-Parece vazio. - sussurrou Hoseok.
-É o que eles querem que você pense.- retribuiu Jungkook no mesmo tom baixo.
O táxi de Taehyung estava estacionado no final da rua onde se localizava o armazém de armas de Jackson Wang. Estávamos todos abaixados para não sermos reconhecidos enquanto observamos a movimentação do local.
A lua nova fazia com que todo o céu se afundasse no breu, tornando a noite ainda mais escura. As estrelas, na cidade, nunca eram vistas com clareza dando a entender que aquela noite seria apenas mais uma mancha negra em nossos currículos ilegais.
Com sorte ninguém descobriria.
Naquela rua havia apenas um poste de luz, que estava localizado há metros de distância do táxi, a volta era como um nevoeiro. Engoli em seco tentando não pensar muito nisso e no quanto tinha medo de escuro. No quanto isso fazia os pelos do meu braço arrepiarem e o nó na garganta sufocar.
Hoseok foi o primeiro a sair do carro lentamente, seguido por Taehyung, Jimin e por fim Jungkook.
-Pegue.- disse Jungkook encostado na porta do táxi logo depois de sair. Em sua mão havia uma pistola Magnum. A mesma que o vi usar no dia do sequestro. No dia em que perdemos Hueningkai. – É em caso de
-Emergência. – disse alcançando a arma e logo me surpreendendo com seu peso. - Eu sei. Tome, está frio.
Respondi tirando a jaqueta do garoto, sentindo um pouco mais de seu aroma entrar em meus pulmões. Ele a vestiu e logo voltou a mim.
-É bem aqui.- Jungkook segurou minha mão, direcionando meu indicador para um ponto específico na arma. Sua pele estava quente demais contra a minha, fria.- Destrave a arma quando precisar atirar.
-Não hesite– a voz de Hoseok foi firme e autoritária. -Eles não vão ter consideração nenhuma por você.
Jungkook soltou minha mão e fechou a porta do carro cuidadosamente, fazendo o mínimo de barulho possível.
-Fique aqui e mantenha o carro ligado.- pediu o lince uma última vez, o semblante calmo demais para aquela situação.
-Se ela fizer isso vai acabar com a gasolina inteira.- Taehyung sussurrou com uma carranca. - Deixe desligado e fique abaixada.
Eu assenti, apesar de não ter assimilado muito as ordens que me foram dadas pelo nervosismo.
-Voltamos o mais rápido possível.
Foi tudo o que Jungkook disse antes de sumir no breu, seguido por seus fiéis escudeiros sem o mínimo de prudência.
Me abaixei no banco do motorista, me preparando mentalmente para dirigir um carro de fuga.
Me perguntei o que minha mãe pensaria se descobrisse o que estive fazendo nos últimos dias. O que ela provavelmente falaria enquanto briga comigo sentada no sofá da sala. Se diria que fui idiota, imprudente e mal criada. E depois de tudo me abraçaria com tanta força que suspeitaria que minhas costelas quebraram.
Meu pai daria minha falta em alguns meses, quando não aparecesse no jantar anual de sua empresa para bancar a filha amorosa e prestativa. Duvidava até mesmo que soubesse que ainda estava em Nova York.
Olhei o celular, na esperança de que nenhuma mensagem de minha mãe ou Jin estivesse na tela ou do contrário começaria a chorar pela culpa.
Eram 3:14 da manhã.
Engoli em seco e não me atrevi a olhar ao redor, me mantive encolhida abaixo do volante rezando para que não fosse assaltada ou morta até o final da noite.
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Whisky Cereja
Fanfiction(Em andamento) Jeon Jungkook foi criado desde pequeno para ser herdeiro da maior empresa farmacêutica de Nova York. O engraçado é que o encontrei liderando uma gangue de marginais no subúrbio um tempo depois de abandonar tudo. Como aconteceu? Bem...