— Fique quieta, princesa. — Cada palavra era uma bala mirada diretamente para ela. — Vai me deixar abrir a porcaria da porta para você dessa vez, e todas as vezes depois dessa.Apesar de todas as vezes que o tinha provocado antes de agora, alguma coisa lhe dizia para não provocá-lo. Não nesse momento. Ela encolheu-se diante da maneira que o chamara: Idiota. Era uma palavra que nunca tinha dito a ninguém, nem mesmo em seus momentos mais cheios de fúria. Ele sabia que ela não quisera dizer aquilo, que só tinha colocado para fora no calor do momento, não sabia?
Alguns segundos depois, ele abriu a porta do passageiro com força e inclinou-se para dentro para soltar o cinto de segurança dela. Precisou de cada milímetro do autocontrole que possuía para permanecer parada quando os músculos dele lhe roçaram a pele, quando o cheiro dele lhe preencheu os sentidos. Ele esticou a mão para ajudá-la a descer do carro e [Nome] não teve opção a não ser aceitá-la.
— Keisuke... — disse baixinho. — Sinto muito pelo que disse a você mais cedo. Estava brava. Não quis dizer aquilo. - Ele não reconheceu o pedido de desculpas dela.
— Oito horas hoje à noite. Esteja esperando por mim com suas malas prontas.
Antes que ela pudesse dizer a ele onde enfiar suas ordens, Keisuke puxou-a contra si e a beijou, com tanta força e, ao mesmo tempo, com tanta finesse que, mesmo que tentasse lutar contra ele, seu corpo lhe dizia para se entregar de uma vez por todas. Afinal, era tudo o que sempre quisera. Keisuke.
Mas aquilo não era suficiente; só satisfazer as necessidades de seu corpo. Não quando seu coração estava ao relento. Ele soltou-a e voltou para o carro, afastando-se a toda velocidade da biblioteca antes que ela começasse a processar o que acabara de acontecer naqueles degraus.
— Quem era aquele?
[Nome] tinha a mão sobre a boca, ainda formigando e quente pelo ataque furioso de Keisuke, quando se virou para sua colega de trabalho, surpresa. Tinha esquecido completamente que ela e Keisuke se achavam em público.
Ele sempre a fazia esquecer-se de tudo, menos dele. Akane não esperou pela resposta dela antes de dizer:
— Não achei que existissem outros homens mais lindos do que seus irmãos por aí. — Ela balançou a cabeça sem poder acreditar. — Aquele é seu namorado?
Não, [Nome] pensou à beira de uma histeria silenciosa, é só o pai do bebê que vou ter logo, logo.
Ah, meu Deus. Bebê, não. Bebês.
Buscando forças nas profundezas, [Nome] fingiu sorrir para a maior fofoqueira do sistema bibliotecário de São Francisco.
— Conheço-o desde sempre. Ele é um amigo íntimo da família. - Akane olhou-a como se fosse louca.
— Amigos? Isso é tudo o que são? — Ela franziu o cenho. — Nenhum dos meus amigos jamais me beijou assim.
[Nome] deu de ombros, como se um beijo de um amigo fosse perfeitamente normal, e então olhou para o relógio.
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𝐒𝐎́ 𝐓𝐄𝐍𝐇𝐎 𝐎𝐋𝐇𝐎𝐒 𝐏𝐑𝐀 𝐕𝐎𝐂𝐄̂, 𝖪𝖾𝗂𝗌𝗎𝗄𝖾 𝖡𝖺𝗃𝗂.
Fanfiction▬ ❛ 𝖭𝖺̃𝗈 𝗁𝖺́ 𝗻𝗮𝗱𝗮 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝗰𝗼𝗻𝘃𝗲𝗿𝘀𝗮𝗿𝗺𝗼𝘀. 𝖭𝖺𝖽𝖺 𝖺 𝗌𝖾𝗋 𝗲𝘀𝗰𝗹𝗮𝗿𝗲𝗰𝗶𝗱𝗼. 𝖤 𝗻𝗮̃𝗼 𝗏𝖺𝗆𝗈𝗌 𝗇𝗈𝗌 𝗯𝗲𝗶𝗷𝗮𝗿. 𝗡𝘂𝗻𝗰𝗮 𝗺𝗮𝗶𝘀. ❜ 𝗙𝗲𝗮𝗺 𝗿𝗲𝗮𝗱𝗲𝗿. 𝖪𝖾𝗂𝗌𝗎𝗄𝖾 𝖡𝖺𝗃𝗂 𝗧𝗼𝗸𝘆𝗼 𝗿𝗲𝘃𝗲𝗻𝗴𝗲𝗿�...