A fala do garoto me chocou.
Aquele não é ele. Não pode ser ele. Ele acabou de sair daqui pra me ajudar, como ele está na minha porta?
— Não vai responder, bebê?
Me virei encontrando o esperado que não queria encontrar. Lee Minho estava apoiado com um só braço na ombreira da porta segurando com a mão do outro braço um taco de baseball com riscas vermelhas e brancas.
— O que você tá fazendo aqui? Não devia estar trabalhando? — Pergunto tentando soar o mais inocente que posso. Se me fizer de sonso, pode ser que isto nem esteja acontecendo.
— Ah, mais eu to trabalhando — Um sorriso brotou nos seus lábios.
O homem de negro apareceu novamente e trazia umas pens nas mãos.
— Parece que já conheceu o meu chefe. Mas você já conhecia ele de qualquer forma, não é mesmo?
Sinto a mão dele indo de encontro ao meu ombro e meu olhar segue desde os dedos até ao ombro, dirigindo se até à cara sorridente do moço.
— Hyun..
Mas perai, isso não está mesmo acontecendo, né?
Eu adormeci pra tirar um cochilo e acabei tendo esse sonho macabro sobre eles os dois.
Certo?
Eu continuava estupefato de lábios entreabertos, alternando meu olhar entre as duas pessoas que se encontravam agora dentro da minha casa.
— Então, o gato comeu sua língua? — Minho brincou olhando fundo nos meus olhos — Nunca se meta no caminho de um mafioso, Han Jisung.
— Mas nem fui eu que-
Minha fala foi cortada pela voz do mais velho.
— Traz ele pra van, mas não dá muito nas vistas. E esconde essas coisa nos bolsos, é estranho ver alguém andando com isso na rua.
O Hwang fez o que o Lee lhe ordenou. E eu deixei ele fazer. Estou demasiado chocado para pensar direito sequer.
Nesse momento nem senti eles me transportando pra dentro da van preta, pela segunda vez. Só pensei em como eu fui burro em, mesmo sabendo que Minho não era de confiança, confiar até minha vida nele.
— Han — Ouvi alguém me chamar — Você está muito calado.
Era Hyunjin. O tom de voz dele estava calmo. Nem parecia que tinha acabado de me sequestrar, novamente.
— Ah, desculpa. Talvez porque meu amigo e meu namorado invadiram minha casa, me ameaçaram e agora estão me levando pra não sei onde porque eu fiz não sei o quê.
— Você não fala assim para um dos meus.
A voz grossa do Lee ecoou por toda a van e eu subitamente senti minha boca secar completamente por dentro.
— E você, Hyunjin, nem devia estar falando com ele.
— Me desculpe, chefe — O loiro baixou a cabeça em sinal de desculpas mesmo sabendo que o outro não iria ver.
— Você quer saber o porquê de estar aqui connosco, Han? Posso adiantar trabalho e não prender você em uma cadeira quando chegarmos lá ou posso tortura você pra nos revelar informações que eu sei que tu não tem e olha que eu não quero magoar você.
Minho fazia contacto visual comigo pelo reflexo do espelho.
— Se sabe que eu não tenho essas informações porque me vai tortura?
Silêncio. Me lembrei das palavras que ele tinha falado pro na Changbin da primeira vez que isso aconteceu.
Um frio correu meu corpo e deixou uma leve impressão em minha barriga.
— Lembra do homem que me traiu? Aquele que meus capangas confundiram com você? Bem, ele é seu pai.
Mas como assim ele é meu pai? O nome do meu pai não é Dongsu.
— Você deve estar pensando "Mas o nome do meu pai nem é Dongsu".
MAS O BIXO É BRUXO AGORA???
— Ele usa identidade falsa. Como qualquer grande mafioso que tem medo de ser apanhado pela polícia. Óbvio que eu não tenho medo pois eles que têm medo de mim.
Uma pausa dramática para um riso baixo.
— Ele vende droga e faz algum tráfico de órgãos também. Como você pensa que entra dinheiro pra tu pagar suas despesas daquela casa enorme? Só com o ordenado pequeno de sua mãe? Você nunca se perguntou do que era a empresa de seu pai?
Minha cabeça estava a mais de mil. O que o Lee estava dizendo era completamente mentira. Quando confiei nele acabei sendo sequestrado. Não posso confiar nele novamente.
— Ele tem tentado estragar meu negócio e roubar ele também. Eu não quero o negócio mas tenho que o proteger como bom patrão que sou. Tem muita gente que depende de mim para colocar comida na mesa todos os meses. Eu só precisava de uma pequena confirmação vinda de você sobre o acidente. Assim que o Hyunjin arrancou a informação de tu, eu tive a certeza que era ele.
— Então foi você.. TU FEZ MEU PAI IR PRO HOSPITAL, SEU MONSTRO! VOCÊ PLANEOU TUDO — Gritei com toda a força que ainda restava dentro de mim após aquelas notícias irreais.
Lee Minho apertou o volante com mais força e pediu pro Hyunjin trocar de lugar com ele em pleno andamento. Eles trocaram de assentos e o Lee fechou a porta que dividia os lugares da frente dos de trás.
Ele chegou mais perto de mim deixando uma mínima, quase nenhuma, distância entre nós. Agarrou nos meus cabelos e puxou minha cabeça fazendo eu encarar os olhos dele.
— Você não fala nesse tom pra mim, meu menino. Se quiser provas de que eu estou dizendo a verdade, eu tenho e mostro pra você. Sendo que eu não o preciso de fazer porque eu não te devo explicações.
Minho estava me comendo com os olhos, literalmente. Mas não em um bom sentido. Eu conseguia sentir a raiva que o olhar dele transbordava.
— Eu protejo os meus. E vou proteger esse negócio até ao fim. Tem muita gente que ficaria sem trabalho se eu desistisse. Não seria correto.
Ele largou meus cabelos e se sentou nos bancos que havia na minha frente. Ajeitou a gola de sua camisa branca e colocou as mãos nos bolsos do casaco.
— A única pergunta que eu vou fazer a você é esta. Você quer ser um dos meus, Han Jisung?
《☆》
UEPAAA
A história ta quqse quase terminando. Estão prontos pro final?
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Possessive || Minsung
FanfictionHan Jisung um rapaz normal e gentil, está andando sozinho para pensar e espairecer um pouco, e é sequestrado, sem motivo aparente, por Lee Know, o chefe da máfia mais temido da Coreia do Sul.