Me encolhi um pouco na cama, arrumei a armação do óculos que escorregava pela ponta do meu nariz com os dedos, e quase tenho um infarto ao ouvir o grito do meu irmão mais novo, Sunoo, seguido do mesmo entrando de forma afobada em meu quarto.
- Quer me matar do coração? - Digo, não raivoso, apenas assustado. Devido ao susto minha respiração se encontra acelerada, resolvi deixar o livro, marcado na página que parei, de lado em cima da cama, não conseguiria ler naquele estado, e encarei meu irmão, esperando sua explicação pelo mini surto.
- Hyung, me desculpa, não fiz de propósito. - falou, meio cabisbaixo, eu apenas lhe sorri suave, Sun era muito doce e adorável, não conseguia ficar com raiva de si por muito tempo.
- Não estou com raiva, apenas não faça mais isto. Agora, me diga, por que do gritinho másculo? - Rir um pouco, o vendo cruzar os braços e fazer um bico enorme, que ao meu ver foi a coisa mais adorável do mundo.
- Seu grito é bem pior, viu? - Me mostrou língua, fazendo-me gargalha alto, tombando até um pouco a cabeça para trás. - Chato. Enfim.. - Falou alto, afim de me chamar atenção, o que funcionou, já que fui parando de rir aos poucos e me mantive focado em si, esperando o mais novo retornar a falar. - Algo muito bom aconteceu, hyung, muito bom mesmo. - Disse, com um sorriso sapeca, aqueles que ele dava quando aprontava algo, e eu temi pela minha vida naquele momento.
- O que tu fez, Sunoo? - Falei sério, vendo-o gargalhar alto, parecia até que estava dando o troco na mesma moeda. E foi minha vez de cruzar os braços e fazer minha melhor cara de cu. - Fala logo, criança.
- Criança seu cu. - Fez careta.
- Garoto?? Ainda sou mais velho, o respeito cadê? - Disse, claramente indignado, oras, onde foi parar meu Sun doce e adorável?
- Deixa eu terminar de falar, hyung. - Muda de assunto, me fazendo bufar raivoso, mas me mantive em silêncio, ainda estava curioso, e com medo, para saber o que o mais novo havia aprontado. - Sabe seus desenhos?
- Sim. Mas o que isto tem haver? - Perguntei, confuso, o vendo sorrir de forma macabra.
- Não qualquer desenho, hyung. - Ele falou devagar, andando pelo quarto, mexendo em alguns bonecos do moomin que eu tinha na prateleira. Toda aquela enrolação estava me dando nos nervos.
- Caralho, Sunoo, fala de uma vez. Que desenhos você se refere, inferno? - Vocifero, cansado de tanta enrolação vindo do mais novo, este que parecia se divertir com meu sofrimento.
- Os desenhos que 'tu fez do Lee e do Park, sabe, hyung? - Eu congelei, comecei a hiperventilar, suando frio. Ok, certeza que meu neném doce e adorável foi substituído por um mini satã.
- O que tem eles, Sunoo? - Perguntei em um fio de voz, soando firme embora que por dentro estivesse a beira de um surto.
- Nada demais, Jaeyun-hyung, só mandei para eles, coloquei seu nome e os informei sobre sua queda, leia-se penhasco, por ambos. E antes de você me matar, eu tenho direito de me defender. - Disse de forma rápida, nervoso ao que me viu levantar da cama o encarando de forma mortal.
- Dez segundos, vai. - Cruzo os braços sobre o peito, sentindo vontade de socar com carinho o lindo rostinho do meu irmãozinho.
- Qual é, Jaeyun? Você gosta deles tem dois anos, vive ai se remoendo por não ter coragem o suficiente para se declarar, eu só lhe dei uma mãozinha. - Argumentou, e eu me acalmei um pouco, um pouco eu disse. Ele tinha razão na parte de me faltar coragem para me declarar para os dois, mas ainda sim, ele não podia ter feito isto, sério, os meus desenhos, meus xodós, são coisas íntimas minhas, me senti um pouco exposto.
- Olha, Sun.. - Falei de forma mansa, respirando fundo. Não daria em nada brigar com o mais novo, afinal, ele já tinha mandado os desenhos, já estava nas mãos deles, a merda já tinha sido feita, só o que eu poderia fazer agora era surtar ou chorar, talvez os dois.
- Desculpa, Jaeyunie, só queria ajudar. - Fez um bico tristinho, e eu me senti mal, acreditava nele, sabia que não fez com intenções negativas. Suspirei e andei devagar até si, o puxando para um abraço, senti seus braços rodiarem minha cintura de forma hesitante e eu deixei um beijo no topo de sua cabeça.
- Ok, bebê, apenas não faça mais nada sem antes me consultar, está bem? - O vi assentir de leve com a cabeça, ergui seu rosto para mim e lhe sorrir doce, tentando lhe passar confiança de que estava tudo bem.
- Mas sem vídeo game por uma semana, considere seu castigo, mocinho. - Separei de forma calma o abraço, rindo ao ouvir choramingar.
- Chato..mas ok, eu mereço. - E depois disso fomos fazer bolo, já que os dois estavam com vontade de comer isto. Embora eu estivesse tranquilo por fora, por dentro estava em um surto infinito, pensando em vários lugares para me esconder na escola do Park e do Lee amanhã. Evitaria contar isto para o Jongseong, meu melhor amigo, caso contrário, o mais velho surtaria e faria de tudo para eu da de cara com Lee e Park, já que, alegando ele, shippa nós três e sofre porque nunca rola interação por minha causa. O Park mais velho era meio doidinho da cabeça, por isso, só ignorava suas maluquices.

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𝖭𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝖾𝗎 𝗆𝖾 𝗆𝖾𝗍𝗂? 𝖧𝖤𝖤𝖩𝖠𝖪𝖤𝖧𝖮𝖮𝖭.
Fanfiction[EM REVISÃO] Em uma bela tarde de domingo, o menino Jaeyun se encontrava em seu quarto, desfrutando de uma boa leitura quando, de repente ouve o grito agudo e fino do seu irmão mais novo, seguido do garoto de fios rosa entrando em seu quarto de form...