33.

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Han Pov

Tudo correu como planeado. Meu pai caiu nos truques do Lee e foi preso pelas coisas que fez. Ainda não está preso definitivo mas o Lee irá se certificar que ele nunca mais sai da cadeia.

— Como você está? — Minho decidiu ficar sozinho comigo nas traseiras de uma van, levando com ele o Changbin pra conduzir o veículo.

— Eh, acho que bem. Quero dizer, um pouco mal porque meu pai foi preso ne mas acho que foi por bons motivos.

O silêncio que se instalou no ar foi quebrado pelo som do tapa que eu dei no ombro do ser ao meu lado.

— Pra que foi isso?! — Perguntou Minho irritado.

— Você me assustou quando me sequestrou PELA SEGUNDA VEZ.

Essa fala gerou uma risada alta no mais velho.

— Me desculpa, nenem. Prometo que não faço mais — Ele deixou um selinho nos meus lábios e uns carinhos em meus cabelos. Não pude fazer mais que sorrir naturalmente.

O barulho das rodas da van rolando no chão e o vento que rodeava a mesma por conta da velocidade era as únicas coisas que se ouviam. Minho se havia distraído com os dedos das minhas mãos e eu apoiara minha cabeça em seu ombro.

A verdade é que eu estou cansado, apesar de não ter sido eu elaborando um plano ou dando ordens a todo mundo. Poderia adormecer ali mesmo se não fosse a paragem do veículo e um Changbin interesseiro sorrindo de orelha a orelha abrindo as portas do mesmo.

— Pode sair chefe e donzela do chefe — Ele se curvou enquanto ria abafado. Provavelmente tinha visto tudo que eu e o Lino fizemos na van (nada demais senão boiolices) durante o caminho.

Me levantei e saí pisando o pé do Seo.

— Donzela seu cu, anão.

Num sei o que foi mais engraçado, a cara de dor do Bin por eu ter saltado no pé dele ou a expressão de choque presente na cara do Lee por eu ter mostrado minha língua afiada pela primeira vez.

— Onde a gente ta indo? — Perguntei entrelaçando meu braço no do maior enquanto olhava pras outras vans estacionando.

— Comemora a nossa vitória.

Nos reunimos todos dentro de um bar iluminado com luzes néon roxas e azuis escuras. Minho falou que pagava a primeira rodada pra todo mundo e foi o que fez.

Eu me recusei a beber porque não preciso beber pra celebrar a vitória. Consigo me divertir sem álcool no sangue. E será muito mais fácil lembrar das figuras e disparates que o Lee disser e fizer se me encontrar sóbrio.

Quando as bebidas chegaram em um grande tabuleiro negro o chefe se colocou de pé segurando um copo e os outros que o rodeavam o imitaram.

— Vamos brindar. Obrigado aos irmãos Hwang que sempre estiveram disponíveis e sempre arriscam suas vidas pela minha. Obrigado à Ryujin que sempre é intrometida mas me dá seus bons conselhos. Obrigado ao Changbin e ao Seungmin que sempre cumprem o que eu lhes peço sem questionarem. E obrigado a todos que fizeram a execução desse plano dar certo.

O Lee elevou seu copo, sendo imitado pelos outros novamente, e beber tudo de uma vez. Ele fez uma cara bem estranha, que gerou uma gargalhada em mim, por conta da quantidade de álcool presente na bebida.

A noite se seguiu calma e cheia de baboseira. Já só estavam no bar os habituais e mais íntimos do Minho.

Eles já iam na décima primeira rodada e já não falavam coisa com coisa. O Lee não tinha parado de me elogiar por um segundo.

Todo mundo estava focado falando com alguém. O Seo tinha tentando chamar a atenção de duas moças que haviam passado ali e conseguiu. O Felix tinha aparecido ali também e estava agora no colo do Hyun beijando seu pescoço.

— Hannie — A voz do Lee soou baixinha perto do meu ouvido me fazendo arrepiar. Me virei e nossos narizes tocaram por conta da proximidade.

Ele só ficou admirando meu rosto e esqueceu de falar o que tinha pensado na sua cabeça. Se é que havia pensado em algo.

Eu sorri bobo e coloquei um selinho na ponta do seu nariz.

— Você é tão lindo. Como que alguém como você pode se apaixonar por alguém como eu? Sua cara parece uma obra de arte e seu corpo uma autêntica escultura — Ele fez uma pausa e fechou os olhos. Eu me encontro chocado. Não esperava ouvir essas palavras vindas dele, não agora.

O Lee se aproximou mais de mim e se sentou no meu colo me abraçando a cintura e escondendo seu rosto no meu pescoço. Levei minhas mãos até à sua cabeça e fiz cafune nos seus fios.

— Eu te amo, Hannie.

— Eu tambem te amo, Lino — Apesar de estar surpreso não consegui fazer mais do que responder no mesmo segundo.

Pouco tempo depois todos se levantaram e foram pra casa, incluindo nós dois. Eu havia decidido que o Lee iria dormir na minha casa pois ele não estava em condições de andar sem ajuda sequer.

O Seo nos levou pra minha casa e se despediu de nós dois com um sorriso pervertido. Fiz o dedo pra ele e sorri de volta.

Entramos em casa e eu ajudei o Lee a subir as escadas e entrar no meu quarto. A Chae não estava em casa, nem a minha mãe que ainda devia estar esperando no hospital por notícias.

Ajudei o Minho a trocar de roupa mas sem sucesso porque assim que tirei a parte de cima dele, ele se atirou pra cama e dormiu.

Troquei minha roupa e tirei uma foto da minha visão pra poder zoar da cara dele amanhã quando ele tiver de ressaca.

Estava prestes a me deitar quando recebi um telefonema de um número desconhecido. Sai do quarto e atendi.

— Alô?

Como as coisas estão indo? Alguém suspeitando?

Um sorriso brotou nos meus lábios e respondi ao homem do outro lado da linha.

— Está tudo indo de acordo com o plano. Não precisa preocupar, pai.

Possessive || MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora