31.

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Minho Pov

Fechei a porta atrás de mim com um sorriso bobo percorrendo meus lábios.

O homem que me chamou há minutos atrás estava encostado à parede e assim que eu apareci do lado de fora da sala, ele se compôs e me fez uma pequena referência.

— Chefe, já há pessoas prontas a entrar nas vans e já obtemos a localização do traidor.

Comecei andando em frente sendo seguido pelo mais velho. Quando alguém passava por mim sempre baixavam a cabeça como um ato de respeito. Eu não disse nada então ele continuou falando.

— O Jungseo disse que ninguém desconfia dele estar infiltrado e sacando informações. Ele acha que ninguém tem relações de afeto lá dentro então ninguém se reconhece, o que é um aspeto bastante negativo.

Chegamos em uma sala com uma das duas portas abertas. Changbin e Hyunjin já se encontravam lá dentro com Yeji, Yujin e mais umas outras poucas pessoas.

— Fica aí e vigia, por favor.

O homem ajeitou as roupas e fechou a porta quando eu entrei no espaço.

— Então o que nós sabemos? — Perguntei apoiando as mãos em cima da mesa com um grande mapa, várias fotos e papéis cheios de texto sobre as fotos.

— Eles vão fazer um negócio daqui a duas horas. Vai ser o maior e melhor que eles fizeram até agora — Começou Yujin.

Um garoto mais novo do que todos os presentes, cujo nome era Gaon, na sala continuou a fala da castanha.

— Era uma armadilha. Não vai haver negócio nenhum. É suposto nos ocuparmos só com esse pormenor de perseguir Dongsu e o seu "grande negócio" e esquecermos tudo o resto. Pessoas vão estar escondidas esperando nós aparecermos para nos aniquilarem. Existem mais traidores dentro deste edifício, homens e mulheres que trabalham para você que formaram uma aliança com o chefe do negócio adversário.

Me mantenho calado assimilando a informação recebida. Se Dongsu pensa que me engana, pode continuar sonhando. Eu tenho pessoas em todo o lado a toda a hora.

— Vamos manter o plano — Digo passado uns bons longos segundos.

— Mas chefe- — Começa Changbin mas é interrompido por Hyunjin dizendo para cumprir minhas ordens.

— O plano deles tem falhas. Mandem um grupo ficar aqui e proteger o sitio, é provável eles tentarem atacar aqui também. Eu vou com vocês nas carrinhas. E eu conheço o Dongsu bem demais para saber que ele está tentando fazer um jogo e quer que pensemos como ele pensa, o que não irá acontecer.

Expliquei o trajeto que cada carrinha iria tomar. Seis caminhos diferentes para seis carrinhas diferentes. Tem ainda uma de reserva com mais pessoas prontas a ir mas acho que não vai ser necessário. Espero.

Cada um sai da sala e segue seu rumo. Consigo perceber que estão ansiosos. Eu também estou, mas não demostro. Eles precisam se sentir confiantes. Como se sentiriam confiantes se seu líder hesitasse?

Os homens do pai de Jisung não confiam uns nos outros mas quando se trata de força física eles são ótimos, talvez melhores que nós. São altamente treinados e só os melhores são recrutados.

Sei que eu sou o foco principal de tudo pois se eu morrer para o outro lado, eles ficarão com minha empresa. Não posso permitir isso. Apesar de não querer estar tomando conta desse negócio e ele ter sido literalmente empurrado pro meu colo, não posso desistir dele tão fácil. Aqui eu conheci pessoas que eu posso chamar de família.

Meu passo é apressado. Adentro minha van e parto rumo à estrada. 

-- Ei, Minho! - Olho no espelho do retrovisor e vejo um Jisung correndo de braços no ar tentando ganhar a minha atenção - Lee Minho! 

Mando o condutor travar o veículo e saio do mesmo. O Han abranda suas passadas e quando chega até mim apoia suas mãos nos joelhos tentando apanhar o máximo de ar à sua volta. Abro a boca para lhe perguntar porque não ficou no meu escritório como lhe havia ordenado. Onde ele ficaria seguro. Me pergunto como o segurança o deixou sair do cômodo sendo um dos meus melhores. Mas ele me interrompe mesmo antes de eu começar falando.

— Tive uma ideia brilhante. Eu não conheço meu pai muito bem, mas eu conheço meu pai melhor que você e seus capangas — Ele se endireita ficando quase da mesma altura que eu. As pessoas que passam à nossa volta desviam o olhar rapidamente para nós e voltam a seguir os seus caminhos e minhas ordens.

— O que você está tentando dizer? Seja rápido. 

— Se você não interrompesse eu já teria terminado. 

Jisung faz uma cara de amuado e cruza os braços como se eu que estivesse gastando o tempo dele e ele que estivesse se atrasando para algo. Fofo. Ele retoma com sua fala.

— Me faça de seu refém. 

— Quê? Você está louco. 

– Estou plenamente consciente do que acabei de sugerir. Me escuta — Senti suas mãos quentes envolvendo as minhas — Eu sou o seu ponto fraco, ele faria de tudo para me ver bem. A toda a minha família. Eu tenho a certeza que ele não me vai magoa. Tal como sei que você também não me vai magoar. 

— Mesmo assim continuo achando que-

— Ah, claro. O seu plano é melhor, ne? Sair na porrada com os capangas do meu pai que são dez vezes mais fortes que os seus. Pensa comigo, baby. 

Ash. Isso me parece tão errado de fazer. Tudo certo que ele conhece Dongsu melhor que eu, melhor que todos nós. Fizemos nossas pesquisas, ele não parece ser um homem de fiar. Talvez possamos chega a um acordo. 

Mas como ele sabe que os homens de seu pai são mais fortes que os meus? Deve ter ouvido eu falar com alguém. Descarto aquele pensamento e digo.

— Entra na van. 

Um sorriso ilumina o rosto do ser na minha frente. Abro as portas da parte detrás pra ele e eu entrarmos. Explico o meu plano para o resto das pessoas ali presentes e todas consentem. Espalho a mensagem de alteração de planos por walkie-talki para os restantes. 

Espero que a capacidade de atuação do Han seja boa.

Possessive || MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora