Capítulo catorze

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Uma doce e amável criança estava a minha espera.

Hoje combinei com a Himawari que iria visitá-la, conversamos pelo telefone da tia dela (que eu descobri que essa tia era a responsável pela garota) e marcamos de nos ver esta tarde. Só achei engraçado o fato de o Naruto ter se oferecido para ficar com a gente, ele disse que tinha um tempo livre, e que não se importaria de nos acompanhar. Ele soube que eu a veria hoje, porque eu perguntei para ele como eu podia entrar em contato com a Himawari, mas eu não pensei que ele fosse ir conosco.

Eu sei que ele não é muito apegado com crianças, então a única coisa que o levaria a nos acompanhar seria... eu.

Minhas bochechas esquentaram só de lembrar o olhar que ele me deu na última vez em que nos vimos. Ele é tão direto, nem sabe disfarçar o olhar como o Itachi consegue fazer.

Talvez o Naruto não queira disfarçar, talvez ele queira que eu saiba que ele está interessado em mim. Mas o que eu faço? Não sei se tenho coragem de dizer alguma coisa em relação a isso. Vou confiar na minha intuição feminina de que ele vai ter coragem por nós dois.

Estacionei a moto na frente do prédio da Força. O Naruto falou que era para esperar ele ali.

― Bom dia boneca. ― Ele fala ao se aproximar.

― Boa tarde Naruto. ― Respondi. Ele fez careta, percebeu o erro e se fez de espertinho.

― Boa noite. Vamos?

― Pensei que íamos ficar se cumprimentando até de madrugada. ― Alfinetei. Acho que eu tenho problema na cabeça de provocar alguém como ele, mas ele parece gostar disso.

― Engraçadinha. ― Ele sorriu para mim.

― Vamos com o seu carro? ― Perguntei.

― Pode ser princesa, a não ser que você queira usar a sua moto. Você fica na frente e eu atrás. ― Naruto mostrou um sorriso malicioso.

Nessas horas eu finjo que não entendo nada.

― Não ia dar certo, a sua perna é tão comprida que você poderia cair da moto.

― Então eu teria que me segurar bem forte em você. ― Seu olhar estava fixo nas minhas pernas.

Força Hinata, pense em algo rápido.

― Vamos ir com o seu carro. O dia está quente, não está? ― Comecei a abanar o meu rosto com as mãos, tentando mudar o assunto.

― A sim, hoje o dia vai ser bem quente.― Ele falou antes de entrarmos no carro.

Ele ligou a rádio e começou a tocar sertanejo, eu não consegui segurar a risada.

― O que é tão engraçado? ― Ele ficou de cara amarrada.

― É que... Eu esperava que fosse alguma música pesada como rock, funk, até alguma coisa satanista. Mas isso...― Comecei a rir de novo.

― Qual o problema hein? Só porque eu sou chefe de uma quadrilha não posso escutar sertanejo? É a música mais tocada no país, é comum uma grande parte da população gostar disso. ― Ele parecia ofendido.

― Me desculpa, não pensei que você gostasse disso.

― Assim você me subestima. Nós podemos ter mais em comum do que você imagina.

― Você fala como se soubesse toda a minha vida. ― Falei.

― E eu sei mesmo. ― Agora foi a vez dele rir.

― Isso não é justo, eu não sei quase nada sobre você.

― Você quer mesmo saber? ― Ele me olhou bem rápido antes de voltar o olhar para a estrada.

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