#𝟸𝟽

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Keisuke andava de um lado para outro na sala de espera do hospital

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Keisuke andava de um lado para outro na sala de espera do hospital. Por favor, Deus. Tome conta da [Nome]. Por favor, traga-a de volta para mim, para que possa passar o resto de minha vida recompensando-a pelo que fiz.

Tinha desistido das preces quando ainda era um garotinho, já que elas não tinham colocado fim às suas surras nem enchido sua barriga quando não havia nada para comer. Sua salvação dependera totalmente de si próprio: trabalhar para ter dinheiro para comprar comida; passar o máximo de tempo
possível em lugares seguros, como a casa dos Sullivan; construir um negócio multimilionário a partir do zero.

Porém, todo o seu trabalho duro e obstinado e sua teimosia para alcançar o sucesso não poderiam ajudar [Nome] agora.
Deveria ter notado o quanto ela estava pálida quando acordara, que não estava se mexendo
normalmente, mas estivera ocupado demais, gritando com ela. Ocupado demais fingindo saber de tudo, como sempre fazia.

Uma ligação desesperada para o 911 trouxera os paramédicos até o apartamento dela em minutos, mas não tinha sido rápido o bastante. A bile lhe subia pela garganta só de pensar no sangue entre as coxas dela.

Tinha segurado a mão dela com força no fundo da ambulância enquanto dava aos paramédicos todos os detalhes possíveis sobre a gravidez, sobre o que tinha feito na semana anterior, qualquer coisa que poderia ter levado àquele evento horroroso. Não tinha se poupado, tinha confessado tudo: o sexo
frequente e até mesmo os gritos antes de ela ter desmaiado.

Esperava que parte dela soubesse que estava lá, que nunca sairia de seu lado desde que o quisesse ali. E que sentia muito por todas as coisas que tinha feito para magoá-la.
[Nome] deveria parecer pequena e frágil sobe a maca; no entanto, mesmo com lágrimas secas sobre o rosto e a pele tão pálida, ainda era fascinante. Nada conseguia lhe tirar a força serena. A beleza dela era mais do que superficial, mais do que o formato de seus olhos, nariz e boca, mais do que as curvas e
os contornos de seu corpo. A beleza de [Nome] estava em sua coragem, em sua inteligência, em sua curiosidade sem julgamentos pela vida. E, mais do que tudo, no tamanho de seu coração.

Keisuke quase perdeu o controle quando as enfermeiras não relaxaram as regras. Ele não era o marido e elas não só o proibiram de ficar com ela como também não davam notícias sobre como ela estava. Mas precisava deixá-las ajudar [Nome]. Essa era a única razão para deixá-la ir.

Assim que ela foi levada na cadeira de rodas, Keisuke tirou o celular do bolso com as mãos trêmulas e ligou para Shinichiro, para contar que [Nome] tinha desmaiado e que talvez tivesse abortado os bebês. Não demorou muito para Shinichiro atravessar as portas do hospital feito um louco, com a mãe e Emma logo atrás
dele.

— Ela está bem? — Keisuke nunca vira Shinichiro tão alterado antes, sem nem um pingo da arrogância de sempre.

— Não sei. Não sou da famí... — A voz dele aquebrantou-se na palavra que só poderia usar se tivesse sido capaz de provar a [Nome] que poderia ser um bom esposo e pai, em vez de estragar tudo. — Não me informam nada.

𝐒𝐎́ 𝐓𝐄𝐍𝐇𝐎 𝐎𝐋𝐇𝐎𝐒 𝐏𝐑𝐀 𝐕𝐎𝐂𝐄̂, 𝖪𝖾𝗂𝗌𝗎𝗄𝖾 𝖡𝖺𝗃𝗂.Onde histórias criam vida. Descubra agora