Flashback e muito choro

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Uma criança pequena, de aproximadamente seis anos se rastejava pelas ruas escuras do Rio de Janeiro. Essa criança era Luka.

Luka se rastejava apressadamente, como se estivesse correndo de algo.

Ele estava correndo de algo. Um grupo de três adultos perseguia a criança.

Luka entrou em um beco sem saída, os homens o cercaram e foram se aproximando.

- Po-por favor eu não fiz na-nada.- A criança suplicavam entre lágrimas e soluços.

Os adultos ignoraram as súplicas da criança, se aproximando cada vez mais. Um dos adultos segurou a criança pelo pescoço, o outro abriu sua boca a força.

Em pouco tempo, os três adultos retiraram todo o veneno nas presas da criança de maneira dolorosa.

Assim que eles terminaram saíram do beco, deixando para trás uma criança desolada.

O peito de Luka subia e descia, sua visão demorou mais para se acostumar com a claridade e ele suava frio.

Um pesadelo,não, uma lembrança . Pensou a serpente.

A vida de Luka não foi fácil, seu pai de me*da vivia em bares e bocas de fumo, oque o deixou lotado de dívidas. Quando ele morreu todas suas dívidas passaram para Luka, que teve que se virar para pagá-las.

Quando as inscrições para a EBH foram abertas, Luka foi um dos primeiros a se inscrever, estudando na biblioteca pública que tinha no seu bairro. Ele passou no teste, claro, e finalmente deixou sua antiga vida. A EBH era sua casa.

Finalmente tomando coragem para levantar, Luka tomou um banho rápido e vestiu sua camiseta.

Os corredores da escola de estavam cheios, todos indo para suas respectivas salas, ou simplesmente matando aula.

Luka bateu de frente em alguém, ele estava prestes a pedir desculpas quando viu quem era a pessoa.

- Olha por onde anda, nerd de merda!- O cloreto de ódio ( como Marina gostava de chamar) olhou Luka de cima pra baixo.

- Você que devia ver por onde anda biribinha.- Luka com deboche.

- ME CHAMOU DE QUE? TÁ QUERENDO MORRER É!- Ele gritou( que novidade).

- Você só sabe chamar as pessoas para a luta? Talvez porque seu cérebro é tão pequeno que você não consegue manter uma conversa civilizada com alguém sem sair chorando no final.- Assim que Luka disse essas palavras Bakugou o olhou com um olhar estranho, saindo da cena, vários alunos o olhavam com satisfação.

Agora com a consciência em paz, e o ego nas alturas, Luka caminhou até a sala de aula.

Ele estranhou a atmosfera do lugar, todos estavam reunidos em círculo em volta de uma mesa, Luka se desesperou quando viu que era a mesa de Midoriya.

Abrindo caminho entre os alunos Luka ficou ao lado de Midoriya, Luan, Gal e Marina já estavam lá.

Midoriya estava terrível, uma mistura de lágrimas e ranho pelo rosto, sua respiração estava tensa e os olhos inchados.

- O que aconteceu?- Luka perguntou para Marina.

- A mãe do Midoriya... A mãe do Midoriya foi assasinada.- Ela disse, lágrimas escorrendo pelo próprio rosto.

Os olhos de Luka se arregalaram, a mãe do Midoriya era a pessoa mais precisa para seu feijão tropeiro.

- É minha... é minha culpa...- Midoriya falou 
com uma voz tão fraca que dificultou um pouco o entendimento da frase.

- Midoriya nada é sua culpa entendeu? E saiba que seja lá quem matou sua mãe, terá que lidar com a fúria da EBH.- Com essa declaração de Luan, toda a turma já começou a montar o próprio plano maligno.

No Japão, Shigaraki sentiu um calafrio percorrer sua espinha, sua intuição gritava PERIGO.

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