você, Michael, era loirinho e gordinho.
Entramos na casa e logo senti o cheiro de quando eu chegava a tarde da escola, um cheiro de amaciante e bolinhos.
As paredes foram pintadas de azul. Era melhor que o amarelo desbotado.
- Hoje eu estou de folga do salão, venha me contar sobre a faculdade - disse, indo até a cozinha.Sentei no sofá junto a Danny, ele ligou a televisão e assistimos Bob Sponja por um momento, até Karen trazer bolinhos com suco em uma bandeija, era a mesma bandeija que ela trazia os famosos bolinhos quando eu era pequeno.
- Falta pouco pra terminar o ano, você está fazendo algo que gosta?
- Sim, mas o Luke não. Ele tá quase abandonando aquela merda.
- Não xingue.
- Desculpa.
Contei para ela tudo que estava acontecendo, minhas amigas, os trabalhos, meu namorado. Ai como era bom dizer NAMORADO.
Passou o tempo e alguém bateu na porta, Danny correu para atender e voltou com um buquê de flores vermelhas, elas eram LINDAS pra caralho.
Luke Hemmings é tão perfeito. Karen amou as flores e ficou animada para conhecer Luke, imaginar aquela cena dava-me felicidade interna.
As duas pessoas mais importantes da minha vida eram esses dois.---------
Desculpa gente, eu não estava conseguindo escrever.
Talvez vai demorar pro próximo sair.
Alguém ainda tem Noob na biblioteca?