#𝟻

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Só havia uma cura certeira para o súbito surto de insanidade de Keisuke

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Só havia uma cura certeira para o súbito surto de insanidade de Keisuke. Ele ficaria no bar... e então encontraria uma mulher disponível que não tivesse nada a ver com a família Sullivan. Assim, se afastaria completamente de [Nome] até o final do casamento. Uma pequena distância daquelas curvas macias e daqueles lábios vermelhos carnudos o ajudaria a colocar a cabeça no lugar.

— Eu cuido disso aqui — ele disse a Sammy, um dos melhores bartenders no Baji's original na cidade. — Pode circular com as bandejas.

Felizmente, os convidados do casamento estavam com sede, claramente precisando de vinho ou de cerveja para lavar a garganta do gosto adocicado dos votos de amor eterno. Servir bebidas a estranhos era tão natural para Keisuke quanto respirar, e ele imediatamente pegou o ritmo no meio da vinícola, enquanto a refeição era servida e os convidados iam e vinham até o bar entre um prato e outro. Ele não conseguia se lembrar de alguma época em que não estivesse secando copos limpos ou organizando garrafas. Quando criança, enquanto seu pai tomava conta dos barris de cerveja, Keisuke ficava no fundo enchendo e esvaziando a máquina de lavar louça para ganhar um extra, enquanto os cozinheiros de qualquer um dos pubs onde estivessem preparavam pratos de peixe, batatas fritas e purê de batata com repolho.

Quando as convidadas flertavam com ele no bar, ele flertava de volta. E daí que nenhuma delas chegasse nem aos pés da beleza de [Nome]? Os Sullivan estavam se casando, um após o outro, como se tivessem sido infectados pelo mesmo vírus, mas Keisuke já tinha se vacinado contra isso. O amor não o pegaria.

Ele sabia que era melhor não pensar que o amor significaria alguma coisa quando a situação ficasse difícil e fosse mais fácil separar. O futuro de Keisuke era sem esposa, sem filhos, com muitas mulheres lindas e sem anéis de compromisso. Ele brincaria com todos os filhos do clã dos Sullivan que viessem ao mundo, adoraria ser o Tio Keisuke, mas nunca cometeria o erro de pensar em ser um bom marido ou um bom pai. Os Baji não vinham com esses genes.

— Você ainda não comeu nada.

A voz feminina levemente rouca tomou conta dele um segundo antes de olhar diretamente dentro dos olhos de [Nome]. A leve sensualidade dentro daquele vestido rosa e o doce perfume dela eram como socos seguidos num estômago que ainda não tinha se recuperado das lágrimas que vira escorrer pelo rosto dela, nem do sorriso radiante que viera em seguida. Sem esperar ser convidada, [Nome] colocou um prato cheio de comida para ele na mesa de trás e deu a volta no bar para ficar em pé ao lado de Keisuke.

— Chegue para lá. Eu tomo conta disso enquanto você come. — Ela bateu o quadril no dele, fazendo-o ficar rígido por um segundo, o corpo dele não se importando nem um pouco com o fato de ela estar totalmente fora de sua alçada.

Como os irmãos haviam permitido que ela saísse desse jeito? O que estavam pensando? Será que não se importavam nem um pouco com o bem-estar da irmã? Enquanto ele ficava lá, em pé, perdendo a cabeça, [Nome] escutava os pedidos das bebidas e, com destreza, enchia os copos de vinho ou de bebidas variadas para os convidados. Ela era uma bibliotecária, não uma bartender; não deveria ser tão boa servindo bebidas. E nenhuma bibliotecária deveria ser tão atraente assim, Keisuke pensava enquanto cerrava o maxilar com tanta força que fazia seu rosto latejar. Ele a deixaria ajudar por cinco minutos e então a mandaria de volta para a mesa, para comemorar com o restante da família, garantindo que ficasse lá até o final da recepção. Mesmo que tivesse que amarrá-la na cadeira.

𝐒𝐎́ 𝐓𝐄𝐍𝐇𝐎 𝐎𝐋𝐇𝐎𝐒 𝐏𝐑𝐀 𝐕𝐎𝐂𝐄̂, 𝖪𝖾𝗂𝗌𝗎𝗄𝖾 𝖡𝖺𝗃𝗂.Onde histórias criam vida. Descubra agora