Capítulo Vinte e Nove

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Durante todos aqueles dias Mary desejou sair dali, mas naquele momento era estranho, sentia medo e não estava confortável, não queria deixar Wiktor para trás, pois tinha se apegado a ele como um irmão e também tinha se apegado a Aniela. Queria que eles ficassem bem.

- Nós iremos voltar? - perguntava ela a Thomas.

- Não haverá motivos para voltar.

Ela não estava entendendo, geralmente era assim ao lado de Thomas, sempre sério e com poucas palavras.

- Para onde vamos é muito longe?

- Não é muito, mas temos que nos apressar para chegarmos antes do cair da noite.

Perto de uma árvore entre as tendas estava Baron amarrado, quando Rosemary o viu correu para acariciá-lo.

- Baron! Eu estava com tanta saudade.

Apesar dele ser um animal, Mary podia jurar que ele sentia o mesmo. Chase então desamarrou o cavalo e subiu nele, e logo depois Mary, ela estava feliz por estar perto de ambos outra vez.

Cavalgaram durante muito tempo, até que chegaram em campo aberto, Krawczyk ficou deslumbrada com a bela paisagem, onde se podia ver as montanhas e ouvir o canto dos pássaros. Desde o começo da guerra ela não tinha sentido uma sensação tão boa de ar puro, leveza e liberdade.

- Por que não me diz onde vamos? - perguntou ela impaciente.

- Por que tanta ansiedade?

- Eu não entendo, desse jeito eu fico ainda mais ansiosa. Que lugar é esse?

- É especial, eu garanto - disse Thomas.

A garota torcia o nariz porque sabia que ele não ia mesmo dizer, só lhe restava esperar até chegar ao tal lugar e descobrir o porquê dele ser especial. A curiosidade a corroía por dentro e Chase achando isso engraçado disse:

- Não falta muito Mary, não fique tão esterica.

- Ei! Eu não estou!

Thomas começou a rir e ela sorriu levemente enquanto suas mãos o segurava durante aquela cavalgada, seu rosto estava tão próximo da nuca dele que Chase conseguia sentir a sua respiração. Ele estava tão envolvido com ela que não sabia se conseguiria deixá-la, já Rosemary se sentia tão feliz e segura ao seu lado que nunca queria deixá-lo outra vez, ele era tudo o que ela tinha. Desde o dia que ela o conheceu até aquele momento, ela vinha o observando constantemente e tinha percebido várias mudanças durante todo esse tempo, seu humor, seu jeito de falar e de agir, ali ele parecia um homem diferente do qual ela tinha visto atrás do muro, mas o mais importante para ela era que ele era a melhor pessoa que ela poderia ter encontrado.

- Sabe Chase... - dizia ela. - Eu estava notando e você não fumou até agora.

- Parei.

- Parou? - perguntou ela com os olhos arregalados.

- Sim... Um dia desses alguém me disse que não era uma prática muito agradável, então é por isso.

Rosemary ao ouvir aquilo corou e disse:

-... Mas alguém me disse que você nunca  liga para o que te dizem.

- Hunf, quem foi essa pessoa? Acho que ela não me conhece de verdade.

Com um sorriso acanhado Mary ficou ainda mais vermelha do que já estava, seu coração batia tão forte no peito, então encostou a cabeça nas costas de Thomas e fechou os olhos "eu te amo" pensava ela.

Depois de mais alguns minutos Thomas decidiu parar em baixo de uma árvore e desceram do cavalo. O sol estava se pondo e ainda faltava um pouco para chegar.

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⏰ Última atualização: Dec 28, 2022 ⏰

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