#𝟸𝟻

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[Nome] caminhava pelo corredor em direção a seu apartamento, folheando as correspondências que não recolhera a semana toda, quando ouviu uma voz baixa chamá-la:

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[Nome] caminhava pelo corredor em direção a seu apartamento, folheando as correspondências que não recolhera a semana toda, quando ouviu uma voz baixa chamá-la:

— [Nome].

— Você me assustou! — ela deu um gritinho, quase derrubando a pilha de correspondências. — Ah, meu Deus, Keisuke! — As contas e propagandas caíram da mão dela. - Ele parecia ter levado uma surra em um beco, coberto de escoriações e sangue seco, da testa ao queixo.

— Parece pior do que realmente é. — Ele tocou na mandíbula. — Deveria ter passado em casa antes para me limpar. — Mesmo com os hematomas e os cortes cobrindo-lhe o rosto, continuava absurdamente lindo ao perguntar: — Tem alguma chance de você ainda lembrar como se faz curativo em um cara, depois de uma briga?

[Nome] sabia que tinha que destrancar a porta e levá-lo para dentro, mas precisava abraçá-lo naquele exato segundo. Ela abriu os braços e ele caminhou para dentro deles, apertadando-a contra si.

— É tão bom ver você — disse com o rosto enfiado nos cabelos dela. — Tão bom abraçar você.

Ela não sabia quanto tempo ficaram daquele jeito no meio do corredor. Tudo o que sabia é que não queria soltá-lo. Tudo parecera tão perfeito naquela manhã, como se, talvez, houvesse uma chance de serem “felizes para sempre”. Sem tirar a cabeça do peito de Keisuke, [Nome] perguntou:

— Quem fez isso com você? - Keisuke finalmente desvencilhou-se dos braços dela.

— Vamos entrar. - Ela franziu o cenho. Aquilo não era uma resposta.

As mãos dela tremiam levemente ao enfiar a chave na fechadura, mas tentou ficar calma enquanto foi até a cozinha, achou uma toalha limpa e abriu a torneira com um jorro de água morna para molhá-la. Deus, odiava ver Keisuke machucado. Ele era tão maior do que ela, mas queria protegê-lo, queria garantir que ele não tivesse mais dor do que já provara na vida.
A voz dele soou atrás dela:

Fui ver o Shinichiro agora à noite. - Ela virou-se da pia, esquecendo-se da toalha molhada na mão e espalhando água nas paredes.

— Por quê? — Ela sabia por quê. — Você contou a ele sobre nós, sobre a gravidez, não contou? — Quando ele não negou, a mágoa tomou conta dela enquanto continuava: — Como pôde fazer isso?Você me prometeu que esperaria! Prometeu que me deixaria resolver as coisas antes. — Ela o amava, sempre o amaria, mas estava muito brava com ele também. — Por que me pediu uma semana se, na verdade, não a daria para mim?

— Você fica se agarrando a essa coisa de uma semana, mas, depois de ontem, depois de hoje de manhã, sabe tanto quanto eu que as coisas entre nós são diferentes agora.

— Diferentes? Diferentes? Como as coisas poderiam ser diferentes se você continua a agir como se mandasse no mundo e o restante de nós devesse obedecer cegamente a todas as suas ordens?

𝐒𝐎́ 𝐓𝐄𝐍𝐇𝐎 𝐎𝐋𝐇𝐎𝐒 𝐏𝐑𝐀 𝐕𝐎𝐂𝐄̂, 𝖪𝖾𝗂𝗌𝗎𝗄𝖾 𝖡𝖺𝗃𝗂.Onde histórias criam vida. Descubra agora