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— Até hoje consigo me lembrar da bola de futebol americano vindo do meio do nada e aterrissando bem na minha cabeça fraca

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— Até hoje consigo me lembrar da bola de futebol americano vindo do meio do nada e aterrissando bem na minha cabeça fraca.

Bastava um só olhar para o homem enorme na frente deles para se ter absoluta certeza de que nunca houvera nada de fraco com relação a Keisuke. [Nome] arrepiou-se ao lembrar-se de seu corpo grande, forte e musculoso pressionando o seu enquanto a segurava.

— De alguma forma, consegui pegar a bola antes que me acertasse no meio dos olhos. — Sorrisos viraram gargalhadas quando Keisuke se virou para Wakasa. — Sua mira sempre foi certeira, amigão. Depois de ser testemunha da maneira como você e todo o restante desse bando de loucos acolheu um garotinho assustado há 20 anos, a Chloe vai ficar feliz em saber que escolheu passar o resto da vida
dela com um dos melhores homens a quem já tive a honra de conhecer. Escutei uma vez um ditado no Japão que parece ser bem apropriado para o dia de hoje: “Se for cair, caia nos braços daquele que ama. Se for roubar, roube-se das más companhias. E, se for beber, beba nos momentos importantes da vida.”

[Nome] não conseguia tirar os olhos do rosto bem delineado de Keisuke, que levantava o copo da cerveja Baji especialmente preparada para a ocasião e que, para surpresa dela, fora distribuída a todos os convidados durante os outros brindes. Que ele tivesse planejado um brinde tão lindo a seu irmão e à nova esposa deixou-a embasbacada e comovida, assim como as palavras finais ditas por ele enquanto erguia o copo.

— A um desses momentos! - Ao levantar-se, Emma deu um sorriso atrevido. Colocando a mão sobre o quadril como se estivesse brava com alguma coisa, ela disse:

— Só pra vocês saberem, sempre achei que seria a primeira Sullivan a casar. — Ela caiu na risada, de alguma forma conseguindo ficar linda mesmo enquanto fazia biquinho. — E se alguém me dissesse que meu irmão mais velho ia passar na frente e roubar meu show, teria lembrado a ele que as irmãzinhas mais novas sabem muito bem como se vingar. — Ela piscou na direção de Wakasa.

[Nome] teve que admitir que sua irmã gêmea sabia como conquistar a multidão. Era por isso que era uma coreógrafa tão fantástica. Emma entendia o que as pessoas queriam e tinha talento suficiente para dar isso a elas. Depois das emoções profundas de seus irmãos e de Keisuke, a sedutora jovialidade de Emma  era exatamente do que todos precisavam.

— Ainda bem que meu amor por você, Waka, só não é maior do que minha felicidade por chamar a Chloe de irmã. — Ela levantou a taça para a noiva. — Seja bem-vinda à família, maninha. Estamos muito felizes por você se tornar oficialmente uma de nós!

O coração de [Nome] começou a bater forte quando Emma caminhou elegantemente pelo salão para passar-lhe o microfone. Ela não se sentia muito à vontade falando em público; sempre contara com um bando de Sullivan carismáticos atrás dos quais podia se esconder.
A irmã gêmea a fez ficar em pé e empurrou-lhe o microfone, deixando [Nome] sem opção senão pegá-lo antes que caísse no chão. [Nome] sabia que estava parecendo um animalzinho assustado, com todas essas pessoas olhando para ela, esperando que dissesse alguma coisa linda e tocante como todos os que falaram antes dela. Ah, não. Ela não sabia para onde olhar, queria se enfiar em um buraco. Mas, então, ao pensar que fosse sufocar por não conseguir respirar fundo, olhou e sentiu os olhos de Keisuke sobre ela. Você consegue fazer isso, ele parecia dizer a ela. E havia uma certeza tão grande naquele olhar resoluto que a [Nome] não restava outra escolha senão acreditar, nem que fosse só o suficiente para fazer o discurso e sentar-se de novo.

— Oi. — Ela não estava acostumada a ouvir sua voz nas caixas de som e isso a deixou reticente, até travar o olhar em Keisuke mais uma vez.

Você não está com medo dessa gente, está?

Ela de repente lembrou-se de Keisuke olhando-a da casa na árvore que os garotos tinham construído, muitos anos atrás. Não tinha mais do que 6 ou 7 anos e suas pernas tremiam do mesmo jeito que tremiam agora; mas ela havia visto o desafio nos olhos de Keisuke e não se intimidou, escalando
rapidamente a árvore, não deixando que o medo tomasse conta dela e a jogasse no chão. Ele não a parabenizara por ter chegado até a casa da árvore; provavelmente tinha feito algum tipo de piada sobre proibir a escalada de garotas no futuro... mas sabia que tinha ficado orgulhoso dela. [Nome] queria que Keisuke sentisse orgulho dela agora.

— Adoro casamentos — disse ela finalmente. — Grandes. Pequenos. Se for por amor e para sempre, é comigo mesma. Bem aqui. — Ela colocou a mão sobre o peito, então olhou para os irmãos. — Por ter crescido nessa família, nem sempre foi fácil ser uma romântica incurável. — Seus irmãos e irmã sorriam juntamente com o restante dos convidados. — Mas, quando estava quase curada disso —
ela fez uma pausa e encarou Wakasa e Chloe —, vocês dois me fizeram acreditar de novo no amor. — Ela ergueu a taça para o casal. — Gostaria de fazer um brinde a meu amado irmão mais velho, Wakasa, e à minha mais nova irmã, Chloe, por escreverem uma das histórias de amor mais lindas que já vi.

Todos se levantaram mais uma vez, e ela não se deu ao trabalho de segurar as lágrimas enquanto sorria de felicidade ao lado do irmão e da noiva. E, então, finalmente, chegara a hora de passar o microfone à mãe. Mary Sullivan beijou-a no rosto e sussurrou:

— Absolutamente perfeito, querida. — Então, pegou o microfone e olhou para o casal feliz. — Sou incapaz de contar quantas vezes as pessoas me disseram como deve ter sido difícil criar oito filhos, mas eu sempre achei que era a pessoa mais sortuda deste mundo. — Ela levantou a mão até a cabeça. — Mesmo tendo que começar a pintar os cabelos aos 30 anos para cobrir os brancos que pareciam surgir a cada minuto. — As risadas vieram misturadas às lagrimas e [Nome] foi absolutamente tomada pelo amor que emanava do ambiente, envolvendo a todos em um aconchego. — Apesar de hoje estar dando as boas-vindas à Chloe em nossa família, ela conquistou meu coração desde a primeira vez que o Wakasa falou dela e ouvi o amor que ele sentia, mesmo por telefone. Amo vocês dois.

Conforme [Nome] planejara, a música começou ao final do brinde de sua mãe. Sanzu puxou-a da cadeira para os braços dele. Seu irmão mais velho era um dançarino fantástico e ela sempre gostara de dançar com ele, desde garotinha, quando ficava descalça em cima dos sapatos dele, enquanto rodopiava com ela pela sala de estar. Ela havia chorado mais nesse dia do que em anos, mas tinham sido lágrimas de alegria. Lágrimas de felicidade, de puro amor. Agora, estava rindo, sentindo-se tão leve, tão plena desse amor, enquanto rodopiava com o irmão, quase sem fôlego. Especialmente ao aterrissar diretamente nos braços fortes de Keisuke.

 Especialmente ao aterrissar diretamente nos braços fortes de Keisuke

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[Nome] bem sentimental... "engual" eu 😿

Galera essa história tem uns textos beeeem cumpridos, como eu já havia dito uma vez... Tô tentando diminuir os textos, mas isso resulta em mais capítulos e uma fic mais longa :pp

Mil perdões por qualquer erro-

Espero que tenham gostado <3

Não se esqueça de deixar sua estrelinha aqui :)

Bjs, fiquem bem, até o próximo capítulo  <33

𝐒𝐎́ 𝐓𝐄𝐍𝐇𝐎 𝐎𝐋𝐇𝐎𝐒 𝐏𝐑𝐀 𝐕𝐎𝐂𝐄̂, 𝖪𝖾𝗂𝗌𝗎𝗄𝖾 𝖡𝖺𝗃𝗂.Onde histórias criam vida. Descubra agora