Corte de viagens entre mundos. Rhysand x Feyre x OC.

Capítulo 6

                      

                            " Carranam é derivado da frase irlandesa "m'anam cara", que se traduz como "alma gêmea", ou literalmente: "nome amigo".

Leio a definição que o tal google me deu mas não fico satisfeita. Pergunto para Lua se há como saber mais sobre isso e ela disse que tinha. Ela precisou sair, pois as aulas na faculdade começariam hoje e ela estava mais do que atrasada.

 Quando fiquei finalmente sozinha, passei as próximas horas de meu dia tentando descobrir mais coisas sobre Carranans e descobri algo que me intrigou, achei um site que falava sobre feéricos e magia. Entrei nele e achei um guia de buscas, lá pesquisei sobre algo que parou minha mente.

Lá dizia que Carranans era um vínculo que unia dois feéricos, de forma que eles pudessem compartilhar sua magia e se comunicar telepaticamente. Eles não precisavam ter um contato físico para compartilharem seus poderes, mas eles saberiam quando fossem usados. 

Minha mente borbulha, cheia de teorias mirabolantes. Mas uma coisa que se sobressai de todas elas é, como sou a Carranam de Lua sendo que ela é humana e esse vínculo é feérico? Será que Lua possuía algum ascendente feérico em sua família? Teria que perguntar para ela quando voltasse.

Bom, não será de muita utilidade ficar aqui remoendo possibilidades, precisava fazer algo. Talvez seja bom tentar contato com alguém de meu mundo, quem sabe eu consiga uma resposta. Concentro-me em minha magia, sentido aquela mesma chama de poder de quando fui transformada, sinto a besta que habita nas profundezas de minha alma também se agitar.

Respiro fundo e me concentro. Precisava manter a calma para minha besta não fazer um estrago maior. Acho aquele fio que me liga a Rhys, mas dessa vez ele não estava sozinho, meu laço com Lua também estava junto. Ele era preto e dourado, absolutamente lindo e delicado. Volto minha atenção para o laço com Rhys e o puxo, no primeiro instante não sinto nada e tento de novo.

Nada acontece.

Volto a puxar com mais força, nada. 

Suspiro frustrada e me jogo no sofá, ele era deliciosamente fofo e aconchegante. Deveria ser crime existir algo tão fofinho assim. Passo alguns minutos olhando para o teto branco até sentir algo, era um puxão quase imperceptível, mas ainda sim estava lá.

Me aprumo no sofá no mesmo instante. 

- Rhys?- chamo hesitantemente- Você está ai, querido?

O laço trêmula outra vez.

- Por favor, por favor- imploro- Me responda Rhys, eu sei que está aí em algum lugar. 

Uma voz que conheço como a palma de minha mão soa bem ao fundo de minha mente. Era ele, era Rhys. Sorrio de forma esperançosa. 

- Feyre, querida. Onde você está?

-Em outro mundo.- Tento pensar em uma forma de explicar onde estava.- Depois do tremor fui sugada para outro mundo...

- Feyre, eu não consigo te entender completamente.- sua voz soa desesperada e eu também fico.

- Outro mundo Rhys, estou em um mundo apenas humano.

- Apenas humano?

Sua voz era espaçada e de difícil entendimento, mas mesmo assim consegui sentir a confusão nela.

- Sim, apenas humano. Por favor venha me achar.

E antes que eu possa ouvir uma resposta, o laço simplesmente fica mudo e sem função. Voltando diretamente para quando cheguei aqui. Meus olhos se enchem de lágrimas, que não faço questão de impedir de rolarem. Um soluço trêmulo escapa de meus lábios. Estava quase desmoronando por completo quando escuto o trinco da porta girar.

Fico em posição de alerta, quem poderia ser numa hora dessas? 

Mas, antes que possa achar alguma coisa para usar para me defender, a figura preocupada de Lua surge pela porta. Seu olhar percorre por todo o cômodo até parar em mim, sua expressão é de alívio porém preocupação ao ver meu estado.

Ela corre até onde estou, e sem dizer nada, me puxa para seus braços em um abraço de urso que me deixou com a sensação de segurança e conforto. E foi lá, nos braços de Lua que me deixei desabar e chorar tudo o que guardei nesses últimos dias de tumulto.