Hotel del Luna.
A placa era requintada e decorada com uma pequena lua, haviam algumas vinhas nas paredes, rodeando a porta. A entrada era bem iluminada com luzes amareladas e possuíam uma recepção elegante.
Alugamos um quarto para esconder Michael e David por aquela noite, e enquanto meus amigos levavam os dois para seus aposentos, fiquei responsável pelo pagamento da estadia.
Mais uma vez meu cartão Black foi utilizado e minha conta poupança ficaria com uma quantia significativa a menos. Não queria nem pensar no que meu pai falaria quando a conta chegasse. Mas isso não era uma preocupação válida naquele momento.
Assim que terminei me dirigi até o quarto 136, 3º andar. O corredor assim como o restante do hotel eram de extremo bom gosto.
O quarto era como qualquer outro, duas camas de casal, banheiro e sacada. Dei uma olhada geral e vi David levando seu pai para tomar banho, mais cedo havia dito que a água morna ajudava o mais velho a manter a calma.
Hoseok e Yoongi se jogaram na primeira cama que viram, meu tio sentou em uma poltrona verde que estava próxima a sacada, deixando que Jungkook e eu deitássemos na outra cama ao lado.
O ferimento na testa Jin ocasionado por Camila, que havia batido sua cabeça na mesa o deixando desacordado por um breve momento. Foi limpo com uma camiseta e água mineral. Estava dolorido demais, um tanto aberto demais, entretanto, não estava mais sangrando. Por esse motivo, Jin afirmou que não precisava ir a um hospital e que mais tarde resolveria.
Assim que meu corpo sentiu o macio toque do colchão, instantaneamente pareceu pesar uma tonelada. Meus pés doíam, como se pequenos nós fossem apertados em cada célula. Apesar do cansaço, da dor nos calcanhares, e da constante preocupação, sabia que teria que aguentar apenas mais um pouco.
Naquele momento Hoseok e eu começamos a falar.
Contamos absolutamente tudo o que o cientista havia nos dito. Cada palavra, cada momento.
O whisky cereja era uma droga perigosa, capaz de enlouquecer alguém através de uma sugestão. Ela jamais sairá do organismo de quem a usa, sendo sua única cura, a morte. Criada pela mãe de Jungkook e Michael Daniels e logo depois roubada por Gong Yoo.
Hoseok tremeu o lábio quando cogitou a hipótese dessa nova droga estar sendo testada nos garotos de rua do Brooklin. E jogou na roda que os mais afetados seriam a gangue de Namjoon, sugerindo que seus membros não estavam presos, mas sim mortos.
Por todo o tempo Jungkook fitou nós dois seriamente, sem dizer nenhuma palavra, ouviu enquanto suas sobrancelhas unidas revelavam o quão irritado e preocupado estava.
Pude ver sua expressão mudar ao falarem de sua mãe e meu coração doeu ainda mais.
–E agora que fugiram, eles vão ficar bem aqui? – a pergunta saiu dos lábios de Yoongi, que seguia deitado e pensativo.
–Sim – afirmou Hoseok. – É só por essa noite. E acho que não nos seguiram até aqui.
Jungkook suspirou, sentando ao meu lado na segunda cama. Parecia cansado e preocupado. Sua testa franzida não havia relaxado nem por um segundo desde o momento que chegamos à mansão. Seu corpo estava tenso a ponto de eu poder sentir de onde estava.
–Nem acredito que esse homem está vivo – ditou o moreno.
Michael Daniels estava vivo e tomando banho no banheiro ao lado. Isso era estranho até mesmo para nós. Me perguntei o que faríamos com ele, pois tê-lo conosco não seria nada mais do que extrema burrice.
Era arriscado demais trazê-lo para cá, assim como era mais ainda estarmos com ele. Devido a dose de whisky cereja em sua corrente sanguínea o mínimo movimento poderia fazê-lo surtar. Ainda estava com os olhos vendados e com algodões nos ouvidos.
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Whisky Cereja
Fanfiction(Em andamento) Jeon Jungkook foi criado desde pequeno para ser herdeiro da maior empresa farmacêutica de Nova York. O engraçado é que o encontrei liderando uma gangue de marginais no subúrbio um tempo depois de abandonar tudo. Como aconteceu? Bem...