― Com licença, por favor..― A jovem mulher pedia.
Estava tentando encontrar a sua amiga no meio da enorme fila que dava entrada a uma boate local. A jovem conseguia a passagem por meio dos corpos ansiosos pela entrada no lugar, sua educação era tamanha que ninguém ousava para-la.
― Obrigada. ― Dizia envergonhada após passar pelas pessoas, indo de encontro a sua amiga que já a esperava na porta.
― Quase que me expulsam daqui. ― Sua amiga Sakura estava nervosa, visto que eu fiquei de trazer os nossos ingressos.
― Trouxe os ingressos, Hinata?
Abri minha bolsa mostrando eles jogados ali dentro. Em menos de um minuto já estávamos lá dentro.
O lugar era pouco decorado, porém para equilibrar a balança, era muito bonito e organizado, tendo um número considerável de seguranças. Do jeitinho que eu gostava, seguro e confiável.
― É por isso que a gente sempre vem aqui. ― Gritei no ouvido de Sakura, para que ela pudesse me escutar sobre a música alta do lugar.
― É porquê é seguro e confiável? ― Gritou de volta na minha orelha.
Quase fiquei surda.
― Você me conhece tão bem, te amo. ― Fiz um coração com as mãos. Ela mandou um beijo no ar.
Mal entramos e já estávamos dançando. Mesmo que não fosse a coisa mais legal do mundo pra mim, eu me esforçava para ir em lugares assim para fazer companhia para a minha amiga, em compensação ela escolhia as boates que me deixassem mais à vontade, como esta daqui.
Para uma boate do Rio de Janeiro, até que essa não era grande, tinha como número máximo 256 pessoas. E nenhuma delas eram conhecidas à nós. Talvez o guarda da entrada e os barmans, mas se perguntassem a eles, duvido que saberiam dizer quem somos, diriam que somos apenas clientes fiéis.
Sinto alguém agarrar a minha cintura, preocupada olho para Sakura antes de fazer qualquer coisa. Como ela estava sorrindo eu acabei relaxando, sabia quem era.
― Oi Ino! ― Abracei a outra melhor amiga da minha melhor amiga. Eu considerava Ino apenas minha amiga, embora ela seja muito divertida, não tem os mesmos interesses que eu, sendo difícil uma maior aproximação. O que era diferente quando se tratava de Sakura, nós duas éramos muito parecidas em questões de princípios e ideais.
Mas assim como Sakura, Ino não negava uma festa. Então quando eu não podia lhe fazer companhia, Ino tomava o "meu" lugar.
― E aí? Já beijaram na boca hoje meninas? ― Perguntou Ino.
― Ainda não. ― Respondi brincando, o que talvez tenha sido levado a sério, já que Ino começou a olhar em volta procurando alguém para ficar comigo. Ela encontrou um homem moreno muito bonito que parecia ser solteiro, ele parecia da minha altura.
― Vai ser ele.― Segurou meu braço, tentando me levar até ele, mas finquei os pés nos chão, decidida a ficar no mesmo lugar. Não iria sair dali de maneira alguma. Acho que ela percebeu isso, porquê foi atrás dele sozinha, talvez o trouxesse até aonde eu estava.
Tentei lhe dizer que estava brincando, com o que ela entendeu como:
― Você o estava paquerando? Então é agora mesmo que eu vou lá buscar ele pra você, fica tranquila amiga, ele não vai escapar.― Eu desejava o contrário.
Fiquei olhando junto com Sakura enquanto Ino tentava convencer o homem, que parecia novo, talvez até mais novo que nós, para aonde estávamos.
― Sakura eu não sei se quero fazer isso hoje. ― Confessei para a minha melhor amiga.

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A Princesa Hyuuga
RomanceHinata tem uma vida tranquila e calma, mas nem sempre foi assim. Quando criança tivera uma infância repleta de traumas e escassez, por muitas vezes passara por dificuldades, já havia lhe faltado comida e roupas, mas fora salva pelas constantes doaçõ...