Pessoas, só pra avisar: eu não vou seguir as ordens de cor de cabelo do Michael.
Não sei.
*cabeça da Hai is xablau*
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Michael
Massagei minha cabeça com a tinta vermelha, era uma boa cor e foi Luke quem escolheu.
Coloquei a ridícula toca rosa de bolinhas amarelas e joguei-me na cama, pegando meu netbook. Escrevi algo sem proposito no word, mas possuía sentido.
Era uma curta história sobre uma garota seca e sem sal que se apaixonou por um garoto merda.
Mas que bosta eu tava fazendo?
Depois de um tempo pensando escrevi sobre um nerd idiota que se apaixonou por um popular gostoso.
Beatriz entrou no quarto e eu fechei o netbook. Salvei a história antes, claro.
- Vendo porno? - ela sentou-se na cama de Calum, fazendo careta para seus Posters.
- A única coisa mais perto de porno que eu vejo são esses posters - apontei - e as revistas de Calum, quando eu pego dinheiro emprestado.
- Seu virgem.
- E você vendo muita pornografia de pôneis?
- Não - ela fingiu indignação - eu não vejo clop!
- E eu não jogo Deadly Bombs.
- Tudo bem - ela sussurrou e implorava por silêncio com os olhos - as vezes.
...
Lavei meu cabelo rapidamente, Beatriz esperava para sairmos juntos, ela havia dito que a colega de casa e um amigo dela iriam também. Se são amigos da Beatriz, tudo bem, tanto que não sejam maconheiros. Ela é minha amiga e até onde eu sei não sou maconheiro. Ela escolhe bem as amizades.
Calum estava esperando Ashton no aeroporto, como o combinado. Eu sentia o clima entre os dois. A magia de Ash acabaria quando visse as vadias na parede de Cal.
Sai do banho e vesti minha roupa tradicional, calça skinny e blusa do All Time Low, para variar coloquei uma camisa xadrez azul.
Sequei meu cabelo, e wow, era assim que esperava que ele ficasse.
- Beatriz - chamei - o que você acha de eu entrar em mais uma matéria?
- Qual você pensa em fazer?
- Escrita de Ficção.
Calum
Esperar sempre sera uma bosta. Sim, muito, ainda mais em um lugar onde pessoas mais velhas tomam café rindo e não te dão um copinho dele.
Sentia minha bochecha queimar e ficar vermelha pela minhas mãos a segurando tediosamente.
Bocejei pela décima vez e olhei meu celular para ver a hora, desde quando anoitecia tão cedo?
- Cal - olhei para cima e fiquei totalmente sem jeito, Ashton estava ali sorrindo de orelha a orelha, levantei e o puxei para um abraço.
Usava uma camisa xadrez, blusa dos Star Wars, calça apertada - que parecia a do Luke - e tênis Nike.
- Oi - ele disse rindo, sua risada era tão linda quanto ele.
- Finalmente - falei e logo bufei ao sentir seu braço soltando-me.
Ele cheirava bem.
- Michael não ta aqui? - ele olhou em volta. - Saiu com Beatriz. Gostei do chapéu - elogiei-o e vi suas bochechas ruborizarem. - Gostei dos seus olhos. Sorri, Ashton era incrível.
...
Táxis sempre foram quentes e aconchegantes.
- Minha antiga faculdade era um saco - Ashton contava-me - eram muito certos, nerds e... alienados.
- Nerds e geeks não são a mesma coisa?
- Não - sorriu - mas quase.
- Nunca vou entender - passei um braço por seus ombros, ele encolheu-se - mas eu acho que você é...- fiz uma pausa e o observei sorrir ainda mais - geek.
Luke
Ele não pareceu surpreso ao me ver. Ele ficou feliz. Pintou o cabelo de vermelho, e porra! Estava irresistível.
Michael é tão lindo af.
Nia e Beatriz sussurravam uma para outra, ouvi mais ou menos algo como muke clemmings, elas nos olhavam e começavam a falar sem parar.
Fomos comer pizza, Nia trocava mensagens com Miranda ao mesmo tempo que interagia com todos. Sua irmã era uma vadia, Rena. Okay, ela era toda certa e punk.
Quando Michael percebia que eu estava o observando, corava. Eu tentava desviar o olhar.
- Michael - Beatriz cutucou seu braço - você vai fazer escrita de ficção mesmo? - ela sorriu ao perguntar.
- Sim - suas bochechas coraram e Nia riu para o celular.
- Eu faço essa - disse mordendo um pedaço de sua fatia de pizza.
...
Nos despedimos das garotas e bem... a noite não tinha terminado ainda, nenhum de nós queria voltar para um dormitório abafado invés de sentir a brisa da noite. Então ficamos sentados ma beira do asfalto, iluminados pela luz dos postes, a confeitaria estava fechada e passava alguns carros por ali. Havia algumas nuvens negras que mal apareciam, mas enfeitavam o céu todo preto.
- Não tem onde ir - Michael abaixou sua cabeça e pôs um gorro preto - mas podemos sentir a noite - ele olhou pra mim e sorriu. Eu encarava sua boca. Ele encarava meus olhos. Rimos pela nossa bobeira.
Olhei em meu celular e era onze horas da noite, Michael olhava para o céu. Estava ansioso, pois mexia as mãos no bolso sem parar.
- Já caminhou no campus do norte a noite? - segurou a minha mão, a sensação era nova, pareciam que borboletas faziam orgia em meu estômago. Era algo que brotava em meu peito. Era macia, gordinha, era fofa e quentinha.
Era a mão dele.
Era a mão que eu queria segurar para sempre.
Eu não sentia-me uma puta, me sentia o mais sortudo.
Michael
Era diferente da sétima série quando você dançava quadrilha e segurava a mão das garotas magras com sardas.
A mão de Luke fazia meu corpo formigar, minha cabeça perder todo tipo de noção e pensamento.
Era fria, era boa, tipo amassar miolo do pão.
Seus dedos eram maiores que os meus, eram perfeitos para os meus.
Sua mão completava a minha.
Eu encarava nossas mãos encaixadas, ele fazia o mesmo.
- Lukey - sussurrei e pude o sentir arrepiar-se - e-eu gosto da sua mão - maldito gaguejo - e-ela é legal, tipo legalzona - eu queria me socar. Fucking, sempre estrago tudo.
- Hahaha a sua é legal também, noob - com sua mão livre tirou algumas pequenas mechas de cabelo do meu olho, e depositou um beijo em minha bochecha. Parecia que não havia ninguém ali. Apenas Mukey.
- Vamos - levantou puxando-me - amanhã temos aula.
Sorri e chamamos o primeiro táxi que passava, soltando nossas mãos ao entrar, sabíamos que iriamos as dar novamente.
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Eu sou a estranha que tá com camisa da Hey Violet que só olha pro celular. E meu pai me abandonou na casa da vizinha da minha vó, ta cheio de parentes dela que eu nem conheço.
Obrigada pelas visualizações, votos e comentários!! :-) amo vocês.