#𝟷𝟹

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Algumas coisas pareciam muito estranhas a [Nome], como o fato de, depois de todos esses anos desejando, querendo e sonhando, estar finalmente sentada na cozinha de Keisuke

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Algumas coisas pareciam muito estranhas a [Nome], como o fato de, depois de todos esses anos desejando, querendo e sonhando, estar finalmente sentada na cozinha de Keisuke.
Ele fazendo o jantar.
Ela grávida.
Dele.

Sem dúvida, havia sido abduzida para dentro de Além da Imaginação.  As luzes da cidade, vistas do loft no terceiro andar do que um dia fora a parte industrial da cidade,
eram espetaculares. No entanto, ela não conseguia tirar os olhos de Baji.
Para um homem solteiro, tinha uma geladeira surpreendentemente cheia e parecia saber o que estava fazendo com as cenouras, batatas e cebolas. [Nome] estava zangada pelas ordens neandertais dele, mas precisava comer. E não tinha problema nenhum em deixar que alguém a servisse num dos  dias mais turbulentos de sua vida.

Obviamente que, só porque o grande e perigoso Keisuke Baji estava irresistivelmente atraente fazendo o jantar para ela, [Nome] sabia que não deveria tirar conclusões apressadas sobre o que ele estava fazendo, ou confundir a preocupação pelo bem-estar do bebê com a preocupação com ela. Agora que sabia que seria pai, podia perceber que tudo o que ele queria era uma criança com saúde. Ela não tinha a menor dúvida de que ele não pensaria duas vezes para tomar medidas drásticas para alcançar seus objetivos, como amarrá-la e forçá-la a comer refeições saudáveis. Ah, e a parte de amarrá-la parecia uma ideia tão boa...

— Está com muito calor? Muito frio?

— Estou bem — ela disse em uma voz seca.

— Você tem ficado... - O homem mais seguro que já conhecera, de repente, parecia não saber o que dizer. Que droga!, [Nome] disse a si mesma, isso não é para ser nem um pouco charmoso. — Tem ficado enjoada?

— Não. Geralmente só me sinto cansada. — Mas pensei que fosse porque toda vez que tentava pegar no sono acabava pensando em você. — E foi por isso que não percebi que estava grávida, até hoje.

— Que bom — ele respondeu em voz baixa enquanto completava o copo de suco na metade e colocava um prato de pão com manteiga derretida na frente dela antes de ir para trás do fogão. — Fico feliz que esteja se sentindo bem.

Era difícil não se lembrar de que ele, na verdade, não se importava com ela, quando estava sendo tão carinhoso. Como conseguiria manter a guarda durante sete dias? Para começar, como ele tinha conseguido que ela concordasse com essa história de uma semana? [Nome] ainda não tinha certeza, apesar de achar que nunca esqueceria a expressão no rosto dele quando lhe dissera que não queria nada dele e que cuidaria sozinha do bebê, sem nem mesmo colocar o nome dele como pai da criança. Por um momento, Keisuke parecera perdido. Depois, bravo. E, então, determinado. Talvez devesse ter vindo mais preparada para a reação dele, mas nunca esperara que ele quisesse um bebê. Especialmente um bebê dela. E, sinceramente, ainda não entendia por que ele queria tanto
isso.  Keisuke Baji  era um solteirão convicto; sua vida noturna não combinava com a dinâmica familiar.

Amanhã, depois de boas oito horas de sono, ela se forçaria a encará-lo novamente e exigir uma resposta. Esta noite, porém, não sabia nem se seria capaz de ficar acordada durante toda a refeição.

𝐒𝐎́ 𝐓𝐄𝐍𝐇𝐎 𝐎𝐋𝐇𝐎𝐒 𝐏𝐑𝐀 𝐕𝐎𝐂𝐄̂, 𝖪𝖾𝗂𝗌𝗎𝗄𝖾 𝖡𝖺𝗃𝗂.Onde histórias criam vida. Descubra agora