Capitulo 3

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Assim que desligo o telefone abro a mala e pego um pijama, corro para o banheiro tomo uma ducha rápida ainda sinto o cheiro do perfume daquele ogro em mim. Vou pra cama. Meu primeiro sono de liberdade e me pego sonhando com Juan, no meu sonho estou chorando então ele se aproxima e quando penso que ele vai falar algo desagradável, ele puxa um lenço e enxuga as minhas lágrimas. Então me abraça forte, sinto aquela sensação de proteção novamente. Nos olhamos nos olhos, sinto um desejo estranho tomar conta de mim, nossos narizes se encontram, fecho os olhos, meu corpo está queimando pela aproximação, quando os seus lábios encontram os meus, acordo.

Meu telefone está tocando, sinto meu corpo suado. Atendo.

__Alô!

__ Srta. Lopes, bom dia. Tem uma ligação para senhorita. Posso transferir?

__ Você sabe quem é?

__ Acredito que ela disse ser a sua namorada.

__ Certo pode passar, obrigada!

__ Dani? - eu digo

__ Bom dia bela adormecida. Como está o dia por ai hoje? - ela parece bem animada.

__ Na verdade não sei ainda, você acabou de me acordar.

__ Sério? Desculpe, é que acabei de falar com a sua mãe e achei que você gostaria de saber. __ Ela disse que seu pai está furioso, que Henry ligou cobrando uma posição e falando em romper com o compromisso se você não aparecer __ Mas ela disse para você ficar tranquila, que se esse for o desejo dele, que assim seja. __ Ela na verdade pediu para que você se mantenha firme e viva sua liberdade. Que ela pensou muito e que ela mesma gostaria de ter tido sua coragem um dia.

__ Obrigada Dani.

__ De nada namorada, te vejo na sexta. Nos falamos mais tarde?

__ Claro! Vou tomar um banho, sair pra conhecer a cidade e comer alguma coisa - desligo.

Vou até sacada e vejo que o dia está lindo. O sol está maravilhoso no céu, puxo o ar enchendo os pulmões, estou livre. Sinto a brisa no rosto e pela primeira vez em quase seis anos me sinto feliz. Depois de tomar um banho rápido, desço até a recepção informo que caso minha namorada ligue, retornarei a ligação assim que possível e saio para conhecer a cidade. Ando por algumas horas, já sei onde encontrar uma lan house, um mini shopping, uma cafeteria. Descobri que aqui próximo tem uma praia cerca de 15km, devo ir até lá amanhã estrear a minha câmera.

Encontro uma loja vivo e compro um modem 3G e um chip, quero poder ter um meio de me comunicar com minha mãe e saber das notícias sem maiores problemas. Volto para o hotel já são quase 14h e meu estomago está dando sinal de vida.

Sento-me sozinha na mesa do restaurante. Depois de verificar o cardápio, resolvo provar o salmão grelhado com risoto de camarão e salada verde. Enquanto espero, peço um coquetel chamado Dream, na verdade nunca coloquei uma gota de álcool na boca, mas se vou ser alguém diferente, tenho que começar por alguma coisa.

O coquetel chega colorido, todo enfeitado e parece ser gostoso. Quando provo de primeiro instante engasgo com o gosto do álcool.

__ Calma Paty, assim você vai sufocar - aquela voz.

__ Não, Deus deve estar me castigando. Você está me seguindo? - digo consternada

__ Muita presunção sua Paty, achar que eu perderia o meu tempo em persegui-la. Na verdade estava almoçando com a minha 90x60x90 quando você entrou e eu achei que seria legal vir dar um oi, já que você disse que não conhece ninguém por aqui.

__ Nem quero imaginar o que seja uma 90x60x90, mas você já fez o seu trabalho já me disse oi, pode voltar para sua peguete.

Minha raiva é tanta que viro meu coquetel de uma vez, sinto tudo por dentro queimar chamo o garçom e peço outro.

Felizes para Sempre - O AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora